Folha
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas cresceu 9,4% entre abril e maio. Considerando-se a variação entre o quinto e o quarto mês do ano, foi a maior elevação desde 2006.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a evolução reflete a sazonalidade para o mês, desta vez potencializada por uma série de entraves econômicos.
A baixa atividade econômica, o reduzido patamar do crédito externo para empresas, a forte inadimplência dos consumidores, as exportações afetadas com a crise global --mesmo com a valorização do dólar-- impactaram de forma negativa o fluxo de caixa das empresas e ampliaram as oportunidades de inadimplência, diz a Serasa.
A intensa expansão dos protestos (19,4%) no período abre espaço para que futuros requerimentos de falências continuem a ser utilizados como instrumento de cobrança.
O levantamento também apontou crescimento na inadimplência dos negócios nas comparações anual e acumulada.
Na comparação de maio deste ano com igual mês de 2011, a alta foi de 13,2%. Na variação entre os acumulados de janeiro a maio de 2012 e 2011, por sua vez, o avanço foi de 17,5%.
VALOR MÉDIO
Nos cinco primeiros meses do ano, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços, como telefonia) tiveram um valor médio de R$ 775,74, o que representou um crescimento de 4% ante igual período de 2011.
No mesmo período, as dívidas com bancos tiveram um valor médio de R$ 5.269,13, resultando em 4,3% de alta em relação aos cinco primeiros meses de 2011.
Quanto aos títulos protestados, a média no período foi de R$ 1.914,33, com elevação de 11,1% sobre o mesmo acumulado do ano anterior.
Entrevista:O Estado inteligente
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