Entrevista:O Estado inteligente

sábado, março 14, 2009

Radar

Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br

Governo

Base de ficção
A tal base governista, que tanto suga cargos no Executivo, não é lá muito firme. Um estudo feito pelos cientistas políticos Cristiano Noronha e Murillo de Aragão revela que o apoio médio da base nas seis votações
mais importantes na Câmara em fevereiro foi de 43% do total de deputados. Em 2008, esse apoio havia sido de 52%.

Ainda não ajudou
Ou seja, até agora a eleição de Michel Temer não se traduziu em coesão da base.

Os mais infiéis
Os dois partidos mais infiéis são justamente os mais gulosos na corrida por cargos. O campeão da infidelidade é o PP: apenas 31% de sua bancada votou com o governo. O vice é o PMDB: 42% dos seus deputados apoiaram os projetos do governo.

Ed Ferreira/AE
O comandante
Meirelles: dúvidas sobre
o seu futuro político


O leque de opções
de Meirelles

Henrique Meirelles tem surpreendido seus interlocutores com algumas ponderações sobre o seu futuro. Aos que dão como certa sua filiação a algum partido em outubro para, em seguida, deixar o Banco Central e candidatar-se ao governo de Goiás, ele argumenta: antes de comandar o BC, governar Goiás fazia todo o sentido para lançar-se como figura de relevância nacional no mundo político. Agora, talvez não faça mais. Por isso, seu leque de opções inclui o Senado ou o retorno à iniciativa privada. Pode, é claro, ser só um argumento de despiste, mas é esse o seu discurso atual.

Eleições 2010

A disputa pela vice
Ricardo Berzoini, presidente do PT, é um dos que propagam e defendem
a ideia de Michel Temer ser o vice de Dilma Rousseff.

Economia

J. F. Diorio/AE
União de forças
Luiz Furlan: as conversas com a Perdigão recomeçaram

A "Sadigão" ressuscita
Depois de mais de dois anos paradas, recomeçaram as negociações entre Sadia e Perdigão para uma união de forças. São, ainda, conversas embrionárias. Embora esta não seja a solução dos sonhos de Luiz Furlan, presidente da Sadia, já há advogados dos dois lados trabalhando no assunto.

Duas rodas chinesas
Um ano após instalar seu banco (Azteca) e sua loja de eletrodomésticos (Elektra) no Nordeste, o magnata mexicano Ricardo Salinas estuda trazer para o Brasil a Itálica, sua marca de motos. Fabricada na China, é líder de mercado no México.

Brasil

Sem cadastro
É curiosa a despreocupação da Antaq (agência reguladora dos portos e navios) na hora de fiscalizar operações que estão dentro de sua alçada. Um exemplo: os vinte maiores armadores do mundo operam no país carregando 95% das exportações e importações brasileiras sem ter sido cadastrados pela agência, como manda a legislação.

Tecnologia

O Google no governo...
A turma do Google está dando uma consultoria informal ao mundo virtual do governo Lula, que está reformulando seus sites e portais.

...e nas eleições
Também ainda de modo informal está prestando uma consultoria ao presidente do TSE, Carlos Britto. Estão sendo estudadas novidades no uso da informática no processo eleitoral brasileiro. Uma delas: a arrecadação on-line nos moldes utilizados por Barack Obama nos EUA.

Liderança avassaladora
A propósito do Google, ao contrário do que vem ocorrendo nos EUA, não para de crescer sua participação no mercado brasileiro de buscadores. Segundo a consultoria Predicta, o Google obteve 95% de participação em janeiro. Não há concorrência, portanto. O Yahoo!, por exemplo, detém 0,8% do total de buscas.

Cultura

Cota de tela
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, trabalha numa proposta de ampliação da chamada cota de tela – o porcentual mínimo anual de sessões de filmes nacionais por sala de cinema. Ele estuda também obrigar as distribuidoras estrangeiras a se associar com as brasileiras para atuar no país.

Gente

Pierre Verdy/AFP
Campo de batalha
Coelho: usado para catequizar iraquianos

O mago vai à guerra
E os americanos, quem diria, estão recorrendo a Paulo Coelho para se aproximar dos iraquianos. Segundo um boletim militar dos EUA, algumas frases tiradas de O Alquimista estão sendo traduzidas para o árabe e transmitidas por militares americanos a crianças e adolescentes iraquianos como forma de fazê-los sonhar com um mundo melhor.


Colaborou Paulo Cesar Pereira

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