Procurado, ministro Celso Amorim se recusa a comentar acusações
O GLOBO
Alan Gripp
BRASÍLIA.
Um e-mail que circula há duas semanas com duras críticas ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, gerou mal-estar tornou-se assunto polêmico no meio diplomático brasileiro.
Trata-se de uma carta endereçada a Amorim, escrita pelo embaixador aposentado Marcio de Oliveira Dias, que representou o Brasil na Bélgica, no Paraguai e no Egito, entre outros países. Dias acusa o ministro de comandar o Itamaraty com viés petista e de romper com tradições históricas da instituição em nome de questões ideológicas.
Apelo para que Amorim reveja posições
No texto, Dias faz um apelo para que Amorim reveja sua postura, citando dois líderes petistas: o deputado cassado José Dirceu e o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia. “(...) tomo a liberdade de sugerir que use essa inteligência para analisar com equilíbrio os rumos que sua gestão está dando à Casa. Para ver que o PT passará (e breve, espero), assim como passou regime militar, mas que o Itamaraty deve permanecer. Os José Dirceus, os Marco Aurélio Garcias e outros sicários da vida são, felizmente, transitórios. transitórios.
O Itamaraty era, pensávamos, permanente”.
Ao GLOBO, Dias explicou que se referiu, entre outros assuntos, ao posicionamento condescendente do Itamaraty com governos com traços de ditaduras na América do Sul.
— Há uma excessiva tolerância com a Bolívia e a Venezuela, movida por razões ideológicas.
O que sempre moveu o Itamaraty, antes disso, foi o interesse nacional, que agora ficou em segundo plano — disse.
— Nunca houve um esforço dessa maneira para pôr a Casa a serviço de um partido.
Dias disse que promoções no Itamaraty vêm sendo feitas com critério político, quebrando a tradição da instituição.
Ele não citou nomes. Afirmou ainda que “nunca, em momento algum do Itamaraty, houve tantos embaixadores aposentados voluntária e precocemente”, contrariados com os rumos da atual gestão. Ele mesmo pediu aposentadoria cinco anos antes da data compulsória.
Na carta, Dias critica duramente o comportamento de Celso Amorim após a morte do embaixador Mário Gibson Barboza, no fim de novembro.
Ele diz que o ministro só manifestouse na “undécima hora” ao participar de uma missa encomendada por amigos da família, na Candelária. E que, “pelas melhores tradições da Casa”, a missa deveria ter sido uma iniciativa de Amorim.
Dias especula que o comportamento de Amorim teria relação com o fato de Gibson Barboza ter sido ministro no regime militar.
As críticas também são direcionadas ao secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães.
“Lembro a vocês (Amorim e Guimarães) que a personalidade e a autoridade moral do falecido embaixador foram diretamente responsáveis pela manutenção da dignidade do Itamaraty naquele terrível período”, diz um trecho da carta.
Carta foi escrita após morte de Gibson Barboza
O embaixador, de 69 anos, disse que resolveu escrever a carta depois da morte de Gibson Barboza. E que recebeu cerca de 50 mensagens de apoio, mas não uma resposta de Amorim.
O ministro não comentou a carta. Em 29 de novembro, Amorim divulgou nota de pêsames pela morte de Gibson Barboza.
— Me irritou aquela palhaçada que fizeram. (Barboza) Foi o homem que negociou Itaipu. O Itamaraty desconheceu a sua morte. A única homenagem a Gibson feita em Brasília foi uma missa encomendada pela associação dos embaixadores — disse Dias.
Entrevista:O Estado inteligente
- Índice atual:www.indicedeartigosetc.blogspot.com.br/
- INDICE ANTERIOR a Setembro 28, 2008
Arquivo do blog
-
▼
2007
(5161)
-
▼
dezembro
(467)
- Clipping de 31 de dezembro
- Nunca antes nestepaiz pagamos tanto em impostos
- O Estado de S. Paulo ENTREVISTA Fernando Gabeira
- Comendo no prato em que cuspiram
- Desenvolvimento econômico sustentável
- Otimismo Carlos Alberto Di Franco
- Um ano excepcional
- Síndrome de Policarpo Antonio Sepulveda
- UMA MENSAGEM FÚNEBRE DE ANO NOVO
- DANUZA LEÃO
- FERREIRA GULLAR
- CLÓVIS ROSSI Ano Novo e quarta marcha
- ELIANE CANTANHÊDE "De olho no imposto"
- Miriam Leitão O balanço das horas
- João Ubaldo Ribeiro Lá vem ou lá foi, eis a questão
- DANIEL PISA
- Mailson da Nóbrega O que pode dar errado em 2008
- Bolsas fecham o ano sem crise
- Suely Caldas Bom na economia, ruim na política
- Celso Ming Festa na Bolsa
- Olhando as estrelas Gaudêncio Torquato
- Convivência e conflito Sergio Fausto
- Um canteiro de ineficiência
- RUY CASTRO Bom era antes
- O amigo do terror 2 – Oliver Stone, o palhacinho d...
