Entrevista:O Estado inteligente

sábado, novembro 21, 2009

VEJA Recomenda e Os mais vendidos


DVD

Fotos divulgação
DVD
Stella: uma menina precocemente empurrada para o poço do ceticismo

STELLA (Stella, França, 2008. Imovision)
• Em seu primeiro dia de aula num colégio prestigioso, a garota Stella (Léora Barbara) tem a impressão de ser mais velha que todos na classe. Não por seus colegas terem de fato menos idade - e sim porque Stella, aos 11 anos, já foi tão embrutecida pela vida que vê muitas coisas pelo prisma dos adultos. A menina cresceu entre os bêbados do boteco de propriedade de seus pais. O pai (o músico Benjamin Biolay) passa o dia bebendo e fumando; a mãe (Karole Rocher) se agarra com um amante na frente do marido. Ainda que aos trancos (as notas da menina são péssimas), a escola aos poucos tira Stella do poço de ceticismo em que ela afundou precocemente - e o empurrão de uma amiga que a introduz no prazer da literatura é decisivo. Ambientado nos anos 70, o filme da francesa Sylvie Verheyde é pungente - e encontra na pequena Léora uma protagonista carismática.

DISCOS

Jon Furniss/Wire Image/Getty Images
DISCO
Julian Casablancas: o líder dos Strokes agora em versão solo


THE PURSUIT,
Jamie Cullum (Universal)
• É comum deparar com artistas de jazz que fazem discos de música pop para engordar a conta bancária. O cantor e pianista inglês Jamie Cullum também trafega entre esses dois mundos - mas seu trabalho não é caça-níqueis. Cullum, de 30 anos, realmente gosta e entende de música pop. Além disso, ele é um pianista virtuose, de toque delicado e grande capacidade de improvisação. Em The Pursuit, os fãs do Cullum pop vão se deliciar com a versão de Don’t Stop the Music, hit da cantora caribenha Rihanna. Mas é no jazz que Cullum mostra seus melhores resultados. É de arrepiar sua versão de Just One of Those Things, de Cole Porter, que toca ao lado da Count Basie Orchestra. E sua interpretação de Not While I’m Around, do musical Sweeney Todd, está à altura da escrita refinada de seu autor, Stephen Sondheim.

DISCO
Norah Jones: ah, como a separação fez bem a sua música


THE FALL,
Norah Jones (EMI)
• No início de 2008, a cantora americana Norah Jones separou-se do namorado, o baixista (e então diretor musical de sua banda) Lee Alexander. A julgar pelo seu quarto disco, The Fall, o rompimento acabou redundando em progressos artísticos. A cantora abandonou as baladas lânguidas ao piano - uma das poucas exceções é I Wouldn’t Need You - e lançou mão de guitarras. Seu estilo musical, que já foi definido erroneamente como jazzístico, está agora mais próximo do folk de artistas como Joni Mitchell e Aimée Mann. Por fim, ela chamou de volta o cantor e compositor Jesse Harris, autor de seu maior sucesso, Don’t Know Why, que havia ficado de fora dos dois últimos discos. Harris coassina Even Tough, um dos pontos altos de The Fall. No country You’ve Ruined Me, ela dá seu recado ao ex Alexander: "Você acabou comigo", diz. Não acabou, não.

Dan Tuffs/Getty Images
DISCO
Julian Casablancas: o líder dos Strokes agora em versão solo


PHRAZES FOR THE YOUNG,
Julian Casablancas (Sony)
• Pouco tempo depois do lançamento de First Impressions of the Earth, de 2006, o quinteto americano Strokes anunciou uma temporada de férias. O guitarrista Albert Hammond Jr. lançou então dois discos, o baixista Nikolai Fraiture uniu-se ao grupo Nickel Eye e o baterista Fabrizio Moretti criou o Little Joy, ao lado do brasileiro Rodrigo Amarante. Mas foi mesmo Julian Casablancas, cantor dos Strokes, quem lançou o CD-solo de maior apelo. Phrazes for the Young - o título faz referência a uma frase do escritor irlandês Oscar Wilde - tem apenas oito faixas, que pouco lembram a sonoridade crua dos Strokes. Há desde músicas de ritmo hipnótico, como Tourist (cujo baixo evoca o estilo dub jamaicano), até as desbragadamente dançantes - caso de Left & Right in the Dark (repare que o fraseado de guitarra lembra I Run, hit do grupo new wave A Flock of Seagulls).

LIVROS

O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA, de Richard Dawkins (tradução de Laura Teixeira Motta; Companhia das Letras; 440 páginas; 53 reais)
• Em clássicos da divulgação científica como O Gene Egoísta e O Relojoeiro Cego, o cientista britânico Richard Dawkins traduziu os conceitos e descobertas mais complexos e revolucionários da moderna biologia darwinista para o público leigo. Com Deus, um Delírio, de 2006, notabilizou-se também como um inflamado propagandista do ateísmo. O novo livro conjuga o grande divulgador da ciência e o polemista incendiário: trata-se de um exaustivo compêndio de provas irrefutáveis da evolução através da seleção natural proposta por Darwin no século XIX. E é, por consequência, uma refutação minuciosa aos que postulam alguma forma de criação divina. As explanações do autor, como sempre, esclarecem e fascinam - como o leitor poderá constatar, por exemplo, no capítulo sobre embriologia. Leia o trecho.

A VIGÍLIA PERDIDA, de Nadeem Aslam (tradução de Léa Viveiros de Castro; Record; 336 páginas; 42,90 reais)
• Em Mapas para Amantes Perdidos, Aslam compôs uma crônica de conflitos familiares incendiados pelo fundamentalismo islâmico na comunidade paquistanesa da Inglaterra (o autor nasceu no Paquistão, em 1966, e vive na Inglaterra desde os 14 anos). Em A Vigília Perdida, o cenário é o Afeganistão contemporâneo. Na casa de um médico inglês cuja mulher afegã foi assassinada pelo Talibã, reúnem-se, entre outros personagens, um ex-espião americano, uma russa que busca pistas sobre o desaparecimento do irmão soldado e um jovem jihadista - um grupo heterogêneo que resume as últimas décadas de turbulência no país. Embora a prosa do autor às vezes seja rococó - logo no início já se fala do "vento arrastando seus trajes ondulantes de beduíno" -, A Vigília Perdida é literariamente superior à média dos livros sobre o Afeganistão que frequentam as listas de mais vendidos.

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