DOIS MIL E SETE.
ÚLTIMO DECÁLOGO
I Todos os caminhos continuam levando a Roma. O problema, agora, é o engarrafamento.
II Se você conseguir dispensar o indispensável, suportar o insuportável e amar o odioso, você tornará possível o impossível.
III A maioria silenciosa estará para a minoria estridente assim como a minoria excêntrica está para a maioria concêntrica.
IV Não espere nada DELE. Quando LHE disseram que o ser humano tinha sido feito à SUA semelhança, ELE se ofendeu e disse que nunca mais pisa aqui.
V Não faça experiências filosóficas suspeitas. Todos sabemos, teoricamente, que a queda de um corpo do alto de um edifício (ou montanha) multiplica ene vezes a percepção do cadente da altura de que cai. Mas só a partir de uma altura em que a queda é fatal ao indivíduo projetado. Donde a impossibilidade de provar empiricamente a teoria.
VI O país estará até aqui de psicanalistas. E ainda mais de analistas.
VII No início do século passado artistas criaram a arte não-figurativa. Estamos bem perto de criar a natureza desfigurada.
VIII E seja otimista – quanto mais tempo você esperar a condução, mais perto ela estará de chegar.
IX Vivo fosse Millôr Fernandes, em 2008, completaria 15 anos de idade.
X E fique tranqüilo: não existe happy end.