Qualquer que seja o índice econômico, os dados são bons para o governismo, mesmo que nem tanto para o país
A VENDA de material de construção cresceu 16% no primeiro bimestre, se comparada ao resultado do início do ano passado. O início de 2009 foi um horror, mas quem se lembra disso além de vendedores, economistas e jornalistas? A associação dos fabricantes de material de construção, a Abramat, acha que as vendas crescem 15% neste ano. O imposto menor (IPI) ajuda. A volta do crédito também.
As pessoas voltam a fazer suas casinhas, puxadinhos e coisas assim.
Quem já viu os programas de venda de imóveis pela televisão? Anúncio após anúncio, os televendedores dizem: "E tem financiamento do "Minha Casa, Minha Vida", genteeeem".
Nas reportagens sobre o programa habitacional luliano, os jornalistas notamos que o governo não cumpre as suas metas. A Caixa Econômica Federal, principal gestora do financiamento do negócio, pretendia financiar 400 mil casas pelo programa, no ano passado. Cumpriu 69% da meta. Pouco?
Quem já administrou ao menos uma barraquinha de pipoca sabe que o resultado não é ruim, ainda mais para um programa novo, com dificuldades novas. Mas, politicamente, isso importa pouco. Neste ano, o governo quer financiar 1 milhão de casas pelo programa. Se cumprir 70%, são mais 700 mil famílias abrigadas numa casa nova.
Por ora, José Serra tem mais votos que Dilma Rousseff entre os beneficiários do programa. Até quando?
Não importa o indicador econômico que se observe, o desempenho é, em tese, politicamente favorável ao lulismo, talvez ao governismo, talvez ao dilmismo, nesse último caso a depender do nível de empatia da candidata luliana com o povo na TV.
Ontem, o Banco Central divulgou o balanço do crédito no país. Na praça, as taxas de juros vinham subindo. Ou melhor, o custo dos bancos para arrumar dinheiro vinha crescendo.
Mas, como a inadimplência caiu, na média os bancos puderam até reduzir os juros em relação a janeiro.
Em suma, os brasileiros estão conseguindo pagar mais dívidas (pessoas físicas, não empresas). Mesmo que os juros continuem nas alturas vergonhosas de sempre, estão num nível relativamente baixo, baixo o bastante para o povo fazer crediários quase como em 2008.
Anteontem, o mesmo BC divulgara os dados relativos às abstrusas contas externas, que em si mesmas são incompreensíveis para 99,99% do eleitorado. Os dados indicam deterioração das transações correntes; se contínua, pode causar problemas macroeconômicos. Lá pelo final de 2011, talvez em 2012. Porém, alguns dos números das contas externas contribuem para inflar o, digamos, índice luliano de alegria.
Os gastos dos brasileiros com viagens e cartão de crédito internacionais dobraram, como proporção do PIB, desde meados de 2007. Estão em nível quase tão alto como nos anos do real forte fernandino, com a diferença de que agora o PIB e os brasileiros são mais ricos. Trata-se de brasileiros daquela faixa em que, até agora, a oposição conta mais votos que o lulismo. O valor da importação de bens de consumo duráveis (carros, eletrônicos etc.) também dobrou em relação a meados de 2007. A fatia dos duráveis no total de importações cresceu mais de 80%. Até a eleição, a coisa vai melhorar.
vinit@uol.com.br
Entrevista:O Estado inteligente
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