Entrevista:O Estado inteligente

sábado, outubro 24, 2009

Radar



Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br

O preferido do DEM e do PPS

Lucas Lacaz Ruiz/AG. O Globo
Disputa
Serra: na frente de Aécio entre os deputados de partidos aliados


A maioria dos deputados dos dois principais partidos aliados do PSDB quer José Serra como candidato à Presidência da República. A conclusão é de uma pesquisa inédita realizada entre terça e quinta-feira passadas pela consultoria Arko Advice com 61 deputados (49 dos 56 deputados do DEM e doze dos treze parlamentares do PPS). Dos ouvidos, 57% acham que o candidato tem de ser Serra. Os que preferem Aécio Neves somam 32%. Serra é o preferido inclusive quando se olha somente o DEM (55%), apesar da forte campanha do presidente do partido, Rodrigo Maia, em favor de Aécio.

Eleições 2010

Azarão, não
Aécio Neves, no jantar que teve com FHC e Sérgio Guerra para discutir 2010, pôs as cartas na mesa: o PSDB tem de decidir seu candidato em janeiro, e não em março, como quer José Serra. Preocupa Aécio a hipótese de março chegar e só então Serra decidir que não quer disputar a Presidência. A leitura seria que Serra, convencido da impossibilidade de derrotar Dilma Rousseff, teria desistido - e Aécio, nesse caso, já entraria na corrida presidencial com um selo de azarão.

Jogo zerado
Numa conversa reservada com um tucano muito próximo, Aécio Neves ironizou o rumor de que Lula teria pedido a ele que não se candidatasse como vice de José Serra: "O Lula é meu amigo, mas não tem esse tipo de liberdade comigo. Se tivesse, tenho certeza de que me pediria para não ser candidato a presidente, porque aí, ele sabe, o jogo das alianças começaria novamente do zero".

Aliança fechada, mas nem tanto
A propósito, Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB, disse recentemente a Lula: "Se o Aécio sair candidato a presidente, não conseguirei segurar o PSB na aliança com o PT".

Dida Sampaio/AE
Tentativa vã
Jobim: trabalhou contra o acordo PT-PMDB

Movimento contra
Nelson Jobim até o último momento era contra o fechamento do pré-acordo PT-PMDB, selado na terça-feira. Seu mote era que seria cedo para um comprometimento desse tipo. Ele se mexeu, mas na última hora parou de fazer marola contra.

Um Collor na campanha tucana
O PSDB contratou a empresa Loops, especializada em internet, para planejar as ações na web na campanha em 2010. Um dos donos da empresa é Arnon de Mello, filho de Fernando Collor.

Da Satiagraha ao Congresso?
Carlos Rodenburg, ex-cunhado de Daniel Dantas, ex-diretor do Opportunity e atualmente no comando do polêmico investimento agropecuário do grupo, quem diria, descobriu sua vocação política. Um ano depois de ser preso na Operação Satiagraha, Rodenburg filiou-se ao DEM no município de Redenção, no Pará. Está em dúvida se disputa a eleição para deputado federal ou suplente de senador.

Televisão

Guerra e paz
A CBF ensaiou uma briga com a Globo quando Ricardo Teixeira disse que gostava da ideia de que os jogos do Brasileirão passassem para o horário das 19 horas - o que atrapalharia completamente a grade de programação noturna da Globo. Motivo da estocada: Teixeira se incomodou com ofertas financeiras que Marcelo Campos Pinto, executivo da Globo, fez aos clubes para que eles topassem mudar a fórmula do Brasileirão - a Globo quer o fim do campeonato de pontos corridos. Mas a paz foi selada num almoço na terça-feira entre Globo e CBF. Nada vai mudar. Fica tudo como está.

Economia

O Leão vai rugir
A Receita Federal anuncia na terça-feira uma megaoperação de fiscalização sobre 100 empresas que estão entre as maiores do Brasil. Os alvos foram escolhidos a dedo.

Kiko Ferrite/Exame
Preocupação
Gerdau deu um aviso ao governo: mais aço, não


Gerdau contra a Vale na siderurgia

Jorge Gerdau anda inquieto com a insistência do governo em obrigar a Vale a investir em siderurgia. Já enviou a Dilma Rousseff um estudo sobre o assunto. Na semana passada, esteve com Lula em Brasília para lhe entregar "uns papeizinhos" em que sustentava sua posição. Para ele, tem aço sobrando no mundo. Se a Vale, com todo o seu poder de fogo, começar a produzir aço com o próprio minério, sai de baixo.

Com Paulo Celso Pereira

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