Entrevista:O Estado inteligente

quarta-feira, janeiro 14, 2009

A fantasia escondida no fundo do Atlântico - Augusto Nunes



Gazeta Mercantil - 14/01/2009
 

 

14 de Janeiro de 2009 - "Fui tão fundo que quase bati lá no pré-sal!", ainda exultava na segunda-feira o presidente fotografado dias antes dois metros abaixo da superfície do mar. Aleluia!, berraram milhões de brasileiros até então aflitos com o súbito sumiço da palavra resgatada pela frase de Lula, mas ainda ressabiados com o enigma: o que provocou a suspensão repentina, sem comunicados oficiais nem pronunciamentos em cadeia nacional de rádio e TV, do carnaval temporão decretado em agosto do ano da graça de 2008, sexto da Era Lula, pela descoberta do despotismo de petróleo estocado no Atlântico?

Por onde andam as procissões em louvor da descoberta do pré-sal, mais importante que o Descobrimento, porque a turma das caravelas encontrou índios, araras e praias, e a Petrobras achou jazidas colossais guardadas pela Divina Providência para que coubesse ao maior governante de todos os tempos anunciar à nação e ao resto do mundo a entrada do Brasil na Opep, e posar para a posteridade no meio de sheiks árabes?

Acampado no andor principal, Lula caprichou nas orações em agradecimento ao Companheiro que lhe permitiria surprender a Sapucaí, em companhia de Hugo Chávez, com a primeira aparição de uma dupla fantasiada de califa cucaracha. "Tenho tanta sorte que acho que Deus passou por aqui e resolveu ficar", desconfiou em setembro, extasiado com a demasia de dinheiro que garantiria aos pobres três refeições por dia, duas viagens por ano à classe média e a inclusão de um banqueiro da terra na lista dos 10 mais ricos do mundo

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