Entrevista:O Estado inteligente
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quinta-feira, agosto 11, 2011
No foco, os bancos Celso Ming
O Estado de S. Paulo - 11/08/2011
Por enquanto, os atuais desdobramentos da crise global não mostraram nenhum problema sério de colapso do crédito, como em 2008/2009. Mas até que ponto o risco sistêmico (crise em cadeia dos bancos) está descartado? Os ataques ao Bank of America (Estados Unidos); e ao Crédit Agricole, ao BNP Paribas e ao Societé Générale (França) não dizem o contrário? Quando estourou a bolha das hipotecas, em 2008, a primeira vítima foram os bancos com enormes volumes de ativos privados que, de um dia para o outro, se tornaram papéis sem valor ("lixo podre"). O crédito entrou em colapso porque ninguém tinha como aferir a saúde patrimonial das instituições financeiras. Os próprios bancos deixaram de confiar em bancos. O naufrágio do Lehman Brothers confirmou os prognósticos mais pessimistas. De lá para cá, nos Estados Unidos e na Europa, além de socorridos, os bancos foram obrigados a reforçar seu capital e, de um modo ou de outro, livraram-se da carga de ativos que provocara a catástrofe. Esta nova fase não corresponde mais à rejeição de títulos privados, mas à de títulos públicos. Os Estados soberanos, fortemente endividados, elevaram ainda mais suas dívidas para socorrer bancos e empresas importantes. Também gastaram mais com seguro-desemprego e perderam receitas, porque a recessão derrubou a arrecadação de impostos e taxas. Os bancos estão agora sobrecarregados com títulos de dívida soberana (dos tesouros nacionais). Até recentemente, pensava-se que esses ativos não dariam chabu, pois um Estado não pode falir. Mas, em 2001, houve o grande calote da Argentina e agora ficou mais claro que nem Grécia nem Portugal estão em condições de honrar todos seus compromissos. Mais ainda: dúvidas crescentes envolvem os títulos das dívidas de Itália, Espanha e, agora, França, cuja dívida está ameaçada de rebaixamento. Os grandes detentores desses títulos são os bancos europeus. E o argumento contrário à reestruturação das dívidas grega e portuguesa proveio do Banco Central Europeu (BCE): cortes nesses passivos prejudicariam os bancos detentores desses ativos. Portanto, o BCE estava (e está) temendo crise sistêmica. O que mudou de duas semanas para cá foi que o BCE passou a fazer o que antes se negava: recomprar dos bancos europeus títulos de dívida soberana para que pudessem enfrentar essas crises de liquidez. Apesar disso, na Europa e nos Estados Unidos, dívidas de responsabilidade de grandes bancos são tidas como problema. O custo dos swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) dos bancos - operações pelas quais o mercado compra um seguro contra o calote de um título - disparou. Isso mostra que, apesar da ajuda dos bancos centrais, detentores de aplicações desses bancos perdem o sono. E ações de bancos europeus e americanos afundam (veja no gráfico) - o que não deixa de ser sinal de perda de confiança. O que dá para dizer é que os grandes bancos centrais estão atentos e agindo. E os governos de França, Itália e Espanha parecem mais dispostos a reequilibrar seus orçamentos. Caiu o risco de que os bancos sejam abandonados à sua própria sorte. Mas essa blindagem não se fará a baixos custos. CONFIRA Ainda aquecido Os números que vão a seguir mostram que, a despeito da forte desaceleração da economia global, o mercado interno continua aquecido. Gasolina O consumo interno de gasolina cresceu 6,6% no primeiro semestre deste ano em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Cimento Também no primeiro semestre de 2011, em relação ao de 2010, as vendas de cimento no País cresceram 7,6%. Isso mostra que a construção civil continua avançando mais do que o resto da produção. Alimentos A primeira prévia do IGP-M de agosto mostrou um disparo nos preços dos alimentos. O Índice de Preços no Atacado avançou 0,8% (foi de -1,17% na primeira prévia de julho). A pressão dos preços se concentrou sobre as carnes bovina e suína e, também, sobre a soja. Esse comportamento avisa que o recuo da inflação já não é mais o mesmo.
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