Entrevista:O Estado inteligente
Novo regime - EDITORIAL FOLHA DE SP
FOLHA DE SP - 05/12/11
Aprovação de fundo de previdência para servidores da União é indispensável para eliminar iniquidades e gastos públicos irracionais
Ao que parece, vai chegando ao fim a longa tramitação do projeto de lei que regulamenta o fundo de previdência complementar dos servidores públicos federais (Funpresp), elaborado em 2007.
Sem essa lei, persistirão por mais tempo tanto as iniquidades dos regimes de aposentadoria ditos "público" e "privado" como a despesa expressiva e crescente, responsável por grande parte do deficit das contas da União.
Os servidores públicos federais podem se aposentar sob um regime previdenciário que lhes proporciona rendimento igual ou semelhante ao de seus dias finais de trabalho. Essas pensões são financiadas pelo dinheiro dos impostos e, em parte muito pequena, por contribuições de aposentados.
Em contraste com essa situação, trabalhadores sob contratos regulados pela Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, a maioria empregados de empresas e instituições privadas, e outros contribuintes do INSS podem receber, no máximo, R$ 3.691,74 mensais.
A reforma previdenciária proposta e aprovada pelo governo Lula em 2003 previa a equiparação do limite do valor das aposentadorias do regime geral de Previdência, dito "privado", e o dos servidores. Tal provisão, porém, não pode ser implementada enquanto o fundo não for regulamentado.
O Funpresp contará com contribuições do governo e dos servidores e será administrado por pelo menos três gestores credenciados pela Comissão de Valores Mobiliários. Note-se que os atuais servidores não serão obrigados a aderir ao regime -apenas os novos contratados pelo governo. O sistema, portanto, terá impacto relevante só daqui a 15 anos -tempo curto em matéria previdenciária.
O controle de gastos que será proporcionado pelo novo sistema dará mais credibilidade à administração das contas públicas e tornará mais racional o uso de receitas de impostos. A esse respeito, cabe sempre lembrar as injustiças embutidas no atual sistema.
A despesa com as aposentadorias de cerca de 670 mil servidores (excluídos os militares) redunda num deficit anual de R$ 57 bilhões. Ou de R$ 24,7 bilhões, se considerada a altíssima contribuição "patronal" (do governo) para as aposentadorias, de 22% dos rendimentos. No Regime Geral de Previdência, mais de 28 milhões de beneficiários geram um deficit de cerca de R$ 40 bilhões, que se deve, em parte, a benefícios pagos a trabalhadores do campo que não contribuíram para o INSS.
Com o novo sistema, os servidores terão aposentadorias dignas, os gastos públicos poderão ser reduzidos ou usados em investimentos mais prementes e as contas governamentais terão mais credibilidade. Não há, portanto, argumentos para mais postergações.
Arquivo do blog
-
▼
2011
(2527)
-
▼
dezembro
(192)
- "O Expresso Berlim-Bagdá"
- Hotéis sem vagas - CELSO MING
- Na ponta do lápis - MIRIAM LEITÃO
- Crescimento exige medidas estruturais - GUSTAVO LO...
- Confusão na defesa comercial - EDITORIAL O ESTADÃO
- Luiz Carlos Mendonça De Barros - Sucesso e fracasso
- Alberto Goldman - O primeiro ano de Dilma: governo...
- Hélio Schwartsman - Brasil potência
- Exército e polícia Editorial - Folha
- Quem pode julgar o juiz? - NELSON MOTTA
- A pedagogia da marquetagem Elio Gaspari
- MARTHA MEDEIROS - Natal para ateus
- O 'sumiço' do gás Claudio J. D. Sales
- Chance desperdiçada Suely Caldas
- Como lidar com os bancos Celso Ming
- Protegendo as crianças João Ubaldo Ribeiro
- Marco Antonio Villa 'Na luta contra a cidadania, ...
