O GLOBO - 24/07
Se alguém ainda duvidava de que este tem sido um ano de ouro para o cinema brasileiro, os números do último fim de semana rebatem qualquer argumento. Avaliando-se só os filmes em cartaz, o clima é de festa. Em sua oitava semana nos cinemas, "Faroeste caboclo" alcançou a mítica marca de 1,5 milhão de espectadores. Enquanto isso, "Minha mãe é uma peça", o grande sucesso da atual temporada, ultrapassou o número de 3,5 milhões de espectadores. Para complementar, "O concurso", em sua estreia, ficou em terceiro lugar entre as bilheterias do fim de semana com respeitáveis 300 mil espectadores, mas com uma média de 830 espectadores por sala, superior à dos filmes que ficaram na sua frente entre os Dez Mais, "Meu malvado favorito 2" (800) e "Homem de Aço" (542).
Num ano que já forneceu ótimos números para "Somos tão jovens" (1,7 milhão) e "Vai que dá certo" (2,7 milhões), além do desempenho de arrasa-quarteirão de "De pernas pro ar 2", com inacreditáveis 4,8 milhões de espectadores, a marca de um milhão de espectadores já não é tão rara quanto foi no ano passado. O mais entusiasmante é que, para o resto do segundo semestre, há estreias programadas que têm força para repetir as ótimas marcas da primeira metade do ano. Vêm aí "Se puder... dirija!", com Leandro Hassum e Barbara Paz, "Casa da Mãe Joana 2", com Hugo Carvana e Juliana Paes, "Mato sem cachorro", com Danilo Gentile e Leandra Leal, "Meu passado me condena", com Fabio Porchat, e "Crô", com Marcelo Serrado. Todos têm potencial de atrair milhões de espectadores e transformar 2013 num ano único para a produção nacional.
Já se pode dizer que o cinema brasileiro reencontrou o caminho do público. Falta reencontrar o caminho dos filmes de qualidade com maior pretensão artística que garantam o bom nome do país em festivais internacionais e diante da crítica.
***
Sobre a viagem do ministro Marco Antonio Raupp à Argentina num jatinho da FAB, criticada aqui na semana passada, recebi e-mail de José Roberto Ferreira, assessor de imprensa da autoridade: "O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, viajou à Argentina para cumprir a missão oficial de representar o governo brasileiro na abertura da Tecnópolis, maior mostra de ciência e tecnologia da América Latina. A fim de tornar a viagem mais produtiva, aproveitou para se encontrar com autoridades da área de ciência, tecnologia e inovação daquele país e realizar visitas técnicas a instituições parceiras de pesquisa e desenvolvimento tecnológico localizadas em Bariloche. A abertura da Tecnópolis foi feita pela presidente Cristina Kirchner e pelo ministro Marco Antonio Raupp, na sexta-feira, 12 de julho. Neste ano, o Brasil é o convidado especial do evento, o que o coloca em posição de destaque na mostra. (...) Na comitiva do ministro Raupp não havia nenhum segurança. Assessores, havia dois: um de assuntos internacionais e um de imprensa. Os demais participantes da comitiva eram dirigentes de órgãos do MCTI relacionados aos temas tratados na viagem a Buenos Aires e Bariloche: o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho; o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi; o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane; e o coordenador técnico do projeto Reator Multipropósito Brasileiro, José Augusto Perrota. Havia também uma repórter da Assessoria de Comunicação do MCTI. (...) Na quinta-feira, 11 de julho, o ministro Raupp e
dirigentes dos órgãos do MCTI se reuniram com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, Lino Barañao, para discutir assuntos relacionados à cooperação bilateral. Os principais assuntos foram o Reator Multipropósito Brasileiro (equipamento voltado para a pesquisa na área nuclear, formação de recursos humanos e produção de radioisótopos, que são a base para os radiofármacos e para produção de fontes radioativas usadas em aplicações na indústria e na agricultura) e a missão Sabia-Mar (sistema de observação da Terra dedicado ao sensoriamento remoto de sistemas aquáticos oceânicos e costeiros baseado em uma constelação de dois satélites e uma infraestrutura operacional, logística e de solo). (...) Na manhã da sexta-feira, dia 12, o ministro Raupp esteve na cidade de San Carlos de Bariloche, onde visitou a empresa Invap, seu recém-construído Centro de Ensaios de Alta Tecnologia
(Ceatsa) e o Centro Atômico de Bariloche (CAB). (...)"
Viagem esclarecida, fica uma constatação: este mundo da alta tecnologia tem excesso de siglas.
***
O Teatro Municipal anunciou na semana passada sua programação para a temporada de 2014. Serão sete óperas, quatro espetáculos de balé e sete concertos com sua orquestra sinfônica. Para os que se surpreenderem com agenda tão antecipada, deve-se acrescentar que o Teatro Municipal em questão é o de São Paulo, é claro.
