O GLOBO EDITORIAL
O governo do metamorfósico presidente Lula continua a percorrer trajetórias erráticas. Se age dentro de um razoável figurino de administração pública, quando, mesmo de forma pouco recomendável — corta investimentos para financiar o custeio —, busca manter o superávit primário nas contas oficiais e preserva o BC de maiores pressões políticas, faz também vista grossa aos alertas contra os financiamentos concedidos a organizações políticas radicais que vivem à margem da lei.De um lado, constrói a imagem de um governo moderado, o que qualifica o presidente em fóruns multilaterais; de outro, age de maneira truculenta e intervencionista no Banco do Brasil, uma empresa com ações no patrimônio de milhares de acionistas. Atua, assim, bem no estilo do PT oposicionista, pré-2003, cujo discurso se lastreava no salvacionismo e no voluntarismo: bastariam vontade política e uma caneta em mãos presidenciais para resolver os problemas do país.Agora, é a troca no comando do BB, com a substituição de Antonio Lima Neto por Aldemir Bendine, considerado mais próximo do partido, que forçará a queda do spread e, como consequência, dos juros.Assim, como o banco tem uma estrutura pesada, custos administrativos elevados — parte de sua desmesurada diretoria é usada como moeda de troca político-partidária — o governo, na prática, decretou a redução de sua rentabilidade. Entendese por que as ações do BB caíram 8,5% com o anúncio da mudança feito pelo GLOBO.O Brasil tem longa experiência com os malefícios causados toda vez que algum poderoso de ocasião resolve usar empresas estatais como alavanca do desenvolvimento.Se a fórmula funcionasse, com o Estado à frente do progresso, a União Soviética não teria acabado numa montanha de escombros e patrocinado milhões de perdas de vidas humanas, inclusive pela fome.A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), um dos símbolos dessa visão farsesca, instalada por Getúlio Vargas numa negociação políticodiplomática com os Estados Unidos, terminou seus dias de controle estatal servindo de teta sugada por políticos fisiológicos, donos inclusive de cotas para exportar aço. Voltou a se expandir em mãos privadas, como a Vale do Rio Doce, convertida na maior empresa do mundo em minério de ferro, pagando mais impostos e empregando mais gente que nos tempos de estatal O BB, fundado no Império, quebrou várias vezes por causa do uso deletério que o Estado fez — e pelo visto, faz — dele em duzentos anos de História. Muito dinheiro da sociedade foi queimado no BB por causa do perdão de dívidas contraídas por usineiros amigos do poder, por industriais falidos, mas com bom trânsito na Capital Federal.Da última vez, o contribuinte teve de desembolsar R$ 8 bilhões para saneá-lo, no governo FH. Algo semelhante foi feito na Caixa Econômica.A maldição se repete..
Entrevista:O Estado inteligente
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