REVISTA ÉPOCA
A Justiça paulista recebeu há dez dias a relação de bens do inventário do ex-governador paulista Orestes Quércia, morto em dezembro de 2010. Calcada na última declaração de rendas, a lista soma R$ 126 milhões. Esse montante foi calculado com base em valores históricos e está fortemente subavaliado. A viúva, Alaíde, seus quatro filhos e os dois herdeiros que Quércia teve fora do casamento concordaram em contratar uma auditoria independente para atualizar os números. As estimativas mais acanhadas preveem que a fortuna legada por Quércia ficará entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão. Outras ultrapassam em muito, muito mesmo, essa cifra. Enquanto espera a partilha, Alaíde resolveu editar uma biografia do marido e contratou jornalistas para entrevistar políticos que conviveram com ele.
Uma solidão amazônica
A ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa (PT) encomendou pesquisas para avaliar se poderia vencer alguma das disputas municipais do próximo ano. O resultado foi desalentador. Ana Júlia não desistiu. Resolveu aquilatar as chances de ser eleita vereadora em Belém. Os números não vieram melhores. Pior: o Planalto e a cúpula petista preferem mantê-la em casa a entrar numa disputa que possa melindrar seus aliados locais.
A nova Anatel
Está decidida a nova composição do Conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, encaminhará ao Planalto o nome de seu consultor jurídico, Rodrigo Zerbone, e o do procurador-geral da Anatel, Marcelo Bechara, chancelado pelo PMDB. Ambos terão de passar pelo crivo do Senado. O economista João Rezende, que já integra o Conselho da Agência, deverá ascender à presidência. Como Zerbone, ele é uma indicação pessoal de Paulo Bernardo.
Quer pagar quanto?
O ex-senador Luiz Estevão negocia um acordo para devolver aos cofres públicos os R$ 160 milhões desviados da construção do Tribunal Regional Federal de São Paulo, nos anos 1990. Corrigida e acrescida de juros, essa dívida alcançou R$ 890 milhões. O governo aceitou o pedido de Estevão por um abatimento no valor do débito. Estevão propôs, então, pagar R$ 470 milhões em prestações de R$ 4 milhões mensais. Seus termos foram recusados. Neste mês, ele voltou à carga com um plano ligeiramente melhor: os mesmos R$ 470 milhões em parcelas de R$ 6,5 milhões. A oferta está sendo avaliada pelo Tribunal de Contas, pela Secretaria de Patrimônio e pela Advocacia-Geral da União.
Mérito contra a dengue
Hoje, os recursos para o combate à dengue são distribuídos entre os municípios de acordo com critérios estritamente populacionais. A partir deste ano, o governo passará a considerar também o desempenho das prefeituras na prevenção e no tratamento da doença. As mais eficientes podem ganhar até 20% mais dinheiro. O principal critério de avaliação será a redução de focos de mosquitos nas residências, responsáveis por 82% das contaminações, como revela uma pesquisa encomendada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O tempo passa, o tempo voa...
Então terceiro maior banco privado do país, o Bamerindus esfacelou-se em 1997. Sua clientela e seus ativos sadios foram incorporados pelo HSBC. A parte podre ficou com o dono, José Eduardo Andrade Vieira, e seus sócios. Inconformado com a solução dada pelo Banco Central, Vieira clamou por uma indenização bilionária na esfera judicial. O Banco Central (BC) finalmente venceu o processo. O ministro Castro Meira, do Superior Tribunal de Justiça, concluiu o óbvio: o BC só interveio no Bamerindus porque ele não era mais capaz de saldar seus compromissos.
Bola fora
A presidente Dilma Rousseff se reunirá na Europa, nesta semana, com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e com o secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não foi convidado.
Você não gosta de mim, mas seu pai...
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi vaiado por 100 mil pessoas no Rock in Rio, no dia 24, quando o cantor Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, lhe dedicou a canção "Que país é esse?". Na quinta-feira, Sarney enviou uma carta ao artista reclamando do tratamento. Começou o texto dizendo que "entrou no Rock in Rio aos 80 anos", que o festival se beneficiou dos incentivos à cultura criados por seu governo, arvora-se de defensor da liberdade de expressão e conclui com uma lembrança: foi ele quem promoveu o diplomata Afonso Ouro Preto, pai de Dinho, a embaixador.
O gordo, o magro e o neomagro
Candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, o esbelto deputado Gabriel Chalita tem comemorado a conquista de dois cabos eleitorais de peso: o ex-jogador Ronaldo Fenômeno e o apresentador Fausto Silva. Só é injustopesar o neomagro Faustão pela mesma balança de Ronaldo.
Puxadinho na Câmara
Os deputados desistiram de construir o Anexo 5 da Câmara, um prédio projetado por Oscar Niemeyer que custaria R$ 1 bilhão. Em seu lugar, querem reformar o envelhecido Anexo 4, onde ficam os gabinetes dos parlamentares, e construir um puxadinho. Estimado em R$ 300 milhões, ele terá 80 escritórios e um auditório de 600 lugares.
Oi, Hélio
Agora, o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa está fazendo valer a regra de portabilidade que impôs às operadoras de celular. No início do ano, ele acertou seu ingresso no Conselho da TIM. Na semana passada, disse a um amigo que deverá assumir uma posição na Oi. Ouvido, Costa foi lacônico: "Não tenho nada a comentar".
