Entrevista:O Estado inteligente

terça-feira, setembro 04, 2012

CLAUDIO HUMBERTO


“Eu sou um barnabé do processo”

Ministro Joaquim Barbosa (STF) a uma mulher que o chamou de “heroi”


GOVERNO LULA REFORMOU O PLANALTO SEM ALVARÁ

A reforma do Palácio do Planalto no governo Lula, que custou R$ 111 milhões, foi iniciada em 2009 sem alvará. A Presidência da República foi multada pela Agefis, agência de fiscalização do governo do DF, mas ignorou completamente as notificações, inclusive para paralisar a obra. O jogo de empurra e a pressão contra fiscais mantêm “secretos” o auto de infração e a multa aplicada, de R$ 26.891,10, que jamais foi paga.

CALOTE MANTIDO

A secretaria-executiva da Casa Civil da presidência da República recorreu e manteve o calote, mesmo com a multa reduzida à metade.

LEI IGNORADA

O licenciamento para reforma do Palácio do Planalto é obrigatório, de acordo com o art. 51 da Lei Nº 2.105/98, ignorada pela presidência.

ROLANDO O LERO

O revisor Ricardo Lewandowski opinou por condenar dois dirigentes do banco Rural, mas seu votos continuam mais longos que os do relator.

SUSPEITA

A interrupção do voto de Ricardo Lewandowski, ontem, levantou a suspeita de que ele vai opinar pela absolvição dos outros dois diretores do banco.

KASSAB PROMETE ‘ABRAÇO DO AFOGADO’ COM SERRA

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), prometeu arregaçar as mangas na campanha do candidato pelo PSDB a sua sucessão, José Serra, após sua queda vertiginosa nas pesquisas. Em conversa, há dias, Kassab defendeu mudanças nas estratégias de comunicação da campanha e disse a Serra que, se ele vier a perder as eleições, os “dois cairão juntos”, mesmo que isso signifique um abraço de afogados.

JORNADA DUPLA

Kassab pretende reservar o fim de semana para as campanhas de candidatos do PSD, e o restante da semana para José Serra.

PRATO SERVIDO FRIO

Serristas acusam o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de fazer “corpo-mole” na campanha do correligionário à prefeitura.

OVELHA NEGRA

O tucanato paulistano também critica o senador Aécio Neves (PSDB-MG), mais dedicado a se divertir na noite que ajudar nas campanhas.

MINISTRO SIG

Como sempre acontece quando há vaga no Supremo Tribunal Federal, o jurista e ex-deputado Sigmaringa Seixas volta a ser citado como um dos favoritos a substituir o ministro recém-aposentado Cezar Peluso.

MAIS QUE EMBAIXADOR

A Policia Civil do DF faz greve, mas têm salários iguais aos da Polícia Federal. Delegado especial (R$ 19,7 mil por mês) ganha bem mais, por exemplo, que qualquer embaixador do Brasil com 35 anos de carreira.

FOGUEIRA DAS VAIDADES

Paulo Skaf (Fiesp) e Eduardo Gouveia Vieira (Firjan) travam uma guerra de vaidades infantil com o mineiro Robson Braga, presidente da Confederação Nacional da Indústria. Eles acham que basta ter PIB, mas é preciso ter votos para dirigir a CNI. A dupla jamais os teve.

NÃO DEU CERTO

Nem mesmo o ministro revisor Ricardo Lewandowski foi na conversa do advogado José Carlos Dias, de que Kátia Rabelo, dona do Banco Rural, era apenas uma bailarina que nada entendia de finanças.

ÂMBITO LOCAL

Para o senador Armando Monteiro (PTB-PE), as pesquisas mostram que “não é o ex-presidente quem decidirá a eleição” em Recife: “Não é disputa anti ou pró-Lula, o povo escolhe quem confia para a cidade”.

OCUPANDO A MOITA

Não se pode confiar na palavra de certos políticos. Ronaldo Lessa, que os adversários dizer ser “ficha suja”, jurou a aliados que desistiria da candidatura a prefeito de Maceió, caso fosse barrada na Justiça. Foi barrada e “re-barrada” pelo TRE-AL, mas ele continua em campanha.

KIT MENSALÃO

O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) entrou com ação popular contra o Procurador-Geral, Roberto Gurgel, por publicar no site do órgão cartilha para crianças sobre o mensalão: “acho um crime fazer isso sem estudo psicológico e pedagógico, e com o dinheiro público”.

OLHO DA RUA

O deputado Sidney Patrício (PT), presidente da Câmara Legislativa do DF, demitiu sua assessora de imprensa por exigência dos petistas, que a acusam de “criar muitos problemas”, inclusive com jornalistas.

PERGUNTA NO PIQUETE

O ministro Luís Adams (AGU), que disse incorrer em improbidade o gestor público que não desconta dias parados, vai processar o próprio governo, que negocia a devolução dos dias já descontados? 


PODER SEM PUDOR

CINCO DOSES DE DURAÇÃO

O falecido senador Fábio Lucena, do Amazonas, tinha o hábito de passar o tempo, nos aviões, com um copo de uísque nas mãos - talvez para disfarçar o medo de voar. Quando Tancredo Neves percorria o País, em 1984, para legitimar sua campanha presidencial, Lucena viajava para um comício em Belém (PA) quando um repórter perguntou:

- Senador, quantas horas são mesmo de avião entre Brasília e Manaus?

- Quantas horas, eu não sei. Só sei que são cinco doses de uísque.

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