Entrevista:O Estado inteligente
- Índice atual:www.indicedeartigosetc.blogspot.com.br/
- INDICE ANTERIOR a Setembro 28, 2008
quinta-feira, novembro 01, 2012
Protecionismo e defesa - CELSO MING
O Estado de S.Paulo - 01/11
Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, advertiu que as autoridades globais - a começar pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel - estão equivocadas ao denunciar o crescente protecionismo comercial do Brasil: "Não é protecionismo", avisa ele. "É legítima defesa."
Essa é a percepção vitimalista da questão mantida tanto pelo governo brasileiro como por um grande grupo de lideranças dos empresários. O risco maior é que esse tipo de defesa pode tornar o Brasil mais vulnerável ao jogo comercial global.
Os relatórios da ONU, da OCDE e da OMC tendem agora a insistir com acusações de protecionismo contra o Brasil. Mais do que rótulo, é uma tatuagem. Uma vez impregnada à pele, ficará muito difícil de removê-la.
Como mostra a matéria do correspondente em Genebra, Jamil Chade, publicada hoje noEstadão das 77 medidas antidumping desde maio destinadas a reverter supostas práticas comerciais desleais, 35% delas foram adotadas pelo Brasil. Parece número suficientemente alto para criar clima de má vontade nos fóruns internacionais contra o Brasil, não só em torno das demandas legítimas encaminhadas aos painéis da OMC, mas também de outras iniciativas de liberação do comércio mundial.
Uma das maiores fragilidades da indústria brasileira é a ausência de acordos comerciais com o resto do mundo que abram mercados externos que realmente contam. E, se a carga protecionista se intensifica, mais difícil fica para o governo brasileiro a tarefa de negociar acordos. Movimentos defensivos provocam mais movimentos defensivos. Nesse ambiente, iniciativas multilaterais têm grande chance de definhar.
A atual política comercial brasileira é ambígua e incoerente. Dos argentinos, por exemplo, aceita todos os desaforos, sob a alegação de que é preciso ser tolerante com os hermanitos em dificuldades. E, embora não tenham uma indústria exportadora, os venezuelanos também têm recebido o mesmo tratamento condescendente, como se comprova pela excessiva indulgência com que o governo brasileiro aceita o descumprimento dos acordos de parceria nos investimentos na Refinaria Abreu e Lima, do Recife. E, no entanto, o Brasil não mostra a mesma tolerância em relação a outros igualmente hermanitos latino-americanos, caso de mexicanos e chilenos, ou com outras economias fortemente açoitadas pela crise internacional.
A indústria brasileira vai perdendo peso no PIB brasileiro, como ontem mais uma vez denunciou o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini. E esse raquitismo progressivo pouco tem a ver com o jogo desleal de parceiros comerciais brasileiros. Tem a ver, sim, com a baixa capacidade de competição da indústria, pelas razões já exaustivamente expostas por esta Coluna e conhecidas resumidamente pelo excessivo custo Brasil - cuja responsabilidade está aqui dentro e não lá fora.
Melhor e mais eficiente defesa da indústria brasileira do que a proporcionada pelas frágeis salvaguardas comerciais montadas pelo governo federal seria obtida pelo desenvolvimento de um programa sério, que derrubasse esses custos e que provesse uma rede moderna de logística e infraestrutura.
Arquivo do blog
-
▼
2012
(2586)
-
▼
novembro
(124)
- Comédia de erros nos royalties dopetroleo Maílson ...
- Mais alto o coqueiro - DORA KRAMER
- Boa oportunidade - MERVAL PEREIRA
- Sereias lusitanas - NELSON MOTTA
- De onde menos se espera - MIRIAM LEITÃO
- Joelmir - CELSO MING
- Deixando 2012 para trás - LUIZ CARLOS MENDONÇA DE ...
- 26/11/12
- MERVAL PEREIRA O Rio protesta
- Itaparica outra vez na vanguarda. ,.JOÃO UBALDO RI...
- Estilos - MERVAL PEREIRA
- O mensalão e a economia - JOSEF BARAT
- Mais um super-herói social - GUILHERME FIÚZA
- As bandas do câmbio - CELSO MING
- Real fraco tem seu preço - MIRIAM LEITÃO
- O número mágico - RUY CASTRO
- As bandas do câmbio Celso Ming
- Nossos preços de cada dia - MIRIAM LEITÃO
- Missão cumprida - DORA KRAMER
- Sem confrontos diretos - MERVAL PEREIRA
- Dizimação e outras coisas - CELSO MING
- O desastre carcerário brasileiro - ROBERTO FREIRE
- Os donos da bola - NELSON MOTTA
- Reflexões na porta de cadeia - FERNANDO GABEIRA
- CLAUDIO HUMBERTO
- O triste fim da CPI do talião - EDITORIAL O ESTADÃO
- China vai crescer - ALBERTO TAMER
- O caixa da Petrobrás - CELSO MING
- Pizza famiglia - MERVAL PEREIRA
- A farsa da comissão - DORA KRAMER
- Uma estátua para Dirceu - ROGÉRIO GENTILE
- Os inocentes Dirceu e Genoino - ALOÍSIO DE TOLEDO ...
