da Veja
Radar
Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br
Lula vai trabalhar por Ciro
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• Governo
Bye, bye, Mangabeira
Na terça-feira, dois anos depois de tomar posse, Mangabeira Unger deixa o governo Lula. Motivo: a Universidade Harvard não quis estender sua licença. Se continuasse no governo, Mangabeira perderia os 37 anos de benefícios que tem como professor da escola de direito de Harvard. A universidade não cedeu e Mangabeira retoma a carreira acadêmica.
Solução doméstica
Para o lugar de Mangabeira na Secretaria de Assuntos Estratégicos, a tendência de Lula é optar por uma solução doméstica. Ou seja, alguém da própria equipe de Mangabeira. Mas que a gulosa turma do PMDB ficará à espreita, não resta dúvida.
Marcelo Casal Jr./ABR |
Na prancha Lina, a leoa da Receita: Lula está em busca de alguém para o seu lugar |
Leão manso
Aos mais próximos, Lula revelou na semana passada que quer demitir Lina Vieira, secretária da Receita Federal há menos de um ano. Insatisfeito com o seu desempenho, Lula disse que chamará Guido Mantega para que ele arranje um nome para substituí-la. Lula está arrependido de ter tirado Jorge Rachid, antecessor de Lina, do comando da Receita.
• Câmara
O império da Câmara
Os longevos catorze anos em que Agaciel Maia ficou à frente da diretoria-geral do Senado, considerados fonte de grande parte dos problemas descobertos recentemente, não são fato isolado. Na Câmara, a longevidade de diretores-gerais também é norma. Adolpho Gigliotti exerceu essa função entre 1946 e 1962, Luciano de Souza, entre 1964 e 1977. E nos últimos 26 anos, desde o governo Figueiredo, apenas dois funcionários ocuparam o cargo: o atual diretor-geral, Sérgio Sampaio, há oito anos no posto, e seu antecessor, Adelmar Sabino, que ficou dezoito anos.
• Economia
Tela quente. E cara
A LG, Samsung e Philips, as três principais fabricantes de tevês com tela LCD (são donas de 75% do mercado brasileiro), estão mandando para o varejo novas linhas de aparelhos. Até aí, beleza. Mas os novos modelos também estão chegando com novos preços – em média 35% mais altos. Pela primeira vez a indústria optou por trocar toda a linha de uma vez só, e não ao longo de vários meses, como sempre aconteceu.
• CPI da Petrobras
Onça sem dentes
Ninguém sabe quando a CPI da Petrobras começará a funcionar de fato – afinal, nada funciona no Senado de José Sarney. Essa lenga-lenga deu tempo suficiente para que todas (repetindo: todas) as grandes fornecedoras da Petrobras botassem seu bloco no Senado: todos os senadores já receberam visitas e alertas dos fornecedores-doadores de campanha para que não pensem em ir com muita sede ao pote das investigações. No final das contas, a não ser que alguma coisa saia do controle, a CPI vai centrar fogo somente nos patrocínios e nas relações da Petrobras com as ONGs. Não passa disso.
• Infraestrutura
Copa do saneamento
O saneamento básico não constava nas exigências da Fifa para determinar a escolha das cidades-sede da Copa 2014. Se constasse, algumas capitais escolhidas teriam problemas. A partir de uma pesquisa sobre os impactos sociais da falta de esgoto, que a FGV e a ONG Trata Brasil lançam na quinta-feira, é possível fazer um curioso ranking. Na liderança, ficaria Belo Horizonte, a capital com mais acesso a esgoto do país (97% das residências têm), seguida por São Paulo (89,5%), Salvador (89%) e Rio de Janeiro (84%). Na lanterna, ficaria Natal, com 21% de domicílios conectados à rede de esgotos.
• Carros
Luxo para poucos
A marca de automóveis superluxo Bentley, hoje pertencente à Volkswagen, está desembarcando no Brasil no fim do ano. É para poucos: a montadora ficará satisfeita se vender uns dez carros por ano. Para quem estiver interessado, o modelo mais baratinho custa 1 milhão de reais.
• Brasil
Black is beautiful
No fim de agosto, um festival sobre a África (o Back to Black) levará ao Rio de Janeiro Graça Machel (mulher de Nelson Mandela), o bispo Desmond Tutu e o cantor inglês Bob Geldof.
• Televisão
Na bancada Bonner: em setembro, livro sobre o Jornal Nacional |
Em dupla, como sempre
William Bonner lança em setembro Jornal Nacional – Modo de Fazer,contando a história, os bastidores e o dia a dia do telejornal. Adivinhe quem fará o prefácio do livro, que comemorará os quarenta anos doJN. Fátima Bernardes.
Com Paulo Celso Pereira
Colaborou Felipe Patury