- 2012 no rescaldo de 2011 - VINICIUS TORRES FREIRE
- Brasil x EUA: afastamento gradual - MERVAL PEREIRA
- Pequeno grande João - NELSON MOTTA
- Pleno emprego Celso Ming
- Um ano inusitado Dora Kramer
- O lobby do fechamento Rogério Furquim Werneck
- A China é vizinha Fernando Gabeira
- Euroduto - CELSO MING
- Conflito de interesses - ROGÉRIO GENTILE
- Caixa-preta - EDITORIAL FOLHA DE SP
- Cristina une-se à pior "patota" - CLÓVIS ROSSI
- Ataque à imprensa - MERVAL PEREIRA
- O povo não é bobo - CARLOS ALBERTO SARDENBERG
- Caminho livre - DORA KRAMER
- A injustiça e a revolta - DEMÉTRIO MAGNOLI
- O papel do "Clarín" - EDITORIAL FOLHA DE SP
- Confiar, desconfiando - VINICIUS TORRES FREIRE
- Sem razão para pessimismo - ALBERTO TAMER
- O governo que não começou - JOSÉ SERRA
- Fascismo quase disfarçado - JOSÉ SERRA
- Já foi tarde - ELIO GASPARI
- Obama, o fraco, respira - VINICIUS TORRES FREIRE
- IED recorde Celso Ming
- Espécieis em extinção Dora Kramer
- A USP dá exemplo para o Brasil seguir José Nêumane...
- O galo cantou Merval Pereira
- Ocupe a sala de aula? Dani Rodrik
- Antes, pode - RICARDO NOBLAT
- O que aprendi com a crise econômica - LUIZ CARLOS ...
- A verdade fica ao longe - DENIS LERRER ROSENFIELD
- A 'marola' da crise já chegou às nossas praias - M...
- Liderança feminina Ateneia Feijó
- A Bolsa Fiemg vale o IPI de 10 mil armários Élio G...
- "Todo en el Estado, todo por el Estado, nada sin e...
- La alarmante devaluación de la democracia Por Joaq...
- Melhor não adoecer João Ubaldo Ribeiro
- JK e o exílio Celso Lafer
- Colapso de um sistema Celso Ming
- O poder supremo de Brasília - Suely Caldas
- Reflexos da crise Míriam Leitão
- A ficção do Amaury Merval Pereira
- 'Não é um caso de governo', diz a presidente Dilma
- A oportunidade perdida dos países árabes Gilles La...
- Visão atual Míriam Leitão
- "RESSACA ÉPICA DA CHINA COMEÇA"!
- Balas na agulha Celso Ming
- O alarme de Krugman e a austeridade Amity Shlaes
- Elogio à impunidade - DORA KRAMER
- Migração da violência é tragédia nacional - EDITOR...
- O outro lado de uma tragédia brasileira - PAULO TA...
- Calor do Nordeste - MIRIAM LEITÃO
- Melhor para os mensaleiros - EDITORIAL O ESTADÃO
- Suspeição Merval Pereira
- Demóstenes Torres -O engodo contra o crack
- Ano incerto - MIRIAM LEITÃO
- Confissão - MERVAL PEREIRA
- E o câmbio? - ANTONIO DELFIM NETTO
- Uma lição para a vida - ROBERTO DaMATTA
- Convidada de honra Dora Kramer
- Cadeados para o Tesouro Rolf Kuntz
- A democracia sob risco Celso Ming
- Risco para a liberdade Gabriel Wedy
- Protecionismo às avessas Clóvis Panzarini
- A mão inteligente Claudio de Moura Castro
- O que é lobby? Merval Pereira
- Responde aí, Pimentel!-Ricardo Noblat
- Litígio supremo - DORA KRAMER
- Uma novela comprida e o Brasil - VINICIUS TORRES F...
- Azedou - CELSO MING
- Triste Judiciário - MARCO ANTONIO VILLA
- Clima do clima - MIRIAM LEITÃO
- Visão estratégica da América do Sul-Rubens Barbosa,
- Mais um consultor - REVISTA VEJA
- Proteção às avessas - JANIO DE FREITAS
- Sem tempo para chorar - RAUL VELLOSO
- O enigma da produtividade - DAVID KUPFER
- Remédio vencido - RUBENS RICUPERO
- Iluminar a história - CARLOS ALBERTO DI FRANCO
- Dilma: bem na foto, mal na foto - MARCELO DE PAIVA...
- Um país resignado - MARCELO COUTINHO
- Adeus à ilusão - RICARDO NOBLAT
- Abaixo Chapeuzinho - JOÃO UBALDO RIBEIRO
- Sem querer interromper - MARTHA MEDEIROS