Entrevista:O Estado inteligente
- Índice atual:www.indicedeartigosetc.blogspot.com.br/
- INDICE ANTERIOR a Setembro 28, 2008
quarta-feira, junho 20, 2012
O PT e Hosny Mubarak - VINICIUS TORRES FREIRE
FOLHA DE SP - 20/06
Ser petista em SP era, pelo menos, opor-se às ideias assemelhadas ao malufismo; não mais
HOSNY MUBARAK, um dia ditador do Egito, era ontem motivo de controvérsia nas manchetes eletrônicas da mídia internacional. Estaria "clinicamente morto"? "Totalmente" morto (isto é, morto e desligado da tomada)? Estaria mesmo vivo?
Que estivesse vivo era difícil de acreditar. A gente sabia que Mubarak era uma, digamos, múmia-viva faz tempo, um morto-vivo, sem alma, um fantasma que assombrava os egípcios.
Nestes dias de passamento final do ditador egípcio, as pessoas que ainda se ocupam de política no Brasil também discutiam ainda e talvez de uma vez por todas se o PT está clinicamente morto, totalmente morto, putrefato ou se está vivo demais. Vivaldino.
Sim, o debate surgiu devido à aliança de Fernando Haddad, candidato petista a prefeito de São Paulo, com Paulo Maluf e seu partido.
Apesar de procurado pela polícia no resto do mundo civilizado, francamente Maluf não difere lá muito da maioria dos tipos que lideram os partidos aliados do PT.
Em certos aspectos, Maluf, a cúpula do PMDB, os "capi" dos partidos da "base aliada", mensaleiros de escol, não são muito diferentes de gente que tomou a cúpula do PT a partir de meados dos anos 1990. A diferença, até agora, ao menos, está na ambição monetária, por assim dizer. Os casos documentados do pessoal do PT são mais modestos.
Mas mesmo as pessoas que pertencem ao minúsculo bloco restante da esquerda que merece levar esse nome já dão de barato que a coalizão liderada pelo PT e o PT estão cheios de adeptos da mensalagem e de variantes mais ou menos ambiciosas de amigos da liberalidade com o dinheiro público.
A discussão que sobrou, se tanto, é sobre os aspectos "simbólicos", "políticos", "culturais", ou, sabe-se lá, de o PT, em especial em São Paulo, em especial se tratando do PT de Haddad, chancelar o malufismo.
Parece ocioso, mas não custa lembrar o que foram um dia o malufismo e o PT.
Ser petista em São Paulo era, pelo menos, no mínimo, se opor ao pacote básico da assinatura malufista.
Isto é, era se opor à ditadura militar e seus restos. Maluf governou São Paulo por indicação da ditadura e foi o último candidato da Arena, o partido dos ditadores, a presidente pelo Colégio Eleitoral, contra Tancredo Neves.
Maluf banalizou a ideia de que polícia boa é polícia que mata. Implantou um projeto urbanístico que destroçou a cidade de São Paulo para sempre. É autoritário, no mínimo, sexista ("estupra mas não mata"), um populista de extrema direita, para resumir a sua opereta-bufa (pois tem trejeitos mussolinianos).
Sim, política é colocar as mãos na lama. Sim, além de levar uma secretaria no governo federal, Maluf não deve apitar no governo paulistano, caso Haddad vença. Sim, não importa muito que Haddad seja ou tenha sido um intelectual da extrema-esquerda (teórica) uspiana. Sim, Haddad não se equipara a Nicolas Sarkozy fazendo média com os fascistas do Front National.
Na prática, parece que nada disso tende a fazer muita diferença. Parece. Mas fica a impressão de que certas coisas, embora "clinicamente mortas", ainda não haviam sido desligadas da tomada. Haddad e Lula puxaram o fio.
Arquivo do blog
-
▼
2012
(2586)
-
▼
junho
(290)
- O mundo futuro - MERVAL PEREIRA
- Dentro da noite - MIRIAM LEITÃO
- União bancária no euro - CELSO MING
- Futebol boa roupa - RUY CASTRO
- O eleitor que se defenda - EDITORIAL FOLHA DE SP
- Não existe legítima defesa? - EDITORIAL O ESTADÃO
- Água e óleo - MIRIAM LEITÃO
- O Mercosul sob influência chavista - EDITORIAL O G...
- O exagero do crédito pessoal - LUIZ CARLOS MENDONÇ...
- Aventuras fiscais - EDITORIAL FOLHA DE SP
- Mercosul e autoritarismo - EDITORIAL O ESTADÃO
- Hora da idade mínima na aposentadoria - EDITORIAL ...
- Teto furado - EDITORIAL ZERO HORA
- Nome de rua - RUY CASTRO
- Sarney, Lula e Maluf, ode ao amor - GUILHERME ABDALLA
- PIB minguante Celso Ming
- Cartão vermelho Nelson Motta
- Decisões do STF significam retrocessos, por Merval...
- O 'custo Lula' Carlos Alberto Sardenberg
- A Petrobrás sem Lula - ROLF KUNTZ
- Mais um refresco - CELSO MING
- Ciclo de baixa - MÍRIAM LEITÃO
- O governo vai às compras - EDITORIAL O ESTADÃO
- O mito e os fatos - MERVAL PEREIRA
- Inadimplência das empresas tem maior alta de abril...