Se alguém ainda duvidava de que este tem sido um ano de ouro para o cinema brasileiro, os números do último fim de semana rebatem qualquer argumento. Avaliando-se só os filmes em cartaz, o clima é de festa. Em sua oitava semana nos cinemas, "Faroeste caboclo" alcançou a mítica marca de 1,5 milhão de espectadores. Enquanto isso, "Minha mãe é uma peça", o grande sucesso da atual temporada, ultrapassou o número de 3,5 milhões de espectadores. Para complementar, "O concurso", em sua estreia, ficou em terceiro lugar entre as bilheterias do fim de semana com respeitáveis 300 mil espectadores, mas com uma média de 830 espectadores por sala, superior à dos filmes que ficaram na sua frente entre os Dez Mais, "Meu malvado favorito 2" (800) e "Homem de Aço" (542).
Num ano que já forneceu ótimos números para "Somos tão jovens" (1,7 milhão) e "Vai que dá certo" (2,7 milhões), além do desempenho de arrasa-quarteirão de "De pernas pro ar 2", com inacreditáveis 4,8 milhões de espectadores, a marca de um milhão de espectadores já não é tão rara quanto foi no ano passado. O mais entusiasmante é que, para o resto do segundo semestre, há estreias programadas que têm força para repetir as ótimas marcas da primeira metade do ano. Vêm aí "Se puder... dirija!", com Leandro Hassum e Barbara Paz, "Casa da Mãe Joana 2", com Hugo Carvana e Juliana Paes, "Mato sem cachorro", com Danilo Gentile e Leandra Leal, "Meu passado me condena", com Fabio Porchat, e "Crô", com Marcelo Serrado. Todos têm potencial de atrair milhões de espectadores e transformar 2013 num ano único para a produção nacional.
Já se pode dizer que o cinema brasileiro reencontrou o caminho do público. Falta reencontrar o caminho dos filmes de qualidade com maior pretensão artística que garantam o bom nome do país em festivais internacionais e diante da crítica.
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Sobre a viagem do ministro Marco Antonio Raupp à Argentina num jatinho da FAB, criticada aqui na semana passada, recebi e-mail de José Roberto Ferreira, assessor de imprensa da autoridade: "O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, viajou à Argentina para cumprir a missão oficial de representar o governo brasileiro na abertura da Tecnópolis, maior mostra de ciência e tecnologia da América Latina. A fim de tornar a viagem mais produtiva, aproveitou para se encontrar com autoridades da área de ciência, tecnologia e inovação daquele país e realizar visitas técnicas a instituições parceiras de pesquisa e desenvolvimento tecnológico localizadas em Bariloche. A abertura da Tecnópolis foi feita pela presidente Cristina Kirchner e pelo ministro Marco Antonio Raupp, na sexta-feira, 12 de julho. Neste ano, o Brasil é o convidado especial do evento, o que o coloca em posição de destaque na mostra. (...) Na comitiva do ministro Raupp não havia nenhum segurança. Assessores, havia dois: um de assuntos internacionais e um de imprensa. Os demais participantes da comitiva eram dirigentes de órgãos do MCTI relacionados aos temas tratados na viagem a Buenos Aires e Bariloche: o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho; o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi; o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane; e o coordenador técnico do projeto Reator Multipropósito Brasileiro, José Augusto Perrota. Havia também uma repórter da Assessoria de Comunicação do MCTI. (...) Na quinta-feira, 11 de julho, o ministro Raupp e
dirigentes dos órgãos do MCTI se reuniram com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, Lino Barañao, para discutir assuntos relacionados à cooperação bilateral. Os principais assuntos foram o Reator Multipropósito Brasileiro (equipamento voltado para a pesquisa na área nuclear, formação de recursos humanos e produção de radioisótopos, que são a base para os radiofármacos e para produção de fontes radioativas usadas em aplicações na indústria e na agricultura) e a missão Sabia-Mar (sistema de observação da Terra dedicado ao sensoriamento remoto de sistemas aquáticos oceânicos e costeiros baseado em uma constelação de dois satélites e uma infraestrutura operacional, logística e de solo). (...) Na manhã da sexta-feira, dia 12, o ministro Raupp esteve na cidade de San Carlos de Bariloche, onde visitou a empresa Invap, seu recém-construído Centro de Ensaios de Alta Tecnologia
(Ceatsa) e o Centro Atômico de Bariloche (CAB). (...)"
Viagem esclarecida, fica uma constatação: este mundo da alta tecnologia tem excesso de siglas.
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O Teatro Municipal anunciou na semana passada sua programação para a temporada de 2014. Serão sete óperas, quatro espetáculos de balé e sete concertos com sua orquestra sinfônica. Para os que se surpreenderem com agenda tão antecipada, deve-se acrescentar que o Teatro Municipal em questão é o de São Paulo, é claro.