- O Estado de S.Paulo
A avaliação mais pertinente entre as tantas produzidas na sexta-feira sobre a Operação Voucher, que levou à prisão a cúpula do Ministério do Turismo, dá por ingênua a hipótese de o governo desconhecê-la previamente. Pelo raciocínio, não é mera coincidência a simultaneidade entre a pressão da base pela liberação de emendas parlamentares e a operação policial que as exibiu como instrumento de corrupção política.
O beneficiário óbvio da ação policial é o governo, que assumiu publicamente a resistência à chantagem habitual do Congresso, no chamado modelo presidencialista de coalizão. Se lutam tanto por emendas, que se mostre o que fazem com elas - é o recado que fica da operação da PF no Turismo.
Lição que assusta não só a base aliada, mas todos os partidos, já que a prática de utilização de ONGs de fachada para fazer caixa-dois não se restringe à deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP). Por isso, a proposta de uma CPI das ONGs jamais prosperou.
A falha da estratégia ficou por conta dos excessos da Polícia Federal, aparentemente planejados para demonstrar a insatisfação da corporação com os cortes no seu orçamento.
Por isso o governo se apressou em fazer a necessária distinção entre o mérito da operação e os abusos cometidos, após a reação de indignação geral com a exibição dos presos algemados e, posteriormente, nus da cintura para cima, em fotos vazadas para a imprensa.
A coreografia da indignação ensaiada pelo Planalto com o Ministério da Justiça, porém, soou apenas protocolar à base, desconfiada de que novas operações estão em curso para fragilizá-la mais.
Conta outra...
Na condição de ex-ocupantes do Planalto, os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) foram consultados por colegas sobre a possibilidade de a presidente da República não ter conhecimento prévio de uma operação policial do porte da realizada no Ministério do Turismo. Segundo testemunhas, ambos deram a mesma resposta: "Impossível". Foi essa mesma convicção que levou Sarney a romper com o ex-presidente Fernando Henrique, a quem credita até hoje a operação da PF que sepultou a candidatura presidencial da filha, Roseana, em 2002, na famosa batida na empresa Lunus, que flagrou R$ 1 milhão em espécie atribuído a caixa-dois da campanha.
Recorde
O Amapá é recordista em operações da Polícia Federal. De 2005 até hoje foi alvo de 39 operações, com 309 presos, nenhum condenado. É também o Estado com o maior número de autoridades presas: dois ex-governadores - Waldez Góes e Pedro Paulo Dias - e o ex-prefeito da Capital,Roberto Góes. E agora, mais a deputada federal Fátima Pelaes (PMDB) Fogo cruzado
No depoimento que fará depois de amanhã no Senado, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, sentará diante de dois PRs: um, hostil, representado pela ala ligada ao ex-ministro Alfredo Nascimento, que o considera um "traidor" e quer desfiliá-lo; outro, que tentará blindá-lo, liderado pelo vice-líder Clésio Andrade (MG), que apoiou sua escolha para suceder Nascimento. Clésio tem boa relação com Passos e bom trânsito no Planalto.
CPMF de Dilma
O governo tem apenas quatro meses para aprovar a renovação da DRU (Desvinculação das Receitas da União), essencial ao Planalto por dar livre uso a 20% do Orçamento.
Com a base em obstrução e dois turnos de votação no Congresso, o risco está sendo comparado ao da CPMF no governo Lula, que acabou rejeitada em derrota jamais perdoada pelo ex-presidente.
Entrevista:O Estado inteligente
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