Entrevista:O Estado inteligente

sábado, junho 20, 2009

VEJA Recomenda -Livros mais vendidos


 

DVD

Christophe Loviny
Gian Maria Volontè em A Classe Operária Vai ao Paraíso: herói involuntário da "luta socialista"

A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO (La Classe Operaia Va in Paradiso, Itália, 1971. Versátil)

• Lulu é algo boçal e muito cansativo, mas é um operário-modelo: produz muito mais do que qualquer outro na fábrica em que trabalha. Tem também fama de ser "pelego", dificultando a vida dos colegas junto aos patrões. Por uma série de circunstâncias, porém, Lulu repentinamente se vê alçado à condição de pivô de uma crise sindical e a símbolo da "luta socialista". Um dos mais influentes filmes italianos dos anos 70, A Classe Operária é uma criação incisiva e sardônica do grande diretor Elio Petri, que denuncia as incoerências e hipocrisias de todos os lados dessa história (e aproveita também para satirizar sem piedade o movimento estudantil). Com toda a verve de Petri, entretanto, o que dá ao filme sua ferocidade decisiva é a interpretação de Gian Maria Volontè, uma daquelas caracterizações destemidas que com muita justiça passam à história.

 

DISCO

James O'mara/divulgação


O compositor inglês Elvis Costello: a ópera virou música country

SECRET, PROFANE & SUGARCANE, Elvis Costello (Universal)

• Em 2005, o cantor e compositor inglês Elvis Costello foi contratado pela Ópera Real da Dinamarca para criar um espetáculo baseado na vida do escritor de contos infantis Hans Christian Andersen. O projeto não vingou, mas Costello usou parte das canções em seu novo disco,Secret, Profane & Sugarcane. E o que era para ser ópera virou música country, gênero que Costello visitou pela primeira vez no álbum Almost Blue (1981). A produção do guitarrista T-Bone Burnett (o mesmo do estupendo Raising Sand, que reuniu Robert Plant e Alison Krauss) buscou a sonoridade crua do country, com uso de banjo, mandolim e acordeão. É um prato cheio para Costello destilar suas letras sobre paixões e desilusões. Boa parte delas tem como tema o triângulo amoroso entre Andersen, a soprano sueca Jenny Lind e o empresário circense P.T. Barnum.

 

LIVRO

Sara Krulwich/The New York Times



Richard Price: crônica das mudanças urbanas de Nova York

VIDA VADIA, de Richard Price (tradução de Paulo Henriques Britto; Companhia das Letras; 492 páginas; 59 reais)

• Roteirista de cinema e televisão – escreve para a série policial The Wire – e consagrado romancista (agora em seu oitavo livro), o americano Richard Price, de 59 anos, é um arguto observador das mudanças e deslocamentos da vida urbana. Vida Vadia faz a crônica de uma região de Manhattan, em Nova York, que já foi lar de imigrantes pobres, especialmente judeus, tornou-se uma vizinhança mal-afamada e assombrada pelo crime, e então começa a fazer a transição para bairro afluente e supostamente seguro. O herói do romance é Eric Cash, um administrador de restaurante que também tenta a vida como escritor. Aos olhos da polícia, ele se torna o principal suspeito do assassinato do bartender Ike Marcus – que, alega Cash, foi morto por um assaltante. À parte seu minucioso retrato urbano, Vida Vadia é também um romance policial com os diálogos tensos que fazem a melhor tradição noir. Leia trecho.

 

Cinemateca VEJA

Ben (Dustin Hoffman) passa por aquela crise típica do início da juventude: o que fazer? Quem ser? Sentindo-se um estranho na casa da família, ganha sua iniciação não apenas sexual, mas também emocional, por um caminho inesperado: um caso com a sra. Robinson (Anne Bancroft), amiga de seus pais. E, não bastasse o sentimento de que só isso já seria algo proibido, apaixona-se por Elaine (Katharine Ross), jovem como ele – e filha da sra. Robinson. Com A Primeira Noite de um Homem, que a Cinemateca VEJA lança neste sábado no país (exceto nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro), o diretor Mike Nichols captou os sentimentos de rebelião e libertação que marcavam aqueles meados dos anos 60 – e foi à jugular da revolução sexual que então se desenhava.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, nesta semana: uma visão de um mundo que se aproxima de um estado de apocalipse em Mad Max.

 

Como comprar a Cinemateca VEJA

Em bancas, livrarias e redes de supermercados, a 13,90 reais o 
exemplar avulso. Para assinar, ligue 3347-2180 (Grande São Paulo)
ou 0800-775-3180 (outras localidades), de segunda a sexta-feira, 
das 8 às 22 horas. Pela internet, acesse www.assineabril.com

 

 

 



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