O país do café
Líder mundial na produção de café, o Brasil deverá tomar dos Estados Unidos a posição de maior consumidor em 2012. O mercado nacional demandará 21 milhões de sacas, um pouco além das necessidades americanas de abastecimento.
Uma solidão amazônica
A ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa (PT) encomendou pesquisas para avaliar se poderia vencer alguma das disputas municipais do próximo ano. O resultado foi desalentador. Ana Júlia não desistiu. Resolveu aquilatar as chances de ser eleita vereadora em Belém. Os números não vieram melhores. Pior: o Planalto e a cúpula petista preferem mantê-la em casa a entrar numa disputa que possa melindrar seus aliados locais.
A nova Anatel
Está decidida a nova composição do Conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, encaminhará ao Planalto o nome de seu consultor jurídico, Rodrigo Zerbone, e o do procurador-geral da Anatel, Marcelo Bechara, chancelado pelo PMDB. Ambos terão de passar pelo crivo do Senado. O economista João Rezende, que já integra o Conselho da Agência, deverá ascender à presidência. Como Zerbone, ele é uma indicação pessoal de Paulo Bernardo.
Quer pagar quanto?
O ex-senador Luiz Estevão negocia um acordo para devolver aos cofres públicos os R$ 160 milhões desviados da construção do Tribunal Regional Federal de São Paulo, nos anos 1990. Corrigida e acrescida de juros, essa dívida alcançou R$ 890 milhões. O governo aceitou o pedido de Estevão por um abatimento no valor do débito. Estevão propôs, então, pagar R$ 470 milhões em prestações de R$ 4 milhões mensais. Seus termos foram recusados. Neste mês, ele voltou à carga com um plano ligeiramente melhor: os mesmos R$ 470 milhões em parcelas de R$ 6,5 milhões. A oferta está sendo avaliada pelo Tribunal de Contas, pela Secretaria de Patrimônio e pela Advocacia-Geral da União.
Mérito contra a dengue
Hoje, os recursos para o combate à dengue são distribuídos entre os municípios de acordo com critérios estritamente populacionais. A partir deste ano, o governo passará a considerar também o desempenho das prefeituras na prevenção e no tratamento da doença. As mais eficientes podem ganhar até 20% mais dinheiro. O principal critério de avaliação será a redução de focos de mosquitos nas residências, responsáveis por 82% das contaminações, como revela uma pesquisa encomendada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O tempo passa, o tempo voa...
Então terceiro maior banco privado do país, o Bamerindus esfacelou-se em 1997. Sua clientela e seus ativos sadios foram incorporados pelo HSBC. A parte podre ficou com o dono, José Eduardo Andrade Vieira, e seus sócios. Inconformado com a solução dada pelo Banco Central, Vieira clamou por uma indenização bilionária na esfera judicial. O Banco Central (BC) finalmente venceu o processo. O ministro Castro Meira, do Superior Tribunal de Justiça, concluiu o óbvio: o BC só interveio no Bamerindus porque ele não era mais capaz de saldar seus compromissos.
Bola fora
A presidente Dilma Rousseff se reunirá na Europa, nesta semana, com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e com o secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não foi convidado.
Você não gosta de mim, mas seu pai...
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi vaiado por 100 mil pessoas no Rock in Rio, no dia 24, quando o cantor Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, lhe dedicou a canção "Que país é esse?". Na quinta-feira, Sarney enviou uma carta ao artista reclamando do tratamento. Começou o texto dizendo que "entrou no Rock in Rio aos 80 anos", que o festival se beneficiou dos incentivos à cultura criados por seu governo, arvora-se de defensor da liberdade de expressão e conclui com uma lembrança: foi ele quem promoveu o diplomata Afonso Ouro Preto, pai de Dinho, a embaixador.
O gordo, o magro e o neomagro
Candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, o esbelto deputado Gabriel Chalita tem comemorado a conquista de dois cabos eleitorais de peso: o ex-jogador Ronaldo Fenômeno e o apresentador Fausto Silva. Só é injustopesar o neomagro Faustão pela mesma balança de Ronaldo.
Puxadinho na Câmara
Os deputados desistiram de construir o Anexo 5 da Câmara, um prédio projetado por Oscar Niemeyer que custaria R$ 1 bilhão. Em seu lugar, querem reformar o envelhecido Anexo 4, onde ficam os gabinetes dos parlamentares, e construir um puxadinho. Estimado em R$ 300 milhões, ele terá 80 escritórios e um auditório de 600 lugares.
Oi, Hélio
Agora, o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa está fazendo valer a regra de portabilidade que impôs às operadoras de celular. No início do ano, ele acertou seu ingresso no Conselho da TIM. Na semana passada, disse a um amigo que deverá assumir uma posição na Oi. Ouvido, Costa foi lacônico: "Não tenho nada a comentar".
O país do café
Líder mundial na produção de café, o Brasil deverá tomar dos Estados Unidos a posição de maior consumidor em 2012. O mercado nacional demandará 21 milhões de sacas, um pouco além das necessidades americanas de abastecimento.