Entrevista:O Estado inteligente

segunda-feira, julho 14, 2014

Final só aumentou o vexame do Brasil - Renato Maurício Prado: O Globo

Final só aumentou o vexame do Brasil - Renato Maurício Prado: O Globo

Final só aumentou o vexame do Brasil

A discreta atuação da Alemanha na final da Copa aumentou ainda mais a vergonha e a revolta do torcedor brasileiro com aqueles inacreditáveis 7 a 1, na semifinal. Bastou uma marcação mais cerrada por parte da Argentina e o time alemão penou, assim como já acontecera diante de França, Argélia, Estados Unidos e Gana — seleções que também conseguiram endurecer seus jogos contra eles, ao contrário de Brasil e Portugal, suas únicas presas fáceis.

Nem é justo dizer que os argentinos apenas se defenderam, no Maracanã. Ao contrário, ainda que no contra-ataque, conseguiram algumas boas chances para marcar. E no início e em boa parte da segunda etapa, do tempo normal, chegaram a pressionar os alemães, quando Lionel Messi (ninguém menos que ele) também desperdiçou grande lance, no qual chegou a ficar livre diante do goleiro Neuer.

Que diferença!

Assim como fez contra o Brasil, a Alemanha buscou a vitória na base de seu envolvente toque de bola. A significativa diferença foi que, na maioria das vezes, os alemães acabaram falhando na hora de concluir, muito pela marcação a que eram submetidos e também pelos poucos espaços que encontravam.

O lindo gol de Gotze só foi garantir a sofrida e magra vitória por 1 a 0 e a conquista da Copa, aos sete minutos do segundo tempo da prorrogação!

E pensar que, na semifinal, em menos de trinta minutos de jogo, a seleção brasileira já estava humilhada e eliminada, com 5 a 0, no placar...

E o Felipão ainda tem coragem de falar que fez um "bom trabalho"?!?

Messi decepcionante

Tensa, como costumam ser as finais, a decisão entre Alemanha e a Argentina não chegou a ser tecnicamente um grande jogo — muito pelo contrário. O 0 a 0, porém, manteve a emoção no ar durante os 120 minutos de bola rolando. A maior decepção mesmo foi a atuação de Lionel Messi, discretíssimo. Perdeu um gol que não costuma perder, no início da etapa final, e pareceu sentir o músculo da perna após o chute cruzado, que passou rente à trave.

Daí pra frente, pouco foi visto em campo. A impressão que ficou é a de que só não saiu por ser quem é, na esperança de que numa jogada ainda pudesse decidir, mesmo fora de suas condições ideais. E a oportunidade até apareceu, no último minuto da prorrogação, numa falta que ele mesmo sofreu e cobrou, muito alto, longe da baliza alemã.

Injustiçaram Robben

Apesar da fraca atuação de Messi na final seria injusto dizer que ele foi mal na Copa do Brasil. Graças a ele a Argentina conseguiu chegar onde chegou (basta lembrar os seus quatro gols e o passe decisivo para Di Maria marcar contra a Suiça). Mas daí a receber o prêmio de melhor jogador da Copa foi um tremendo exagero. Pra mim, o craque do Mundial foi o holandês Robben.

Sem brasileiros

Não sei ainda qual foi a seleção da Copa do Mundo, na votação da Fifa. Mas na minha não há nenhum brasileiro. Ei-la: Neuer (Alemanha), Lham (Alemanha), Hummels (Alemanha), Vlaar (Holanda) e Blind (Holanda); Mascherano (Argentina), Schweinsteiger (Alemanha) e James Rodriguez (Colômbia); Messi (Argentina), Hummels (Alemanha) e Robben (Holanda). Técnico: Van Gaal (Holanda).

Sem futuro

Vi a base dessa seleção alemã começando a se formar, na Copa de 2006, em seu próprio país, quando acabou num festejado terceiro lugar. Já dava pra perceber seu potencial. O que, definitivamente, não é o caso do Brasil agora...

Saudade

Divertida sacada que circulava ontem, desde cedo, pela internet:

"Eu era mais feliz quando Bernard, Dante e William eram jogadores de vôlei; Oscar, de basquete; Luís Gustavo era ator, Jô, entrevistador, Hulk, super-herói e Fred era o Flinstone".



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