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Tucano abandonou o jatinho de campanha e optou por um voo comercial para retomar o posto em Brasília
A merendeira Janete Pereira Gonçalves, que embarcou nesta terça-feira no voo JJ 3026, do Rio para Brasília, foi um dos passageiros que se surpreendeu com a presença de Aécio Neves no avião. O senador tucano deixou para trás o jatinho de campanha e optou por um vôo comercial para retomar o posto no Senado, em Brasília.
— No ônibus que nos levou até o avião, olhei para ele, que sorriu e me cumprimentou. Aí eu vi que era o Aécio ali pertinho de mim. Eu fiquei doida para tirar uma foto mas não sabia tirar com o celular. Não tinha nem um pedacinho de papel para ele mandar um autógrafo ou um bilhetinho para o meu neto que é doido por ele. Então eu liguei para o meu neto e disse: o Aécio está aqui no avião comigo! Eu só não abracei ele porque não ficaria bem para uma velha de 63 anos, deu vergonha - disse Janete, que viajou a Brasília para passar férias com o neto.
O embarque no Santos Dumont foi tumultuado já no balcão, quando as atendentes largaram seus postos para selfies com Aécio.
— Quase perdi o avião. Sempre viajo sozinho fora da campanha, de voo comercial. Desta vez foi uma loucura - disse Aécio, surpreso com o assédio .
— O Aécio virou um popstar. Vai ter que ter uma baita paciência, não teve um minuto de sossego - contou o deputado Paulo Feijó (PR-RJ), que estava no mesmo voo.
No desembarque em Brasília, Aécio foi novamente abordado:
— Eu votei no senhor — disse um garoto já preparando a selfie.
— Pois é, rapaz. Quase deu, né? - respondeu Aécio.
Uma senhora o abraçou e falou:
— Deixa eu pegar na sua mão, e da próxima vez eu vou pegar na mão do senhor como presidente.
Na chegada ao Senado, o tucano foi novamente cercado. Uma garota de 16 anos o agarrou e chorava sem parar. Devido ao tumulto, Aécio adiou para esta quarta-feira o pronunciamento que faria na véspera na tribuna.