Entrevista:O Estado inteligente
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quarta-feira, setembro 07, 2011
'Tem ninguém jogando bonito' Daniel Piza
- O Estado de S.Paulo
A frase foi do Marcos, o goleiro do Palmeiras e da seleção de 2002, de cuja simpatia e franqueza ainda sentiremos saudades, pois a nova geração só quer saber do discurso treinado para agradar à mídia e aos patrocinadores: "Tem ninguém jogando bonito, não. Também vejo os jogos pela TV e quase durmo". Ele a disse ainda no campo quando o Palmeiras empatou com o Cruzeiro, no domingo, e olhe que nessa partida o argentino Montillo fez mais um belo gol, com drible rápido e chute diagonal. Na mesma rodada, o Corinthians perdeu, mas seguiu líder, pois Vasco e Flamengo também perderam; apenas o São Paulo, do topo da tabela, venceu e assim passou à vice-liderança. Mas tem gente que insiste que o Brasileirão, embora não tenha grandes clubes como o Barcelona, é equilibrado porque há mais concorrentes ao título, que as equipes médias são mais fortes que na Europa, etc. É o comentário "me engana que eu gosto".
Isso me lembra aqueles jogadores que são contratados a peso de ouro por países como Japão e Arábia depois que seus representantes enviam um DVD para a diretoria do clube. Com apenas os melhores momentos, um Dodô, digamos, pode parecer um novo Pelé. Eis o que acontece no Brasileirão: editando os gols e alguns lances isolados, como os de Neymar, Lucas, Ronaldinho, Montillo e mais três ou quatro que sabem cuidar da redonda, o campeonato pode até parecer de qualidade. Mas, como já escrevi em outra ocasião, o que hoje vemos de vez em quando num campo de futebol - um chapéu, uma bicicleta, uma arrancada do meio-campo, uma cobrança de falta - antes víamos várias vezes ao longo de uma só partida, digamos no Inter de Falcão, no Flamengo de Zico, no Palmeiras de Edmundo, Rivaldo, Roberto Carlos e companhia, no Corinthians de 1999-2000, ou até no Cruzeiro de Alex em 2003. Não é saudosismo; é comparação objetiva.
Note que Marcos não falou em "jogar bonito" no sentido de enfeitar, dar espetáculo sem vitória, pentear a bola em vez de perfurar as redes. Pense, repito, nos grandes artilheiros do campeonato nacional, depois veja a estatística dos últimos anos: encontrar um que faça mais de um gol a cada duas partidas é difícil. Por que Marcos quase dorme na frente da grande maioria dos jogos atuais? Não é só porque os gols, lances e craques diminuíram em quantidade e frequência, mas também porque a ênfase da maioria dos jogadores é em aproveitar o erro dos adversários, é em dar trombadas e passes curtos até que brechas apareçam, e mesmo assim todos erram muito. As partidas não fluem; os atletas correm e batem demais e pensam de menos e, quanto menos pensam, mais precisam correr e bater. Eles estão mais fortes e altos hoje? Ok, mas isso não os faz melhores. A culpa do jogo feio não é do preparo físico moderno; é da falta de talento e ousadia.
Eis por que basta um pouquinho menos de grossura para que a mídia saia incensando determinados times ou jogadores. Veja o amistoso do Brasil contra Gana anteontem. A necessidade de manter a mística da seleção - com seus resultados publicitários, como é de praxe acontecer nas místicas - é tal que o placar de 1 a 0 foi tratado com grande alívio e esperança. Sim, Ronaldinho - ainda que usando o velho expediente de brilhar com os adversários já entregues, cansados - e Marcelo mostraram que têm técnica para estar lá, Leandro Damião fez seu gol - num lance com Fernandinho, em que criou a situação para o passe em profundidade - e o time mostrou menos apatia do que diante da Alemanha. Agora, vem cá: Gana ficou com um jogador a menos em mais da metade do jogo e só tomou um gol? Atuação do goleiro à parte, não me parece tanta coisa assim... Esse time tem ainda muito a melhorar até superar Alemanha, Holanda ou Espanha. Ao menos, não deu sono.
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