Veja - 19/07/2010 |
É a mesma situação de uma empresa que se endivida para financiar seus clientes e assim vender mais. Se os clientes não pagam, ela quebra. Como seu balanço não usa o método da dívida líquida, os bancos percebem o endividamento e lhe negam crédito. A empresa também quebra. Imaginava-se, naquele tempo, que esses empréstimos não eram despesa pública, pois os recursos retomavam. Acontece que despesa na contabilidade pública tem um conceito próprio. Qualquer desembolso do Tesouro, mesmo que reembolsável, é despesa pública. É a forma de fazê-Ia passar pelo Orçamento da União e pelo crivo do Congresso. Entre 1983 e 1984, o Ministério da Fazenda realizou amplo estudo sobre essas questões. incluindo propostas para modernizar as finanças federais. Com base nessas ideias, a "conta de movimento" foi extinta em 1986. Logo em seguida, outra daquelas ideias foi implementada com a criação da STN. O estudo recomendou o fim dos subsídios via taxa de juros. O custo dos títulos do Tesouro seria o piso do crédito oficial. Caso o subsídio se justificasse, seu respectivo valor deveria constar do Orçamento aprovado pelo Congresso. Felizmente, graças àquela evolução institucional, perceberam-se rapidamente os subsídios e seus efeitos negativos. O BC publicou estatísticas da dívida bruta, permitindo ver que o esquema a elevou em 10%. ovos ganhos ocorreriam se o Congresso revertesse o retrocesso. |
Entrevista:O Estado inteligente
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segunda-feira, julho 19, 2010
Finanças federais: a volta às trevas Maílson da Nóbrega
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