Entrevista:O Estado inteligente
- Índice atual:www.indicedeartigosetc.blogspot.com.br/
- INDICE ANTERIOR a Setembro 28, 2008
quinta-feira, julho 05, 2012
Sem bala na agulha - CELSO MING
O Estado de S.Paulo - 05/07
Para uma plateia visivelmente desacorçoada de empresários, reunida no auditório da Fiesp, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, transmitiu poucas mensagens animadoras.
Insistiu em que a crise global é muito grave e que vem produzindo mais estragos do que se pensa. Com isso, pareceu tirar a responsabilidade do governo pela forte queda do crescimento industrial, de 3,4% nos primeiros cinco meses deste ano (em relação a igual período de 2011).
O ministro vem dizendo - e ontem repetiu - que o governo federal tem feito o que pode. E, entre as providências tomadas, nem chegou a elencar os nove pacotes pontuais e improvisados de incentivos fiscais e as medidas protecionistas cujos resultados vêm decepcionando. Preferiu apontar como decisões importantes de política econômica a desvalorização cambial colocada em marcha desde março e a redução dos juros. Para ele, essas decisões fazem parte do novo mix que determina os rumos da política econômica, que precisa apenas ser melhor entendida. Mas Mantega não foi capaz de convencer os cobradores de resultados de que a resposta da economia tem sido baixa. Chegou mesmo a argumentar que a desvalorização do real reduz os custos das empresas, sem explicar como chegou a essa conclusão - quando se sabe que esse fator aumenta as despesas tanto com importações de insumos, peças e componentes quanto com empréstimos externos.
Ele seguiu garantindo que o avanço econômico do segundo semestre ficará entre 3,0% e 4,0% e que, em 2013 e 2014, a economia brasileira estará rodando à velocidade de cruzeiro, com crescimento de 4,0% a 5,0% ao ano. Não são números diferentes das apostas que o próprio Mantega vem anunciando desde o último trimestre do ano passado e que, no entanto, desembocaram neste desempenho medíocre da economia.
O governo não tem na ponta da agulha nenhuma bala capaz de reverter imediatamente o jogo perdedor. Pede paciência. No entanto, se a crise global, sobretudo a europeia, vem gerando tantos estragos no setor produtivo como ele diz; e se, de resto, a crise continuará grave e sem perspectivas de solução; não há como concluir, a partir daí, que o pior está passando e que, nos próximos meses, tudo será diferente.
O ministro ainda avisou que o empresário ajudaria muito se voltasse a acreditar e se, afinal, liberasse com investimentos o espírito animal que carrega dentro de si. Mas não foi capaz de indicar como se processará a conversão.
Também ontem, a presidente Dilma Rousseff não apresentou notícias melhores. Limitou-se a declarar que "vamos virar esse jogo" - sem dizer como.
Este governo há muito imaginava que bastaria criar um forte mercado interno de massas e uma nova ajeitação macroeconômica para que tudo se resolvesse. Como a realidade vem contrariando essa expectativa, parece agora tomado pela perplexidade. Não é capaz de explicar como a produção industrial vai andando para trás enquanto o consumo avança à proporção de 5,0% a 6,0% ao ano. Nem sabe como induzir a virada quando cresce a percepção de que a alavancagem do consumo, graças ao aumento do salário e do crédito, já não dá conta do recado. Nessas condições, não basta recorrer ao encorajamento verbal do tipo "vamos, minha gente, acreditem".
Arquivo do blog
-
▼
2012
(2586)
-
▼
julho
(301)
- Pressões - MERVAL PEREIRA
- Muito mais que descortês - MIRIAM LEITÃO
- Sombras sobre o Estado - EDITORIAL FOLHA DE SP
- O último empurrão - JOSÉ PAULO KUPFER
- A bronca errada de Dilma - EDITORIAL O ESTADÃO
- O que Chávez esconde - EDITORIAL O ESTADÃO
- A musa abusou Dora Kramer
- O IGP-M surpreende Celso Ming
- A culpa também é do Brasil Tamara Avetikian
- Hora da verdade - RICARDO NOBLAT
- Lula, Dirceu e a "farsa" - MELCHIADES FILHO
- PAC da privatização - CARLOS ALBERTO SARDENBERG
- Cinco perguntas - J. R. GUZZO
- A legalização do Valerioduto - GUILHERME FIÚZA
- Técnica, mas política - MERVAL PEREIRA
- Alcance restrito - DORA KRAMER
- Contradições petistas - SUELY CALDAS
- Inflação como salvação - CELSO MING
- Agosto, mês de definições - ALBERTO TAMER
- O julgamento - MÍRIAM LEITÃO
- A eletricidade e o custo Brasil - EDITORIAL O ESTADÃO
- O estado de violência - GAUDÊNCIO TORQUATO
- O ''Dossiê Golpe de 64'' saiu da gaveta - ELIO GAS...
