Entrevista:O Estado inteligente

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Prosa & Política - Por Adriana Vandoni - Obama lá, Lula cá

Obama lá, Lula cá




(Adriana Vandoni) Foi
sim comovente a posse de Barack Obama. Aliás, qualquer alternância de poder em
um regime democrático me emociona. Mas não deposito nele as esperanças do mundo.
Esperança de que, afinal de contas? Me parece que estão tentando criar um
sentimento que beira uma histeria
esquerdopata
.


Ah,
é um negro que chegou ao comando da mais importante nação do mundo. Sem dúvida
que sim, aliás, algo só possível de ser visto em uma democracia madura como dos
Estados Unidos. Mas Obama não
venceu as eleições por representar uma cor de pele. Venceu por ter dito o que o
eleitor queria ouvir naquele momento.


Tenho
verdadeiro asco dessa conotação racial que tantos tentam entrouxar em nossas
cabeças. Acho que é menosprezar sua capacidade. Ele foi eleito porque o povo
norte-americano é suficientemente desenvolvido para fazer sua escolha
independente de gênero ou raça. Isso só existe na cabeça latina, em especial
“das zesquerda” latina. Ao povo de lá um brinde e o agradecimento
por mostrar ao mundo o que é democracia.


Quanto
à esperança de mudança... pela formação do seu governo ele sinalizou que é
diferente de Bush sim, é menos beligerante, mas não é totalmente contra o
governo de Bush. Disse em seu discurso que vai mudar o que achar ruim e
continuar o que achar bom. Básico!


Na
parte que nos toca entram os acordos comerciais. Obama já deu inúmeras
demonstrações de que nesse sentido é muito mais para protecionista que qualquer
outra coisa.


Ontem
vi o comentário de uma analista, não consegui saber seu nome, mas pelo estilo
era uma legítima representante “das zesquerdas latinas”. Em seu comentário só
faltou ela afirmar que com Obama na presidência os Estados Unidos se tornariam
um imperialismo muito menos imperialista como nunca antes na história. Ora!
Outro argumento, este vem de Zé Dirceu (que está adolescentemente nos Estados
Unidos fazendo intercambio para aprender inglês), diz ele que “Depois de mais de 40 anos, os americanos tem, de novo, um
presidente que representa o povo e a esperança de dias melhores”. Então fica
assim, os outros não representavam a vontade do povo, não foram escolhidos pelo
povo e não simbolizavam a esperança dias melhores. De certo foram escolhidos
através do voto, durante uma "crise de masoquismo coletiva". É muito maniqueísmo
pro meu gosto! Ora, não gosto de Lula nem do seu governo, mas sei que foi alçado
ao poder através da via democrática e por isso representa o povo sim. Fazer o
que?


Enfim,
que Barack Obama seja bem vindo e que consiga enfrentar os enormes desafios que
tem pela frente. É mais um presidente a comandar os Estados
Unidos.


(*)
O santinho Obama veio do blog do Roberto Romano

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