DA VEJA
Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br
Qual é o tom certo para bater nele?
Com as últimas pesquisas eleitorais nas mãos, um marqueteiro tucano prevê um caminho árduo para a oposição encontrar o tom correto para criticar o governo Lula na campanha de 2010. A questão é: como moldar o discurso oposicionista se 62% dos eleitores de José Serra avaliam bem o governo, segundo as últimas pesquisas? Ou, mais especificamente, como bater em Lula sem produzir um efeito bumerangue? |
Governo
O PAC II vai sair
Lula já deu o sinal verde para que a Casa Civil e o Ministério das Cidades preparem o PAC 2011-2014. O PAC original prevê obras começando até o ano que vem.
Senado
Jose Cruz/ABR | Fastio |
Sarney cansado
José Sarney voltou a falar aos mais próximos que está cansado e que em 2010, quando completar 80 anos, largará a presidência do Senado. Há dois meses, quando explodiram as primeiras crises no Senado, Sarney deu esse alerta privadamente. Em público, no entanto, recuou.
Eleições 2010
Alta rejeição
Na terça-feira, o Ibope divulga mais uma rodada de pesquisas eleitorais. Dilma Rousseff aparecerá com cerca de 17% das intenções de voto (em março, tinha 12%). Está, inequivocamente, subindo. A preocupação do PT, no entanto, é outra. A rejeição a Dilma também cresce. Na pesquisa da Sensus divulgada na semana passada, poucos se deram conta de que o nível de conhecimento de Dilma entre os brasileiros já está alto – 72% afirmam que sabem quem ela é. Em compensação, chegam a 32% os que dizem que não votariam na ministra. José Serra, por exemplo, é conhecido de 95% dos eleitores, mas sua rejeição é proporcionalmente muito mais baixa, 26%.
O fator Joaquim
Articula-se um movimento na Câmara para estabelecer alguns limites na atuação do TSE nas eleições do ano que vem. Os deputados querem, por exemplo, diminuir eventuais penas que o tribunal possa aplicar. Motivo: o ministro Joaquim Barbosa presidirá o TSE em 2010. Os deputados temem Barbosa.
Governo de São Paulo, não
No voo para El Salvador na semana passada, onde assistiriam à posse de Mauricio Funes na Presidência, Lula e Marta Suplicy conversaram sobre sucessão. Marta garantiu que não quer disputar o governo de São Paulo. Sairá para o Senado ou para a Câmara. Mas e se Antonio Palocci não se candidatar ao governo paulista? Bem, aí a coisa pode mudar de figura.
Internacional
Ghost-writer de presidentes
A propósito de Mauricio Funes, o seu discurso de posse foi escrito por um brasileiro: João Santana, marqueteiro de sua campanha. Foi o terceiro discurso de posse presidencial que sai da pena de Santana. Antes, já criara as falas inaugurais de Eduardo Duhalde (que presidiu a Argentina entre 2002 e 2003) e de Lula, em 2007.
Câmara
Marcos Arcoverde/AE | Ausente |
Cadê o Ciro?
Cada vez mais distante da corrida presidencial, Ciro Gomes promete entrar em 2010 concorrendo com chances apenas na categoria deputado mais faltoso. Nos dois primeiros anos de mandato, não fez feio. Foi o 14º mais ausente em 2007, de um total de 513 deputados. Subiu para a quarta posição em 2008. Neste ano continua atrás de novas marcas. Em maio, por exemplo, passou três semanas nos EUA. Desde fevereiro, quando se iniciou o ano legislativo, já faltou a 37% das sessões deliberativas do ano na Câmara – ou seja, são aquelas sessões que se realizam às terças, quartas e quintas-feiras.
Economia
Oi, tchau
Seis meses depois do negócio fechado, a Oi já cortou a cabeça de quase todos os diretores da Brasil Telecom que ainda estavam na companhia. Na semana passada, foram mais quatro embora. Seguiu-se, portanto, o padrão habitual de quando uma empresa engole a outra.
Futebol
O novo rei da Espanha
Kaká combinou com a CBF que fará o anúncio de sua milionária transferência para o Real Madrid no meio da semana, no Recife, onde a seleção jogará na quarta-feira contra o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa.
Internet
Vem aí o R7
A Record bateu o martelo na semana passada: o portal que lançará no último trimestre deste ano na internet foi batizado de R7. Assim como o G1, da Globo, o R7 terá vídeos da Record, da Record News e material original produzido por 130 jornalistas.
