domingo, julho 21, 2013
FOLHA DE SP - 21/07
Na economia, como na medicina, diagnóstico correto é o primeiro passo para tratamento correto. O segundo é que o remédio aplicado deve ser adequado ao problema.
Já mencionei aqui a reação da política econômica à crise de 2008 e relatórios do FMI e de outros órgãos considerando a ação brasileira como modelo de enfrentamento de crise de crédito. O mais importante é entender precisamente qual era o problema, o que (e como) foi feito e aprender com isso.
A quebra do banco Lehman Brothers, nos EUA, levou a um colapso das linhas de crédito internacionais, que eram cerca de 20% do total do crédito no Brasil. Isso gerou crise de liquidez em dólares e reais e dúvidas sobre a solvência de empresas e bancos. A resposta do Banco Central foi liberar liquidez em dólares, em reais e nos mercados futuros de forma rápida e decisiva.
A melhor definição que vi para uma crise de crédito é compará-la a um ataque cardíaco. Se a resposta for rápida, precisa e com equipamento adequado, o ataque pode deixar poucas sequelas ou nenhuma. Caso demore, mais problemas causará ao coração, às artérias e ao cérebro, gerando danos irreparáveis ao corpo.
O mesmo acontece na economia. Quanto mais dura for a crise, maiores os danos para toda a economia e, portanto, maior a dificuldade de resolver o problema.
No caso do Brasil, em 2008, a economia se recuperou rapidamente, e as empresas retomaram as vendas depois do tombo da produção industrial de 20% em dois meses e da queda anualizada do PIB de 13% no último trimestre. No início de 2010, a economia já estava normalizada, e o BC ajustou os níveis de liquidez.
A resposta com oferta de crédito naquele momento foi adequada, já que a prioridade era restaurá-lo, uma vez que sua contração era exatamente o problema. A resposta fiscal visando a retomada do consumo, em queda livre devido às restrições de crédito, também colaborou para restaurar o dinamismo.
Hoje, examinando o Brasil, é possível diagnosticar que o problema é de custos elevados e baixo investimento. Essa carência importante é acentuada pelas incertezas da economia brasileira e pelo momento global, no qual os EUA consolidam sua recuperação e atraem capitais investidos em outros países.
Portanto, o caminho do Brasil agora é transmitir confiança e credibilidade aos investidores por meio de regras estáveis, trajetória fiscal clara e política monetária firme. Assim, poderemos criar as condições para o aumento dos investimentos, principalmente para elevar a produtividade e reduzir os custos. Dessa maneira estaremos enfrentando de forma efetiva o problema do momento.
Na economia, como na medicina, diagnóstico correto é o primeiro passo para tratamento correto. O segundo é que o remédio aplicado deve ser adequado ao problema.
Já mencionei aqui a reação da política econômica à crise de 2008 e relatórios do FMI e de outros órgãos considerando a ação brasileira como modelo de enfrentamento de crise de crédito. O mais importante é entender precisamente qual era o problema, o que (e como) foi feito e aprender com isso.
A quebra do banco Lehman Brothers, nos EUA, levou a um colapso das linhas de crédito internacionais, que eram cerca de 20% do total do crédito no Brasil. Isso gerou crise de liquidez em dólares e reais e dúvidas sobre a solvência de empresas e bancos. A resposta do Banco Central foi liberar liquidez em dólares, em reais e nos mercados futuros de forma rápida e decisiva.
A melhor definição que vi para uma crise de crédito é compará-la a um ataque cardíaco. Se a resposta for rápida, precisa e com equipamento adequado, o ataque pode deixar poucas sequelas ou nenhuma. Caso demore, mais problemas causará ao coração, às artérias e ao cérebro, gerando danos irreparáveis ao corpo.
O mesmo acontece na economia. Quanto mais dura for a crise, maiores os danos para toda a economia e, portanto, maior a dificuldade de resolver o problema.
No caso do Brasil, em 2008, a economia se recuperou rapidamente, e as empresas retomaram as vendas depois do tombo da produção industrial de 20% em dois meses e da queda anualizada do PIB de 13% no último trimestre. No início de 2010, a economia já estava normalizada, e o BC ajustou os níveis de liquidez.
A resposta com oferta de crédito naquele momento foi adequada, já que a prioridade era restaurá-lo, uma vez que sua contração era exatamente o problema. A resposta fiscal visando a retomada do consumo, em queda livre devido às restrições de crédito, também colaborou para restaurar o dinamismo.
Hoje, examinando o Brasil, é possível diagnosticar que o problema é de custos elevados e baixo investimento. Essa carência importante é acentuada pelas incertezas da economia brasileira e pelo momento global, no qual os EUA consolidam sua recuperação e atraem capitais investidos em outros países.
Portanto, o caminho do Brasil agora é transmitir confiança e credibilidade aos investidores por meio de regras estáveis, trajetória fiscal clara e política monetária firme. Assim, poderemos criar as condições para o aumento dos investimentos, principalmente para elevar a produtividade e reduzir os custos. Dessa maneira estaremos enfrentando de forma efetiva o problema do momento.