editorial |
O Estado de S. Paulo |
28/12/2007 |
O plano de investimentos da Petrobrás para 2008, recentemente divulgado, é da ordem de R$ 55 bilhões, dos quais 87,6% destinados às atividades no País e 12,4% a aplicações no exterior. Esses valores, impressionantes à primeira vista, poderão se revelar insuficientes, diante das inúmeras frentes de negócios abertas pela estatal nos últimos anos. Quase metade dos recursos, ou seja, R$ 25,9 bilhões, destina-se às atividades de exploração e produção de petróleo, que representam o core business da Petrobrás, seguindo-se a área de abastecimento, que absorverá R$ 14,1 bilhões. Diante dos elevados preços da commodity e da descoberta de novas reservas, é natural que a empresa extraia o máximo de petróleo dos poços que já são produtivos. Pelas indicações fornecidas em seus comunicados oficiais, a Petrobrás quer vencer o atraso da entrada em operação das plataformas P-52 e P-54. E já programou para 2008 o início das atividades da P-51 e da P-53, com o objetivo de produzir 2,36 milhões de barris/dia ou o equivalente em gás natural, em campos localizados na plataforma continental. Os investimentos no refino também se tornaram prioritários, pois a capacidade instalada é insuficiente para processar todo o óleo pesado que está sendo produzido e também o óleo leve que deverá ser extraído da camada pré-sal. Para isso, a estatal já estuda a modificação do projeto da Refinaria Premium, que será a maior do País, com capacidade de processamento de 500 mil barris/dia. Além disso, prevê para 2008 a conclusão de uma unidade de coqueamento na Refinaria Duque de Caxias e de uma unidade de separação de propeno na Refinaria Henrique Lage. Mesmo assim, o País ainda precisará importar alguns derivados. A área de gás e energia deverá receber R$ 5,6 bilhões. Como o abastecimento de gás natural não atende à demanda, isso poderá ser insuficiente para eliminar esse gargalo. Desse total, os projetos de gasodutos receberão R$ 3,7 bilhões (mais de 70%, portanto). O restante será usado para aumentar a produção de gás. Até o final de 2008, segundo a Petrobrás, serão concluídos 1.000 km de gasodutos, elevando a capacidade de transporte em 10 milhões de m³/dia - de 60 milhões para 70 milhões de m³/dia. Essa capacidade terá de ser expandida, pois se prevê que o Brasil consumirá cerca de 100 milhões de m³/dia até o início da próxima década. O fato é que a exploração do gás natural da Bacia de Santos está atrasada. O risco de escassez obrigou a Petrobrás a voltar a investir na Bolívia, onde perdeu unidades de refino e teve prejuízos com a nacionalização do setor petroleiro pelo governo de Evo Morales. Mas a dependência do gás boliviano será reduzida com a importação de gás natural liquefeito que será regaseificado em terminais com capacidade de 7 milhões e de 20 milhões de m³/dia. Como o Operador Nacional do Sistema Elétrico determinou o fornecimento obrigatório de gás para as termoelétricas, a Petrobrás começa a fazer contratos flexíveis de fornecimento. Assim, o que assinou com a Comgás permite que ela entregue óleo combustível, se houver escassez de gás. Mais importante, a Petrobrás decidiu antecipar para 2008 os testes no Campo de Tupi, que tem reservas estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo. Será acelerada, ao contrário do que fizeram crer as primeiras informações, a exploração de petróleo e gás na camada pré-sal, considerada a maior descoberta de petróleo no mundo. O diretor de Produção e Exploração, Guilherme Estrella, informou ao Estado (27/12, B5) que será instalado no Campo de Tupi um navio-plataforma com capacidade de produção de 30 mil a 40 mil barris/dia, seguindo-se a instalação de uma plataforma piloto, com capacidade de 100 mil barris/dia. Além disso, a Petrobrás anunciou, na semana passada, a descoberta de mais um campo na Bacia de Santos. Com as últimas descobertas, o plano de investimentos da Petrobrás parece exigir mais recursos do que os anunciados. Além de recursos próprios e crédito, a estatal poderá contar com investidores privados, interessados em explorar o petróleo brasileiro. |
Entrevista:O Estado inteligente
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