JORNAL DO BRASIL(ONLINE)
Dou a mão à palmatória: apostei todas as fichas no último debate pela TV Globo, entre os quatro candidatos mais credenciados no cacho de bananas do ridículo e do bestialógico. E a expectativa era de final da Copa do Mundo, com a favorita Dilma Rousseff, no sobe e desce das últimas pesquisas e pela primeira vez ameaçada de não se eleger no primeiro turno, adiando a decisão para um segundo turno de todo o risco.
Com bloco e caneta, suportei o atraso de mais de meia hora.
Com a competência de sempre, William Bonner conduziu o debate, engessado na rigidez dos minutos para as perguntas, as respostas e os comentários.
Mas, com a exceção de sempre do candidato Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, o único com colocações originais e surpreendentes, mesmo nas repetições dos temas, valorizados pelo seu bom humor e por sua facilidade de comunicação.
Com a disciplina de quartel de meia-volta volver que calava os debatedores, o debate ganhou significação e importância mais pelo que não foi dito do que pela fuga dos desafios do risco de uma crise com a desmoralização dos três poderes.
Com o próximo Congresso nos esgares dos candidatos no programa eleitoral gratuito, um tiro que saiu pela culatra, é aconselhável que os crentes rezem pela sobrevivência da democracia.
Pelo andar da carruagem, não iremos muito longe. E como o candidato Plínio Sampaio não tem cacife eleitoral, o baile fica reduzido a Dilma Rousseff, José Serra e, como tema para especulação, a Marina Silva.
Não é a incompetência ou a miopia política que estão contaminando este final de campanha, desde que o favoritismo da candidata oficial entrou no desvio da arrogância.
A crise que escurece o horizonte da campanha é a moral e ética do pior Congresso de todos os tempos e que será superado pelo próximo dos tiriricas. E que já perdeu o bonde da história com esta campanha medíocre, escapista que ajudou a empurrar o Legislativo para o fundo da cova.
Construir 1 milhão de casas e escolas, distribuir cestas básicas com sobremesas e sorvetes, além de aumentar o salário mínimo, são re l a m b o i a s para atrair o voto.
Mas o que está cada vez mais claro é que o governo em dose dupla do presidente Lula e o próximo não terá apoio no Congresso para a reforma que reclama a convocação de uma Assembleia Constituinte, que não foi cogitada por ninguém no lero- lero do horário de propaganda eleitoral ou na campanha perdida na véspera.
Brasília, com ou sem Roriz, é a capital que não deu certo, com o gigantismo de mais de 3 milhões de habitantes. E a praga da desmoralização do Congresso já ameaça o próximo. Ou alguém do mundo da lua acredita que o futuro Congresso será pior do que o agonizante? Na melhor das hipóteses, serão sapatos do mesmo pé.
Entrevista:O Estado inteligente
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