- Hora da verdade na Petrobrás - EDITORIAL O ESTADÃO
- A leviana diplomacia do espetáculo - ELIO GASPARI
- Luz amarela - MÍRIAM LEITÃO
- O contraponto - MERVAL PEREIRA
- Sujeita a vírus - RUY CASTRO
- O crédito tem limite - VINICIUS TORRES FREIRE
- Visão Global THOMAS L., FRIEDMAN
- Realismo na Petrobrás Celso Ming
- A Petrobrás sem Lula Rolf Kuntz
- Um mundo requentado Roberto DaMatta
- Inadimplência subiu de elevador, mas vai descer de...
- Alemanha já pensa em referendo sobre resgate do eu...
- A exaustão do 'Estado dependente' de governo Franc...
- Reinaldo Azevedo -
- INTERVENÇÃO HUMANITÁRIA: ORDEM/DESORDEM MUNDIAL! H...
- Paraguai soberano - EDITORIAL FOLHA DE SP
- Guerra cibernética e robôs de defesa - RUBENS BARBOSA
- O BIS adverte sobre o risco do crédito - EDITORIAL...
- Crise paraguaia requer sensatez - EDITORIAL O GLOBO -
- Inflação e erros do "mercado" - VINICIUS TORRES FR...
- Democracia representativa - MERVAL PEREIRA
- Qual é a política? Celso Ming
- Uma nova política Rodrigo Constantino
- Profetas do apocalipse Xico Graziano
- O governo Dilma parece velho Marco Antonio Villa
- Como alavancar os investimentos Antonio Corrêa de...
- No ponto certo - MÍRIAM LEITÃO
- Os aloprados - PAULO BROSSARD
- O fiasco do Lula 90 - RUTH DE AQUINO
- O país já cansou de Lulas e Malufs - EDITORIAL REV...
- MACONHEIRO DE CARTEIRINHA Carlos Alberto Sardenberg
- Querem ressuscitar o baraço e o cutelo Manoel Albe...
- O afastamento de Lugo Editorial Estadão
- Mensalão e respeito ao Judiciário Carlos Alberto D...
- A Rio 20 e a crise global Rodrigo Lara
- Está o planeta aquecendo? - FERREIRA GULLAR
- Hoje, parece coisa pouca - EDITORIAL O ESTADÃO
- O intangível - MIRIAM LEITÃO
- Clima não justifica "crescimento zero" EDITORIAL O...
- Diferenças - MERVAL PEREIRA
- As infrações leves - EDITORIAL O ESTADÃO
- O inexorável pragmatismo da Silva - GAUDÊNCIO TORQ...
- No hotel Ritz - DANUZA LEÃO
- Um prefeito civilizado, por favor - VINICIUS TORRE...
- A Alemanha vai destruir a Europa - JOSÉ ROBERTO ME...
- Mítica do articulador DORA KRAMER
- Atenção para mais crise ALBERTO TAMER
- É o fim da simbiose? - economia CELSO MING
- O sonho da blindagem própria João Ubaldo Ribeiro
- Os tropeços na América Latina Suely Caldas
- Dentro da lei - MERVAL PEREIRA
- As contradições - MIRIAM LEITÃO
- Retrocesso no Mercosul isola Brasil - EDITORIAL O ...
- Rio+20, sucesso ou fracasso? - KÁTIA ABREU
- Prisões, privatização e padrinhos - PAUL KRUGMAN
- Oba-oba sustentável - GUILHERME FIUZA
- Túmulo do samba - RUY CASTRO
- Radiografia da ineficiência - EDITORIAL O ESTADÃO
- Vai ou não vai? - CELSO MING
- A QUESTÃO DAS MALVINAS!
- Uma outra visão fundamentada - RODOLFO LANDIM
- O ponto europeu - MIRIAM LEITÃO
- O enigma do emprego - CELSO MING
- O ocaso de Lula - ROBERTO FREIRE
- Estádios novos, miséria antiga - MILTON HATOUM
- Novo contrato social - MERVAL PEREIRA
- Sem entalar - RUY CASTRO
- Assalto ao trem pagador - EDITORIAL O ESTADÃO
- Como quem rouba - DORA KRAMER
- O vaivém das sacolas - EDITORIAL FOLHA DE SP
- Quem socorre Cristina Kirchner - EDITORIAL O ESTADÃO
- Bancos, crise e lebres mortas - VINICIUS TORRES FR...
- Diálogo como espécie em extinção na política Ferna...
- Andressa na cova dos leões :Nelson Motta
- O consenso do quase nada - EDITORIAL O ESTADÃO
-
▼
junho
(290)
- Blog do Lampreia
- Caio Blinder
- Adriano Pires
- Democracia Politica e novo reformismo
- Blog do VILLA
- Augusto Nunes
- Reinaldo Azevedo
- Conteudo Livre
- Indice anterior a 4 dezembro de 2005
- Google News
- INDICE ATUALIZADO
- INDICE ATE4 DEZEMBRO 2005
- Blog Noblat
- e-agora
- CLIPPING DE NOTICIAS
- truthout
- BLOG JOSIAS DE SOUZA