Entrevista:O Estado inteligente
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domingo, julho 15, 2012
PIB estagnou; podia ser pior - ALBERTO TAMER
O Estado de S.Paulo - 15/07
A economia estagnou em maio. Segundo o índice de atividade do Banco Central, IBC-BR, que sinaliza o PIB, houve recuo de 0,02%. Não foi bom, mas poderia ter sido pior. Os analistas e, até mesmo fontes do governo, previam uma retração entre 0,20% e 0,90%. O resultado de maio, que representa alta de 1% ante o mesmo mês do ano anterior, sinaliza que a economia não está crescendo, mas também não recuou. Parece que só agora estariam sentido, mesmo timidamente, os efeitos das medidas de estimulo adotadas pelo governo. Mesmo assim, tudo indica que terminará o ano com um crescimento de 2.
Mas não há duvida, a economia está patinando, como afirma Zeina Latif, doutora em economia pela USP. Em uma das melhores análises da situação, publicada no caderno de Economia do Estado, sexta-feira, ela afirma que há uma "sensação térmica de economia aquecida", comparando o desempenho da produção industrial e a demanda, a oferta que se retrai e o consumo das famílias que ainda aumenta.
A coluna voltou a conversar a Zeina Latif, pedindo mais esclarecimentos sobre o seu ponto de vista. O consumo não acabará sendo contaminado, via emprego, que, parece, deixou de crescer? Não haveria mais nuvem no horizonte do que luz, tendo em vista também a deterioração externa, agravada com a China crescendo apenas 7,6% no trimestre?
Ela reafirma o que disse em seu artigo: seria simplista atribuir peso excessivo à crise externa. E oferece mais dados.
Enquanto a produção da indústria no mundo cresceu 4,5%, em abril, no Brasil recuou 4,3%. O problema não é só do mundo, é nosso.
E o consumo? Zeina Latif mantém uma atitude positiva, mas reservada. O crescimento econômico, que impulsionado por consumo das famílias, tende a ser mais modesto e de fôlego curto. Como agravante, há riscos importantes no atual contexto mundial. "Talvez o mundo não esteja tão disposto assim a financiar nosso consumo," diz ela à coluna.
"O atual ciclo econômico mundial é a antítese do excepcional ciclo anterior." Baixo crescimento, elevado grau de incertezas, tensões políticas e maior volatilidade impactando não apenas os mercados financeiros, mas também o lado real da economia. E, dessa vez, sem a ajuda redentora da China, que também enfrenta desafios internos decorrentes de sua natural tendência de acomodação cíclica e do menor espaço para estímulos governamentais, devido seu uso intenso na crise de 2008-09.
Dessa forma, assim como o ciclo econômico mundial anterior se traduziu em "vento de popa" ou ganhos importantes para o Brasil, agora o menor potencial de crescimento global pode ser um "vento de proa", que não impulsionam o barco e recomenda um realinhamento de expectativas."
Esperança. Apesar dessas duras constatações, não há determinismo neste quadro, afirma Zeina. "É verdade que pouco se pode esperar para este ano. Para que a economia cresça os 2,5% previstos pelo Banco Central, o IBC-BR terá que acelerar seu crescimento para algo em torno de 6% até o final do ano, o que parece pouco provável. Lembrando que a projeção do FMI para o crescimento mundial é de 3,5%."
Mas, certamente, há espaço para manobra nos anos vindouros. Do lado do consumo das famílias não há razão para maiores preocupações, por causa da crescente formalização da mão de obra, melhora da distribuição de renda, demanda ainda reprimida por moradias, taxas de juros mais baixas estimulando a demanda de crédito. "Mas como demanda, infelizmente, não cria sua própria oferta, e como o crescimento robusto e sustentado depende de crescimento da oferta, é crucial remover obstáculos ao seu crescimento."
Juros mais baixos são importantes ingredientes. Condição necessária, mas não suficiente. É crucial que se defina uma agenda clara de remoção de entraves ao crescimento, de forma a estimular a confiança dos empresários. Como ainda há muitas distorções no Brasil, isso não necessariamente requer medidas amplas e profundas. A história recente mostra que mesmo reformas mais modestas podem ter impactos significativos.
E então, pergunta a coluna. É simples, responde ela. "Mãos à obra. Há condições para reagir visando 2013 em diante." Para a coluna e outros analistas - e acreditamos que Zeina Latif concordaria -, o governo vem utilizando timidamente alguns dos instrumentos de ação de politica monetária e fiscal. Há mais que ainda se pode fazer. Se este ano parece perdido, o próximo pode ser salvo. É só não se assustar muito com os 2%.
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