Entrevista:O Estado inteligente

sábado, maio 09, 2009

VEJA Recomenda


DVD

Divulgação
Guerra ao Terror: encontros íntimos com as bombas de Bagdá

GUERRA AO TERROR (The Hurt Locker, Estados Unidos, 2008. Imagem)

• Os nomes de Ralph Fiennes, Guy Pearce e David Morse aparecem bem no alto da capinha do DVD, como chamariz – mas todos fazem apenas pequenas (embora marcantes) participações neste drama. O atrativo do filme dirigido por Kathryn Bigelow, uma das poucas mulheres a se dedicar ao cinema de ação (é dela o delicioso Caçadores de Emoção), é a trama bem urdida, que trata da rotina virtualmente suicida de uma equipe americana incumbida de desarmar explosivos nas ruas de Bagdá. Trabalhando a partir de um roteiro robusto, a diretora faz o espectador sentir não apenas o medo dos soldados, mas também o fluxo de adrenalina de que eles são tomados nos seus encontros íntimos com as bombas – um vício particularmente grave no caso do líder da equipe, interpretado com competência por Jeremy Renner, de Extermínio 2.

LIVROS

POESIA MATEMÁTICA, de Millôr Fernandes (Desiderata; 56 páginas; 44,90 reais)

• Em um livro de matemática, certo dia um quociente se apaixonou por uma incógnita. Os dois se casaram e tiveram quatro filhos – uma secante e três cones. Viveram um casamento feliz, até a incógnita interessar-se por um denominador comum. Essa graciosa história de amor (e adultério) protagonizada por abstrações matemáticas está entre as criações mais populares do prolífico Millôr Fernandes, humorista, tradutor, cronista, dramaturgo, artista gráfico e colunista de VEJA. O affair é narrado em versos ágeis, de rimas habilidosas, e com o humor e a inteligência que são peculiares ao autor. Publicado originalmente há várias décadas ("não perguntem quantas", adverte Millôr na introdução), o poema ganha agora uma bela reedição, com ilustrações de Mariana Newlands.

Corbis/Latinstock



Robert Browning: versão poética
de uma antiga lenda alemã

O FLAUTISTA DE MANTO MALHADO EM HAMELIN, de Robert Browning (tradução de Alípio Correia de Franca Neto; Iluminuras; 81 páginas; 29 reais), e A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA E RIP VAN WINKLE, de Washington Irving (tradução de Celso Mauro Paciornik; Iluminuras; 128 páginas; 29 reais)

• Os dois volumes são lançamentos da coleção Livros da Tribo, da editora Iluminuras, que se dedica a clássicos da literatura infanto-juvenil. O primeiro deles apresenta a versão em verso de Robert Browning, (1812-1889), um dos maiores poetas ingleses da era vitoriana, para a lenda alemã do flautista que encantava ratos e crianças com sua música. A edição é bilíngue. O segundo traz dois divertidos contos de Washington Irving (1783-1859), que estão entre os mais célebres clássicos da literatura americana. Como costuma ser o caso na melhor literatura juvenil, são obras que o adulto também lê com prazer.

Leia trechos:
O FLAUTISTA DE MANTO MALHADO EM HAMELIN
A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA

DISCOS

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Leonard Cohen: show para compensar o desfalque milionário que o empresário deu em suas contas

LIVE IN LONDON, Leonard Cohen (Sony)

• Em 2005, o cantor e poeta canadense Leonard Cohen descobriu que havia sido tungado em 5 milhões de dólares por seu empresário. O desfalque ocorrera nos anos 90, quando Cohen se retirou do cenário artístico para viver como um monge budista. Para sanar as dívidas e garantir uma aposentadoria – ele já está com 74 anos de idade –, o cantor excursionou pela Europa e pelos Estados Unidos. Gravado no dia 17 de julho na O2 Arena, Live in London mostra que os problemas financeiros não abalaram seu talento. Com a voz áspera, cultivada em décadas de excessos em bebida e cigarros, Cohen visita vários momentos de sua carreira discográfica. Muitos deles, aliás, superam as gravações em disco – caso da apocalíptica The Future.

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O trio americano Yeah Yeah Yeahs: uivos e guitarras, agora acompanhados de teclado

IT’S BLITZ!, Yeah Yeah Yeahs (Universal)

O trio americano Yeah Yeah Yeahs construiu sua reputação sobre dois alicerces: os riffs do guitarrista Nick Zinner e os uivos de Karen O, legítima herdeira das divas do pós-punk dos anos 80. Os elementos se fazem presentes em It’s Blitz, o terceiro CD da banda, mas foram reforçados por um teclado vintage – um Arp, do mesmo modelo que foi utilizado por artistas como Kraftwerk, Joy Division e The Cars. É esse instrumento que emula a sonoridade disco e new wave presente nas três primeiras faixas do álbum, Zero, Heads Will Roll e Soft Shock. Mas o Yeah Yeah Yeahs não abandonou a guitarra pelo teclado. Ela se faz presente na roqueira Dull Life e desenha a melodia de Hysteric, a melhor faixa do álbum, na qual Karen canta com delicadeza e pureza inéditas.

Cinemateca VEJA

• Em São Paulo e no Rio de Janeiro, nesta semana: os trapaceiros Robert Redford e Paul Newman esfolam um "pato" em Golpe de Mestre (leia a crítica).

• Nos demais estados, nesta semana:
a ultraviolência pop do diretor Quentin
Tarantino no inovador Pulp Fiction (leia
a crítica
).

Como comprar a Cinemateca VEJA

Em bancas, livrarias e redes de supermercados, a 13,90 reais o exemplar avulso. Para assinar, ligue 3347-2180 (Grande São Paulo) ou 0800-775-3180 (outras localidades), de segunda a sexta-feira, das 8 às 22 horas. Pela internet, acesse www.assineabril.com

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