- Estadão
Desde a declaração da presidente Dilma Rousseff de que fora ludibriada pela diretoria da Petrobrás que conduziu a operação de compra da refinaria de Pasadena, consolidou-se e ganhou visibilidade o conflito entre sua gestão e a do ex-presidente Lula.
Insatisfações por interesses contrariados levaram uma parcela do PT a alinhar-se contra o governo Dilma na forma do movimento pela volta de Lula, tanto mais viável quanto menor a popularidade da presidente.
O deputado André Vargas, agora ex-PT , por conveniência mútua, é um dos líderes do coro "Volta, Lula", tanto quanto os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Vicente Cândido (PT-SP), outros que começam a se enredar na trama que comprometeu o ex-vice-presidente da Câmara.
O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e o ex-presidente da empresa José Sérgio Gabrielli também são escolhas de Lula, ainda que o dirigente preso o seja por via indireta. Mas com ele conviveu administrativamente - e bem.
Um ponto comum entre todos esses lulistas é o doleiro Alberto Youssef, com digitais na Petrobrás e no Ministério da Saúde - com Paulo Roberto Costa na primeira e André Vargas no segundo.
Vargas arrecadava para campanhas do PT e de aliados, assim como Costa se mantinha diretor da Petrobrás porque desviava recursos - e não apesar disso. Ambos tinham sempre a companhia de Alberto Youssef, o que reforça a destinação eleitoral dos recursos.
É o que torna delicada a situação do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. O montante do dinheiro que sairia pelo duto da pasta que comandou - R$ 30 milhões - para o laboratório Labogen, de Youssef, só foi estancado pela denúncia.
Agora complementada pela gravação em que Vargas atribui a Padilha a indicação de diretor para a Labogen. Embora ao ex-ministro ainda caiba o benefício da dúvida, a lógica da teia impõe explicação clara, rápida e melhor do que a oferecida nas primeiras 24 horas.
Nem se pode atribuir a uma vingança do deputado contra o PT a denúncia, porque a declaração que compromete o ex-ministro foi gravada sem que Vargas, obviamente, já se soubesse parte da escuta telefônica autorizada para Paulo Roberto Costa.
Entre o Ministério da Saúde e a Petrobrás, há Alberto Youssef, que lavava verbas desviadas para campanhas, o que projeta esquema maior e com mais personagens ainda ocultos.
As denúncias conhecidas atingem o projeto de continuidade do PT, mas com predominância da ala lulista anti-Dilma, o que, se não melhora a situação da presidente na eleição, pode reduzir as chances de retorno do antecessor.
Insatisfações por interesses contrariados levaram uma parcela do PT a alinhar-se contra o governo Dilma na forma do movimento pela volta de Lula, tanto mais viável quanto menor a popularidade da presidente.
O deputado André Vargas, agora ex-PT , por conveniência mútua, é um dos líderes do coro "Volta, Lula", tanto quanto os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Vicente Cândido (PT-SP), outros que começam a se enredar na trama que comprometeu o ex-vice-presidente da Câmara.
O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e o ex-presidente da empresa José Sérgio Gabrielli também são escolhas de Lula, ainda que o dirigente preso o seja por via indireta. Mas com ele conviveu administrativamente - e bem.
Um ponto comum entre todos esses lulistas é o doleiro Alberto Youssef, com digitais na Petrobrás e no Ministério da Saúde - com Paulo Roberto Costa na primeira e André Vargas no segundo.
Vargas arrecadava para campanhas do PT e de aliados, assim como Costa se mantinha diretor da Petrobrás porque desviava recursos - e não apesar disso. Ambos tinham sempre a companhia de Alberto Youssef, o que reforça a destinação eleitoral dos recursos.
É o que torna delicada a situação do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. O montante do dinheiro que sairia pelo duto da pasta que comandou - R$ 30 milhões - para o laboratório Labogen, de Youssef, só foi estancado pela denúncia.
Agora complementada pela gravação em que Vargas atribui a Padilha a indicação de diretor para a Labogen. Embora ao ex-ministro ainda caiba o benefício da dúvida, a lógica da teia impõe explicação clara, rápida e melhor do que a oferecida nas primeiras 24 horas.
Nem se pode atribuir a uma vingança do deputado contra o PT a denúncia, porque a declaração que compromete o ex-ministro foi gravada sem que Vargas, obviamente, já se soubesse parte da escuta telefônica autorizada para Paulo Roberto Costa.
Entre o Ministério da Saúde e a Petrobrás, há Alberto Youssef, que lavava verbas desviadas para campanhas, o que projeta esquema maior e com mais personagens ainda ocultos.
As denúncias conhecidas atingem o projeto de continuidade do PT, mas com predominância da ala lulista anti-Dilma, o que, se não melhora a situação da presidente na eleição, pode reduzir as chances de retorno do antecessor.