BRASIL ECONÔMICO - 07/12
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concluíram há poucos dias a dosimetria das penas dos condenados pelo mensalão, e a sociedade brasileira já assiste, atônita, à eclosão de mais um escândalo de proporções avassaladoras gerado nas entranhas do Palácio do Planalto.
A quadrilha da vez, que atuava junto ao coração do poder, tem como protagonista Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, nomeada pelo ex-presidente Lula.
O grupo cometeu crimes como tráfico de influência, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva, cobrando propina de empresários em troca de pareceres técnicos fraudulentos e atuando em favor de interesses privados junto a agências reguladoras e vários órgãos federais como a Agência Nacional das Águas (ANA), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Advocacia Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e até o Ministério da Educação (MEC).
Rosemary, ou simplesmente Rose, como é conhecida nas hostes petistas, não era um funcionária "mequetrefe". Ao contrário: tinha relação muito próxima com Lula e usava dessa influência para beneficiar o grupo criminoso.
Paulo Vieira, na época diretor da ANA, e seu irmão, Rubens, diretor da Anac, outros personagens nefastos que também assinam mais este capítulo escabroso de corrupção, foram indicados aos respectivos cargos justamente por Rose.
A relação de Rose com o PT é antiga. Durante 12 anos, ela foi assessora de José Dirceu, hoje condenado pelo STF como chefe da quadrilha do mensalão. Em 2003, primeiro ano do governo Lula, passou a trabalhar no escritório da Presidência em São Paulo.
Em 2005, foi promovida a chefe da unidade. Com tamanha influência e um padrinho político de peso, conseguiu um emprego para a filha e providenciou até um diploma falso para o ex-marido.
Tão logo explodiu mais este escândalo de corrupção, Lula apressou-se a dizer que foi "apunhalado pelas costas". Trata-se do mesmo discurso utilizado em 2005, quando afirmou não saber das malfeitorias praticadas pelos mensaleiros, capitaneados por Dirceu, em sórdidas negociatas a poucos metros de sala presidencial no Planalto. A sociedade não aceita mais tamanha desfaçatez.
A desculpa esfarrapada de sempre, vinda de quem nunca sabe, nunca vê e nunca ouve nada que se passa ao seu redor, debaixo do próprio nariz, é uma afronta à inteligência da população. Lula deveria vir a público para esclarecer qual era o real poder de Rose e de que forma a proximidade com a ex-assessora influenciava no governo.
Dilma Rousseff também deve explicações à nação, pois foi ministra da Casa Civil na gestão anterior. A presidente não deve se limitar apenas a afastar malfeitores flagrados em atos de corrupção, mas evitar que essas práticas se repitam sistematicamente.
Os brasileiros esperam os esclarecimentos de Lula, Dilma e do PT, embora essa possibilidade seja remota, dado o histórico de conivência do partido com a corrupção.
E assim caminha o país, com uma sucessão de escândalos, de mensalão a 'Rosegate', vendo os cofres públicos serem assaltados e as instituições, dilapidadas.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concluíram há poucos dias a dosimetria das penas dos condenados pelo mensalão, e a sociedade brasileira já assiste, atônita, à eclosão de mais um escândalo de proporções avassaladoras gerado nas entranhas do Palácio do Planalto.
A quadrilha da vez, que atuava junto ao coração do poder, tem como protagonista Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, nomeada pelo ex-presidente Lula.
O grupo cometeu crimes como tráfico de influência, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva, cobrando propina de empresários em troca de pareceres técnicos fraudulentos e atuando em favor de interesses privados junto a agências reguladoras e vários órgãos federais como a Agência Nacional das Águas (ANA), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Advocacia Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e até o Ministério da Educação (MEC).
Rosemary, ou simplesmente Rose, como é conhecida nas hostes petistas, não era um funcionária "mequetrefe". Ao contrário: tinha relação muito próxima com Lula e usava dessa influência para beneficiar o grupo criminoso.
Paulo Vieira, na época diretor da ANA, e seu irmão, Rubens, diretor da Anac, outros personagens nefastos que também assinam mais este capítulo escabroso de corrupção, foram indicados aos respectivos cargos justamente por Rose.
A relação de Rose com o PT é antiga. Durante 12 anos, ela foi assessora de José Dirceu, hoje condenado pelo STF como chefe da quadrilha do mensalão. Em 2003, primeiro ano do governo Lula, passou a trabalhar no escritório da Presidência em São Paulo.
Em 2005, foi promovida a chefe da unidade. Com tamanha influência e um padrinho político de peso, conseguiu um emprego para a filha e providenciou até um diploma falso para o ex-marido.
Tão logo explodiu mais este escândalo de corrupção, Lula apressou-se a dizer que foi "apunhalado pelas costas". Trata-se do mesmo discurso utilizado em 2005, quando afirmou não saber das malfeitorias praticadas pelos mensaleiros, capitaneados por Dirceu, em sórdidas negociatas a poucos metros de sala presidencial no Planalto. A sociedade não aceita mais tamanha desfaçatez.
A desculpa esfarrapada de sempre, vinda de quem nunca sabe, nunca vê e nunca ouve nada que se passa ao seu redor, debaixo do próprio nariz, é uma afronta à inteligência da população. Lula deveria vir a público para esclarecer qual era o real poder de Rose e de que forma a proximidade com a ex-assessora influenciava no governo.
Dilma Rousseff também deve explicações à nação, pois foi ministra da Casa Civil na gestão anterior. A presidente não deve se limitar apenas a afastar malfeitores flagrados em atos de corrupção, mas evitar que essas práticas se repitam sistematicamente.
Os brasileiros esperam os esclarecimentos de Lula, Dilma e do PT, embora essa possibilidade seja remota, dado o histórico de conivência do partido com a corrupção.
E assim caminha o país, com uma sucessão de escândalos, de mensalão a 'Rosegate', vendo os cofres públicos serem assaltados e as instituições, dilapidadas.