Antes artesanais, aviões de dois lugares começam
a ser vendidos pelos grandes fabricantes
Cíntia Borsato
Fotos Divulgação |
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Nunca tantos aviões particulares foram vendidos no planeta, um resultado da multiplicação do número de bilionários e milionários. Isso vale para jatos executivos e para aviões de pequeno porte. Mas o mercado de aeronaves pequeninas, classificadas como Light Sport Aircrafts (ou ultraleves, no Brasil), seguia ignorado. Só agora as fabricantes decidiram atendê-lo em larga escala. As americanas Cessna e Cirrus, cujos menores modelos eram para quatro ocupantes, vão fabricar aviões de dois lugares a preços inferiores aos de carros de luxo. Até 2010, a Cessna colocará nos ares o SkyCatcher. Será a menor aeronave da tradicional fabricante americana – e também a mais barata. O SkyCatcher será produzido na China e chegará ao mercado americano por 110 000 dólares, 70 000 dólares a menos do que custaria se fosse feito nos Estados Unidos. Já há 900 encomendas, trinta delas feitas por brasileiros. Incluindo impostos, ele deverá custar 250 000 reais aqui. A Cirrus lançará em 2008 o seu modelo SRS. O preço estimado é de 100 000 dólares, devendo chegar ao Brasil por 225 000 reais. Os modelos da Cirrus têm como diferencial um pára-quedas de segurança. Quando o motor falha, o dispositivo é acionado e amortece a queda do avião. Até hoje, das 3.500 aeronaves já vendidas com esse dispositivo no mundo, ele só foi usado em uma dúzia de situações. Em todos esses casos, os ocupantes sobreviveram – houve apenas uma morte, por infarto.
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