Entrevista:O Estado inteligente

segunda-feira, março 29, 2010

Fernando RodriguesO PT no Sudeste

FOLHA DE S. PAULO

BRASÍLIA - Lula chegou ao Palácio do Planalto em 2002 e reelegeu-se em 2006, mas o PT nunca decolou de fato quando se trata de ganhar os governos dos três Estados mais populosos do país, São Paulo,Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Na eleição deste ano, por enquanto, os petistas continuam pouco competitivos no Sudeste. O partido não deve ter candidato próprio ao governo do Rio. Apoiará a reeleição de Sérgio Cabral. Em Minas Gerais pode ocorrer o mesmo. Lula está impondo ao PT mineiro uma adesão forçada à candidatura de Hélio Costa. É sintomático da atual fase lulista que Cabral e Costa sejam ambos filiados ao PMDB.

Em São Paulo, berço do PT, o partido terá Aloizio Mercadante como candidato próprio ao governo local.

O desempenho do petista é sofrível.

Na pesquisa Datafolha, registra 11% -bem abaixo dos 32% obtidos na eleição para o mesmo cargo em 2006, quando recebeu 6,8 milhões de votos. Antes, em 2002, havia conquistado 10,5 milhões de votos para o Senado.

Tudo somado, o único nome do PT nas disputas pelos governos de São Paulo, Rio e Minas Gerais é o de Mercadante, cuja popularidade enfrenta uma queda real e fulminante nos últimos anos.

Os petistas rebatem em coro, dizendo que a eleição é só em outubro. Até lá, esperam ser inoculados com os 76% de aprovação do governo Lula. É uma hipótese não desprezível, porém incerta.

Um pouco antes do Datafolha deste fim de semana, lulistas já falavam em vitória em São Paulo. Por esse raciocínio, Dilma Rousseff iria disparar nas pesquisas para presidente e galvanizaria os apoios necessários para Mercadante.

Essa teoria megalômana do PT ruiu com os dados do Datafolha. Para o governo de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin tem até 53%.

Falta muito tempo ainda até a eleição. OK, mas, por ora, o PT repete seu clássico e histórico desempenho medíocre no Sudeste.

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