CLASSIC ALBUMS: RIO, Duran Duran (ST2) • Na década de 80, o visual cinza e o discurso político niilista do punk rock deram lugar a jovens de roupas coloridas, que faziam canções calcadas no funk e na música eletrônica e não tinham vergonha de falar de amor. O movimento, batizado de new romantic, tinha como ícone o quinteto inglês Duran Duran. Rio, o segundo CD do grupo, é a obra-prima do estilo, como bem demonstra o documentário Classic Albums. O programa não se contenta apenas em mostrar como cada canção de Rio foi criada. Explica o impacto que o Duran Duran causou no universo punk, a conquista do mercado americano e como eles tiveram a ideia de investir nos videoclipes, que viraram marca registrada do grupo.
O CONFORMISTA (Il Conformista, Itália/França, 1970. Lume) • Um dos pontos altos da carreira do diretor Bernardo Bertolucci, o filme trata de Marcello, um homem que, depois de um relacionamento homossexual na juventude, faz da conformidade sua missão na vida, num paralelo claro com a ascensão do fascismo na Europa nos anos 30. A riqueza do estilo visual e a interpretação complexa do protagonista Jean-Louis Trintignant, porém, elevam O Conformista para muito além da alegoria (como no livro homônimo de Alberto Moravia em que se inspira): enquanto Marcello e um companheiro percorrem o gelado campo francês, para assassinar um antifascista que foi seu professor, o que o cineasta evoca é o profundo sentido de desajuste da condição humana – do qual a ideologia é um mero reflexo entre muitos possíveis.
LIVROS FOI APENAS UM SONHO, de Richard Yates (tradução de José Roberto O'Shea; Objetiva/Alfaguara; 306 páginas; 39,90 reais) • Nos últimos anos, as frustrações reprimidas na vida dos subúrbios americanos deram matéria para filmes como Beleza Americana e séries de televisão como Desperate Housewives. Richard Yates (1926-1992) explorou esse tema em profundidade bem antes de ele se tornar lugar-comum, com Foi Apenas um Sonho, publicado no início dos anos 60 e recentemente adaptado para o cinema. Morador de um confortável subúrbio de Nova York, Frank Wheeler despreza seu emprego em um escritório, que sufoca seu suposto talento. Sua mulher, April, propõe seriamente ao marido que os dois abandonem tudo para viver em Paris, uma oferta que porá a nu a fatuidade das ambições intelectuais de Frank – e que terá consequências trágicas para a mulher. Leia trecho.
MISSA NEGRA, de John Gray (tradução de Clóvis Marques; Record; 352 páginas; 48 reais) • Professor da London School of Economics e um dos filósofos mais instigantes da atualidade, John Gray vem buscando contestar a ideia – ou a ilusão, nos seus termos – de que a humanidade tem seguido um caminho de progresso inexorável do iluminismo no século XVIII em diante. Missa Negra dá continuidade à crítica ao secularismo moderno realizada no livro anterior, Cachorros de Palha. Gray examina em particular quanto ideologias utópicas como o comunismo devem à ideia religiosa do apocalipse. "A política moderna é um capítulo da história da religião", diz. Sua análise rigorosa não poupa ninguém: Gray identifica as ilusões de progresso da esquerda, dos neoconservadores e até de militantes do ateísmo darwinista como Richard Dawkins e Daniel Dennet. Leia trecho.
DISCO CARDINOLOGY, Ryan Adams & The Cardinals (Universal) • Cardinology é o segundo disco da fase sóbria deste cantor e compositor americano. Ryan Adams integrou o Whiskeytown, uma das bandas de rock alternativo mais celebradas da década de 90, e em 2000 deu início a uma promissora carreira-solo. Mas o vício em drogas pesadas e a sucessão de CDs fracos por pouco não colocaram tudo a perder. Adams só voltou à boa forma com Easy Tiger (2007). Cardinology, seu mais recente trabalho, mantém o rumo. As músicas de Adams refletem o que há de melhor no rock americano: ora emulam o country de Gram Parsons, ora lembram o rock de arena de Bruce Springsteen. O CD está repleto dessas sonoridades, como mostram a balada Go Easy e a agitada Magick.
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