Entrevista:O Estado inteligente
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segunda-feira, abril 23, 2012
Paris afetada pela apatia - GILLES LAPOUGE
O Estado de S. Paulo - 23/04/12
Sabemos então o nome dos dois finalistas da eleição francesa: o presidente Nicolas Sarkozy e o socialista François Hollande. Podemos ir mais longe nas previsões? De acordo com as pesquisas, o jogo está feito: Hollande sai como vencedor do primeiro turno, além de ter reservas suficientes (os votos da extrema esquerda de Jean-Luc Mélanchon, dos ecologistas e outros) para derrotar Sarkozy na segunda rodada.
Não nos arriscaremos a fazer prognósticos. Até o último momento, os mais bizarros desdobramentos, as reviravoltas mais incoerentes, podem ocorrer. É a virtude, a honra e o charme vertiginoso da democracia. Quanto à campanha, Sarkozy foi mal. Marcado por cinco anos durante os quais irritou, exasperou, humilhou todo mundo, tanto seus próprios ministros como também pecuaristas, operários e juízes.
Na campanha de 2007, Sarkozy foi um orador inspirado. Este ano foi medíocre. Grunhiu, falou mal de todos, fez galanteios a Carla Bruni, fez propostas ridículas como uma reforma das normas para tirar a carta de motorista ou o pagamento das aposentadorias com oito dias de antecipação. Do Sarkozy estrondoso, inspirado, franco e direto de 2007, o que restou foi apenas um reflexo, um eco que mal se ouve.
Hollande foi normal, até a insignificância. Nem bonito nem feio; gordo, mas emagreceu; insípido, com um discurso pobre e mal enunciado; inteligente, mas sem brilho, Hollande sempre pareceu ter se enganado de papel.
Mas talvez seja um gênio. Sua figura que não impõe, sua falta de carisma, sua placidez, tudo isso talvez seja uma estratégia digna de Napoleão, uma maneira de obrigar o feroz boxeador que é Sarkozy a dar golpes no vazio, a perder o controle, a se apagar como uma vela privada de oxigênio.
Claro que o talento não ficou ausente nessa campanha, mas ele se refugiou no segundo pelotão: Mélanchon mostrou-se um tribuno formidável, estilo Revolução Francesa. E teve também Marine Le Pen, da extrema direita, uma bela mulher, voz poderosa, um enorme talento teatral. Tudo isso diz respeito à forma. Mas e quanto ao conteúdo? Quase nada.
Houve um acordo dos dois principais candidatos para evitar os reais temas, em particular os problemas econômicos. Uma impressão de irrealidade: a França, como toda a Europa, está esmagada pelas dívidas, o desemprego se multiplica, o setor industrial e agrícola se decompõe. Mas continua a se manifestar pretensiosamente como se fosse o centro do mundo. A França, tanto a de Sarkozy como a de Hollande, parece afetada pelo autismo.
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