Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br
Henrique, o vermelho
Essa é boa. Em uma reunião com chefes de estado, perguntaram a Lula quem era seu ministro "mais à esquerda". Lula: "É o Henrique Meirelles". Espantados, os interlocutores quiseram saber as razões. Lula: "Veja bem, o que mais aparece na minha sala é banqueiro e empresário reclamando do Meirelles. Quem peita essa gente é a esquerda. Além do quê, ele controla a inflação e bota dinheiro no bolso do trabalhador". Se cuida, Dilma...! |
• Eleições 2010
Alex de Jesus/O Tempo/AE |
À espreita Patrus Ananias: discretas articulações para ser o plano B do PT na sucessão de Lula |
À mineira
Patrus Ananias é discreto. E é com muita discrição que ele se coloca como um plano B petista para a Presidência da República. O ministro tem se movimentado. Beleza. Mas ainda é no máximo um plano C – Antonio Palocci continua sendo a primeira alternativa a Dilma Rousseff.
O bode do terceiro mandato
Em conversas reservadas alguns governadores comentam que, ao botar na sala o bode do terceiro mandato, uma certa turma quer mesmo é a prorrogação de todos os mandatos por um ou dois anos.
• Petrobras
Uma off-shore para a CPI
Assim que começar a funcionar, a CPI da Petrobras receberá os papéis que mostram a abertura de uma certa off-shore nas Ilhas Virgens Britânicas. Trata-se da Sea Biscuit International Inc., que veio ao mundo em 20 de dezembro de 2005, com 200 milhões de dólares de capital. A off-shore, não declarada nem à Receita Federal nem ao Banco Central, pertence a uma grande empreiteira brasileira que navega em vultosos contratos com a estatal. O documento é apenas uma fagulha, mas já dá a dimensão do tamanho do incêndio que pode atingir o governo nos próximos meses.
Tom & Jerry
Muita gente no Senado andou especulando que a CPI seria a oportunidade de Tasso Jereissati pegar de jeito o presidente da Transpetro, Sergio Machado, seu ex-braço direito no Ceará, mas que virou desafeto nos últimos anos. Poucos sabem, entretanto, que Tasso e Machado voltaram a se falar recentemente.
• Economia
Os fundos ficam a ver navios
Cinco meses depois de ter sido assinada a aquisição da Brasil Telecom pela Oi, Previ, Petros e Funcef (os três fundos de pensão estatais sócios do negócio) ainda não participam do conselho de administração da operadora, conforme reza o contrato de venda. Quem continua dando as cartas por ali são os empresários Sérgio Andrade e Carlos Jereissati. A autorização para que os fundos subam ao conselho dorme numa gaveta qualquer da Anatel.
O grande favorito
O Magazine Luiza é o grande favorito para comprar o Ponto Frio. Já houve, inclusive, uma conversa entre Luiza Trajano e Lily Safra, donas das duas redes. A reunião foi em Nova York na semana passada.
• Aviação
A luta continua
A TAM ainda não se conformou com a liberação dos descontos das tarifas internacionais. Segundo um decreto da Anac, as companhias já podem dar um desconto de 20% sobre o preço-base, num escalonamento que chegará a 100%, a partir de abril de 2010. David Barioni, presidente da TAM, está tentando negociar com o governo para que o decreto da Anac demore de dois a três anos para ser integralmente implantado. Quer um período maior para se adaptar e conseguir reduções de impostos.
• Livros
Mario Rodrigues |
Campeão de vendas Laurentino: agora, vai tratar da independência do Brasil |
O "Homem História"
Laurentino Gomes, o autor de não ficção mais bem-sucedido do país nos últimos dois anos, está de casa nova. Deixou a Planeta, onde publicou o seu primeiro livro – 1808, há 85 semanas na lista dos mais vendidos de VEJA –, e está desembarcando na Ediouro (que também acabou de contratar Rubem Fonseca). Em setembro do ano que vem, Laurentino lança 1822, uma espécie de continuação do seu livro de estreia, em que vai retratar desde o retorno da corte portuguesa para Lisboa, em 1821, até a morte de dom Pedro I, treze anos mais tarde. O projeto da Ediouro para 1822 se desdobrará no lançamento de uma versão em audio-livro, DVD (com o making of do livro), passatempos, história em quadrinhos, site e edição infanto-juvenil. Está prevista também uma coleção de livros didáticos e paradidáticos de história escritos por Laurentino.
Com Paulo Celso Pereira. Colaborou Diego Escosteguy
veja