- A segurança e a força - DEMÉTRIO MAGNOLI
- Segurar para não cair - MIRIAM LEITÃO
- Impostos na nota fiscal - ilusão e custos - MAÍLSO...
- Nota de esclarecimento da revista VEJA - EDITORIAL...
- Exportação primária - MIRIAM LEITÃO
- E os investimentos? - CELSO MING
- Misericórdia, sim, mas só para companheiros? - JOS...
- Os crimes - MERVAL PEREIRA
- Luz e sombra - DORA KRAMER
- Medida Provisória 579: uma guinada de 360° - ELENA...
- O ajuste adiado - CELSO MING
- Um juiz na História - MERVAL PEREIRA
- Inversão de valor - DORA KRAMER
- Apagão da Eletrobras - MÍRIAM LEITÃO
- Petrobras e Eletrobras, as "vilãs" da bolsa - ANDR...
- Felizes, mas muito pobrinhos - CLOVIS ROSSI
- Vergonha - DANUZA LEÃO
- Britto, um homem de bem com a vida - ELIO GASPARI
- O nó da Espanha - Míriam Leitão
- Merval Pereira Deuses e Demônios
- Suely Caldas. A metamorfose que a oposição não viu
- Dora Kramer Algodão entre cristais
- Celso Ming Sem proposta
- Zona de euro em recessão Alberto Tamer
- João Ubaldo Ribeiro Aflições noturnas
- Enfrentando a realidade - ADRIANO PIRES e ABEL HOLTZ
- Duas medidas - MERVAL PEREIRA
- O tamanho do impasse - MIRIAM LEITÃO
- Compensações do câmbio - CELSO MING
- O desafio - AMIR KHAIR
- A 'piada de salão' pelo mundo - ROBERTO FREIRE
- Um passado para vender - RUY CASTRO
- Visão autoritária Merval Pereira
- Proust e o Google - NELSON MOTTA
- Eurorrecessão - CELSO MING
- Duplo mergulho - MIRIAM LEITÃO
- O último medo do ano - LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS
- Pesos e medidas - DORA KRAMER
- PIB em banho-maria - MÍRIAM LEITÃO
- Mais um recuo - CELSO MING
- Causa própria - DORA KRAMER
- Fugindo da cadeia - MERVAL PEREIRA
- Quem perde sai da frente - ROBERTO POMPEU DE TOLEDO
- A saída é a infraestrutura, mas... - MAÍLSON DA NÓ...
- Parada gay, cabra e espinafre - J. R. GUZZO
- Por que prívatizar a Petrobras - RODRIGO CONSTANTINO
- País precisa se livrar do fantasma dos apagões - O...
- Celso Ming A classe média vai ao paraíso
- João Ubaldo Grave crise existencial
- Dora Kramer Mão na massa
- O misterioso segundo - MIRIAM LEITÃO
- Avanços democráticos - MERVAL PEREIRA
- Divididos pelos royalties - CELSO MING
- Rigor contra corrupção - MERVAL PEREIRA
- Todo cuidado é pouco - DORA KRAMER
- A conta do ajuste - CELSO MING
- O Brasil que sai das urnas - FERNANDO GABEIRA
- Gargalhadas vingadoras - NELSON MOTTA
- Bill Clinton merece os aplausos - CARLOS ALBERTO S...
- O bom do Tio Sam - DORA KRAMER
- A cor do gato - DEMÉTRIO MAGNOLI
- A mão pesada de Barbosa - MERVAL PEREIRA
- Agora, enfrentar a economia - MIRIAM LEITÃO
- Agora, enfrentar a economia - MIRIAM LEITÃO
- O tamanho do abismo - CELSO MING
- Nome a zelar - DORA KRAMER
- Com quem será? - CELSO MING
- Chance do segundo mandato - MIRIAM LEITÃO
-
▼
novembro
(124)
- Blog do Lampreia
- Caio Blinder
- Adriano Pires
- Democracia Politica e novo reformismo
- Blog do VILLA
- Augusto Nunes
- Reinaldo Azevedo
- Conteudo Livre
- Indice anterior a 4 dezembro de 2005
- Google News
- INDICE ATUALIZADO
- INDICE ATE4 DEZEMBRO 2005
- Blog Noblat
- e-agora
- CLIPPING DE NOTICIAS
- truthout
- BLOG JOSIAS DE SOUZA