- Toda arte é atual - FERREIRA GULLAR
- Um julgamento para além do mensalão - EDITORIAL O ...
- À espera do mensalão - EDITORIAL FOLHA DE SP
- Não sirvo, sirvo-me - JOÃO UBALDO RIBEIRO
- Não sirvo, sirvo-me - JOÃO UBALDO RIBEIRO
- Entre dois fogos Míriam Leitão
- Seca lá, bom tempo cá CELSO MING
- Ruy Castro - "Grrrnnf!", disse ele
- Não basta apenas anunciar concessões - EDITORIAL O...
- Eu e o bóson - RUY CASTRO
- E o mundo não se acabou - LUIZ CARLOS MENDONÇA DE ...
- A crise da gerência da crise - EDITORIAL O ESTADÃO
- A piada de Delúbio - PLÁCIDO FERNANDES VIEIRA
- Ritmo do trabalho - MIRIAM LEITÃO
- Mais perto da autonomia -Gilles Lapouge
- Idoso profissional Nelson Motta
- A sombra da suspeita —Dora Kramer
- O despreparo dos bancos Celso Ming
- Em greve e invisíveis Marcio Tavares D'Amaral
- Brasília por dentro João Mellão Neto
- A sombra presente - MIRIAM LEITÃO
- O lulismo e os salários federais - EDITORIAL O EST...
- Cultura do biombo Dora Kramer
- Só pensam naquilo Celso Ming
- China afeta menos o Brasil Alberto Tamer
- Contra o consumidor, de novo Carlos Alberto Sarden...
- Mambembe DORA KRAMER
- Estimada presidente Dilma Rousseff,: Elio Gaspari
- Com vento e sol - MIRIAM LEITÃO
- Continuam chegando - CELSO MING
- O mundo rosa de Tombini - EDITORIAL O ESTADÃO
- O desbalanço externo - ROLF KUNTZ
- Fácil matar - RUY CASTRO
- A antidiplomacia de Dilma - Editorial Estadão
- Moinhos de vento -Míriam Leitão
- O novo voo da galinha Luis Eduardo Assis
- Notícias da CPI Dora Kramer
- A Espanha geme Celso Ming
- Réquiem para o Mercosul Rubens Barbosa
- Qual o papel do Estado? Kemal Dervis
- Perigo na roça Xico Graziano
- Mensaleiros no tribunal Marco Antonio Villa
- Clichês da violência - VINICIUS MOTA
- Visão estratégica da matriz energética - ADRIANO P...
- Falta alguém - RICARDO NOBLAT
- Do pescoço para baixo - RUY CASTRO
- Chantagem na reta final - REVISTA VEJA
- A boa notícia, um alerta e os impostos Roberto Abd...
- Jornalismo e violência Carlos Alberto di Franco
- Luz, câmera, esculhambação - JOÃO UBALDO RIBEIRO
- A praça é da tropa - DORA KRAMER
- A busca da produtividade - JOSÉ ROBERTO DE MENDONÇ...
- As esfumaçadas greves federais - GAUDÊNCIO TORQUATO
- O dentro sem fora - FERREIRA GULLAR
- Ter um passado é fundamental - DANUZA LEÃO
- A república de São Bernardo - REVISTA ÉPOCA
- A Argentina sob ataque - CELSO MING
- Recuperação a caminho - ALBERTO TAMER
- Saindo do armário Elena Landau
- Mundo obscuro Míriam Leitão
- Gerentona? —Élio Gaspari
- Choque de alimentos? - CELSO MING
- A sugestiva rebelião de juízes - EDITORIAL O GLOBO
- A erosão do sistema partidário - EDITORIAL O ESTADÃO
- Até quando abusarão da nossa paciência? - SERGIO A...
- Do FMI, com carinho - MIRIAM LEITÃO
- Novo celeiro do mundo - EDITORIAL O ESTADÃO
- Abaixo do tomate - RUY CASTRO
- Um tiro na nuca da nação - GUILHERME FIUZA
- Leleco no divã - NELSON MOTTA
- Procriação - DORA KRAMER
- O recado do Banco Central - CELSO MING
- Mobilidade emperrada - EDITORIAL O ESTADÃO
- Sempre às quintas - MIRIAM LEITÃO
- Nunca fomos tão felizes - FERNANDO GABEIRA
- Coragem para mudar Rogério Furkim Werneck
- 20/07/2012
-
▼
julho
(301)
- Blog do Lampreia
- Caio Blinder
- Adriano Pires
- Democracia Politica e novo reformismo
- Blog do VILLA
- Augusto Nunes
- Reinaldo Azevedo
- Conteudo Livre
- Indice anterior a 4 dezembro de 2005
- Google News
- INDICE ATUALIZADO
- INDICE ATE4 DEZEMBRO 2005
- Blog Noblat
- e-agora
- CLIPPING DE NOTICIAS
- truthout
- BLOG JOSIAS DE SOUZA