Entrevista:O Estado inteligente

terça-feira, janeiro 20, 2009

Luiz Garcia - Mais do que torcer

Os Estados Unidos se preparam para um início de mandato presidencial em muitos aspectos diferente de qualquer outro em sua História. Não se trata da convivência de esperança com preocupação: essa ambivalência é frequente no dia-a-dia e no presidentea-presidente de nações grandes e pequenas.

Mas a subida ao poder do primeiro político negro nos EUA, tem, para dizer o menos, aspectos incomuns.

No entanto, não se ouve nem se lê políticos ou jornalistas americanos falando a respeito. Uma curiosa exceção foi registrada por Míriam Leitão na sexta-feira passada: um artigo no “New York Times” intitulado “Falar sobre raça? Relaxe, está tudo bem”.

Ou seja, a solitária manifestação sobre a questão é uma dissertação sobre a sua falta de importância. Fica a impressão de que todos os americanos estão achando que é hora mesmo de relaxar.

Achando ou torcendo silenciosamente para que seja assim. O que é parecido, mas não a mesma coisa.

Ninguém, na mídia e nos meios políticos americanos, mostra interesse em acentuar o caráter inédito da ascensão ao cargo mais poderoso do país de um representante de sua maior minoria étnica.

Talvez, para evitar uma associação politicamente incorreta entre ineditismo e excepcionalidade.
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