Na próxima terça-feira, o IBGE e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentarão os mais recentes levantamentos sobre a atual safra de grãos. As indicações são de que os números virão ainda melhores do que já estavam.
Há um mês, o IBGE calculava que a produção alcançaria 139,6 milhões de toneladas (aumento de 5,1% em relação a 2007), número muito próximo do anunciado pela Conab, que apontava 139,3 milhões (aumento de 5,8%).
Para o sócio-diretor da RC Consultores Fábio Silveira, a forte aquisição de fertilizantes ao longo do ano passado aumentou a produtividade desta safra, principalmente a do milho e a da soja, e as projeções devem acusar esse avanço. "Estimamos para este ano uma safra de 141 milhões de toneladas de grãos", afirma.
Após a apreensão dos produtores com os riscos de estiagem nos três primeiros meses do ano apontados nos levantamentos de janeiro, o clima mostrou-se favorável e a agricultura brasileira retomou a confiança.
O IBGE apurou que soja, milho e arroz, que correspondem a 91,1% da produção de grãos, despontam com as maiores áreas cultivadas. O tombo do dólar no câmbio interno castigou, mas não sobrepujou o faturamento em reais porque as cotações ajudaram. Ao longo de 2007, os preços da soja e do milho formados na Bolsa de Chicago subiram 35% e 86%, respectivamente.
O mercado de insumos agrícolas também reflete o otimismo. O diretor de Marketing da Massey Ferguson, Fábio Piltcher, avisa que 2008 tende a ser um ano ainda melhor do que 2007. "Esperamos um aumento de 20% a 30% nas vendas de colheitadeiras e de cerca de 15% nas de tratores." As estatísticas da Anfavea acusam em março vendas de 4,3 mil máquinas agrícolas, expansão de 43,4% em relação ao mesmo mês em 2007. No primeiro trimestre do ano, o crescimento foi de 54,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados coletados pelo Rally da Safra, realizado pela Agroconsult, mostram que a produção deste ano deve bater todos os recordes de produtividade no País.
Mas mercado aquecido significa aumento também nos custos de produção. O analista da Tendências Consultoria, Bruno Rezende, verificou que, ao longo do ano passado, o preço médio dos fertilizantes no País aumentou 49%, mesmo com câmbio a favor, já que boa parte do produto utilizado no Brasil é importada. O crescimento da entrega física de adubos e fertilizantes ao agricultor, que em 2007 foi de 17%, em 2008 não deve passar dos 5%, segundo o diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher.
E aí o setor enfrenta os demônios de sempre: as deficiências de logística e infra-estrutura para transporte e armazenamento dos insumos ante o seu crescimento, que se agravam com o aumento da safra.
Apesar disso, 2008 promete ainda mais. "A margem pode até ficar mais apertada com a alta dos insumos, mas ainda assim será grande vantagem para o produtor investir na sua lavoura", diz Rezende. Enfim, se não dá para dizer que será festa no interior, como diz a música de Gal Costa, é pelo menos mais dinheiro rolando por lá.
Há um mês, o IBGE calculava que a produção alcançaria 139,6 milhões de toneladas (aumento de 5,1% em relação a 2007), número muito próximo do anunciado pela Conab, que apontava 139,3 milhões (aumento de 5,8%).
Para o sócio-diretor da RC Consultores Fábio Silveira, a forte aquisição de fertilizantes ao longo do ano passado aumentou a produtividade desta safra, principalmente a do milho e a da soja, e as projeções devem acusar esse avanço. "Estimamos para este ano uma safra de 141 milhões de toneladas de grãos", afirma.
Após a apreensão dos produtores com os riscos de estiagem nos três primeiros meses do ano apontados nos levantamentos de janeiro, o clima mostrou-se favorável e a agricultura brasileira retomou a confiança.
O IBGE apurou que soja, milho e arroz, que correspondem a 91,1% da produção de grãos, despontam com as maiores áreas cultivadas. O tombo do dólar no câmbio interno castigou, mas não sobrepujou o faturamento em reais porque as cotações ajudaram. Ao longo de 2007, os preços da soja e do milho formados na Bolsa de Chicago subiram 35% e 86%, respectivamente.
O mercado de insumos agrícolas também reflete o otimismo. O diretor de Marketing da Massey Ferguson, Fábio Piltcher, avisa que 2008 tende a ser um ano ainda melhor do que 2007. "Esperamos um aumento de 20% a 30% nas vendas de colheitadeiras e de cerca de 15% nas de tratores." As estatísticas da Anfavea acusam em março vendas de 4,3 mil máquinas agrícolas, expansão de 43,4% em relação ao mesmo mês em 2007. No primeiro trimestre do ano, o crescimento foi de 54,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados coletados pelo Rally da Safra, realizado pela Agroconsult, mostram que a produção deste ano deve bater todos os recordes de produtividade no País.
Mas mercado aquecido significa aumento também nos custos de produção. O analista da Tendências Consultoria, Bruno Rezende, verificou que, ao longo do ano passado, o preço médio dos fertilizantes no País aumentou 49%, mesmo com câmbio a favor, já que boa parte do produto utilizado no Brasil é importada. O crescimento da entrega física de adubos e fertilizantes ao agricultor, que em 2007 foi de 17%, em 2008 não deve passar dos 5%, segundo o diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher.
E aí o setor enfrenta os demônios de sempre: as deficiências de logística e infra-estrutura para transporte e armazenamento dos insumos ante o seu crescimento, que se agravam com o aumento da safra.
Apesar disso, 2008 promete ainda mais. "A margem pode até ficar mais apertada com a alta dos insumos, mas ainda assim será grande vantagem para o produtor investir na sua lavoura", diz Rezende. Enfim, se não dá para dizer que será festa no interior, como diz a música de Gal Costa, é pelo menos mais dinheiro rolando por lá.