Entrevista:O Estado inteligente

sexta-feira, abril 10, 2009

VEJA Recomenda | Edição 2108 | 15 de abril de 2009



CINEMA

Divulgação
Petit, na corda bamba, entre as torres gêmeas: tributo a uma miragem

O EQUILIBRISTA (Man on Wire, Estados Unidos/Inglaterra, 2008. Desde sexta-feira em cartaz em São Paulo)

• Em 1974, o acrobata francês Philippe Petit entrou nas ainda inacabadas torres do World Trade Center e, durante a noite, estendeu um cabo de aço entre os dois terraços. Ao amanhecer, Nova York deparou com uma visão sublime: um jovem vestido de preto caminhando sobre a corda bamba a 450 metros de altura. Durante os 45 minutos em que permaneceu nas nuvens, Petit cruzou oito vezes o espaço entre os dois edifícios, fazendo mesuras, ajoelhando-se e até deitando-se sobre o vazio – e, claro, sendo observado pela multidão nas ruas e por policiais que o esperavam em cada uma das extremidades do cabo, sem nada poder fazer. Este belo documentário do diretor inglês James Marsh, ganhador do Oscar deste ano, mostra não só a façanha do francês (que sonhava fazê-la desde que, aos 19 anos, vira uma ilustração das torres que iriam ser construídas em Manhattan), como é, também, um tributo a outro sonho: aquele que fez uma cidade erguer os prédios então mais altos do mundo – este um sonho que passou a ser lembrado como pesadelo desde o atentado de 11 de setembro de 2001, o qual transformou novamente em miragem as torres durante tanto tempo cobiçadas por Petit.

 

 

LIVROS

A MENINA QUE BRINCAVA COM FOGO, de Stieg Larsson (tradução de Dorothée de Bruchard; Companhia das Letras; 608 páginas; 49 reais)

• O escritor sueco Stieg Larsson morreu em 2004, antes de assistir ao sucesso da trilogia Millenium, a saga policial de sua autoria que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo. Neste segundo volume da série, a heroína Lisbeth Salander, uma rebelde e destemida invasora de computadores, é procurada pela polícia como suspeita de três assassinatos brutais. O editor-chefe da revista Millenium, Mikael Blomkvist, seu ex-namorado, acredita na inocência da jovem – ao contrário da imprensa. Larsson segue com habilidade as regras clássicas dos grandes thrillers, numa história que envolve um forte esquema de corrupção de promotores, jornalistas, juízes e policiais. Leia trecho.


Bettmann/Corbis/Latinstock

Conrad: um escritor capaz de fazer o leitor ver, ouvir e sentir

UM ANARQUISTA E OUTROS CONTOS, de Joseph Conrad (tradução de Dirceu Villa; Hedra; 140 páginas; 16 reais)

• Nas quatro narrativas apresentadas neste livro, Joseph Conrad (1857-1924), um dos maiores romancistas de língua inglesa e autor de obras de primeira grandeza como Lord Jim, Nostromo e Coração das Trevas, troca o cenário mais costumeiro de seus contos, romances e novelas – o alto-mar – por histórias ambientadas em terra firme. São quatro contos de teor social, publicados originalmente em periódicos. Eles demonstram a capacidade do escritor de origem polonesa para compor tipos humanos. Conrad consegue atingir, pelo poder da escrita, o que certa vez declarou ser seu objetivo: "Fazer o leitor escutar, fazê-lo sentir e, acima de tudo, fazê-lo ver".

 

TELEVISÃO

Claude Gassian/ Contouphotos/Getty Images
Carla Bruni: a irresistível
primeira-dama francesa
nos mínimos detalhes


ALGUÉM ME CONTOU SOBRE... CARLA BRUNI
(Quinta-feira, às 21h, no GNT)

• Numa das primeiras cenas deste documentário, a modelo e cantora Carla Bruni revela que impôs uma condição para se casar com o presidente francês Nicolas Sarkozy: "Eu disse que não abdicaria da carreira para ficar passando suas camisas". O programa é a prova de que a atual primeira-dama francesa falava a sério. Nas gravações do que seria só um registro de sua transformação em artista bem-sucedida, a relação com Sarkozy explodiu – e o diretor George Scott teve acesso privilegiado à intimidade do casal. Costurado por suas canções, o documentário traz depoimentos de Carla sobre a morte do irmão, de aids, e a descoberta de que não era filha biológica do milionário que a criou como pai. E há os flagrantes com Sarkozy: a certa altura, ele faz uma visita-surpresa à mulher e, sem cerimônia, tasca-lhe um beijo no pescoço.

 

DISCO

WAR CHILD PRESENTS HEROES, vários intérpretes (EMI)

• A War Child é uma entidade que presta assistência a crianças que vivem em regiões arrasadas pela guerra. Criada em 1993 por dois cineastas ingleses que voltaram da então República da Iugoslávia horrorizados com os efeitos da guerra civil, ela tem diversas fontes de renda – sendo uma das principais o lançamento de compilações com o primeiro escalão do pop. Esta aqui tem uma proposta interessante: diversos ícones sugeriram quais músicas de seu repertório queriam ver regravadas, e por quem. Paul McCartney, por exemplo, pediu para a galesa Duffy recriar Live and Let Die, e David Bowie escalou o grupo nova-iorquino TV on the Radio para cantar Heroes – nos dois casos, com resultados inferiores às canções originais. Já Straight to Hell, do The Clash, ficou uma graça na voz de Lily Allen, enquanto o quarteto Franz Ferdinand transforma Call Me, do Blondie, numa boa mistura de rock pesado e eletrônica.

 

Cinemateca VEJA

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, nesta semana: Shakespeare Apaixonado, uma deliciosa ficção sobre como o poeta descobriu o amor e também sua arte (leia a crítica).

Nos demais estados, nesta semana: Intriga Internacional, a obra-prima de Alfred Hitchcock em que Cary Grant tenta desfazer um grave engano(leia a crítica).

 

Como comprar a Cinemateca VEJA

Em bancas, livrarias e redes de supermercados, a 13,90 reais o exemplar avulso. Para assinar, ligue 3347-2180 (Grande São Paulo) ou 0800-775-3180 (outras localidades), de segunda a sexta-feira, das 8 às 22 horas. Pela internet, acesse www.assineabril.com

 
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B] há quantas semanas o livro aparece na lista
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