- Chaves é criticado por negligenciar onda de seqües...
- Oposição reage com irritação e críticas
- 2007 | Carta do Editor: Roberto Civita
- MILLÔR
- Veja.com
- Paquistão O assassinato de Benazir Bhutto
- Juíza italiana manda prender brasileiros ligados à...
- Inflação em 2008 é ameaça séria
- Retrospectiva 2007 | Brasil
- Retrospectiva 2007 | Internacional
- Retrospectiva 2007 | Economia
- Retrospectiva 2007 | Gente
- Retrospectiva 2007 | Veja essa
- Retrospectiva 2007 | Humor
- Retrospectiva 2007 | Saúde
- Retrospectiva 2007 | Tecnologia
- Retrospectiva 2007 | Memória
- Retrospectiva 2007 | Ideologia
- Retrospectiva 2007 | Brasil
- Retrospectiva 2007 | Livros
- VEJA Especial Teste
- Clipping 28 de dezembro
- Celso Ming - Mais breque que acelerador
- Eliane Cantanhede - Natal sangrento
- Comendo no prato em que cuspiram
- Lula na TV: o elogio às conquistas do governo FHC...
- E os outros reféns das Farc? Eis a questão
- Clóvis Rossi - Chamar as coisas pelo nome
- Investimentos da Petrobrás
- Villas-Bôas Corrêa : Segundo mandato espremido em...
- Clipping 27 de dezembro
- Clovis Rossi-Lições cubanas
- Demétrio Magnoli A guerra camba
- ALI KAMEL Favelas
- Perspectivas do setor externo
- Colômbia, Venezuela, Brasil: o delírio coletivo
- YEDA E O DIREITO DE PROPRIEDADE
- Clipping 26 de dezembro
- RUY CASTRO Notícias do dia 24
- VALDO CRUZ Bons sinais
- CLÓVIS ROSSI
- Governo estuda recriar a Previc
- Celso Ming Lições para 2008 (2)
- Quem usa fantasia depois do carnaval?
- O médico Palocci se consolida como a referência ec...
- Governo e Congresso driblam a ética
- Vem aí a Sessão Saudade de 1968
- Entre presentes
- Diante do presépio
- GEORGE VIDOR - Cobertor curto
- Os Luízes
- Miriam Leitão Do Nobel ao rodapé
- Merval Pereira Um bom ano
- FERREIRA GULLAR
- DANUZA LEÃO
- ELIANE CANTANHÊDE O Brasil e os brasileiros
- Clovis Rossi- O errado que funcionou
- João Ubaldo Ribeiro
- DANIEL PISA
- Americanos consomem mais
- Salvando duas estatais e o rádio digital Iboc
- Mailson da Nóbrega
- O futuro dos bancos públicos
- Celso Ming Bush tapa o nariz
- DORA KRAMER Limite ultrapassado
- As faltas do funcionalismo
- Urgente, uma agenda positiva
- Incertezas
- Aquele abraço
- Tortura e morte em SP: Serra responde com um ato e...
- Miriam Leitão Lógica invertida
- Merval Pereira Conflito ético
- CLÓVIS ROSSI Olha ela aí outra vez
- RUY CASTRO Nelson como Crusoé
- Celso Ming
-
▼
dezembro
(467)
- Blog do Lampreia
- Caio Blinder
- Adriano Pires
- Democracia Politica e novo reformismo
- Blog do VILLA
- Augusto Nunes
- Reinaldo Azevedo
- Conteudo Livre
- Indice anterior a 4 dezembro de 2005
- Google News
- INDICE ATUALIZADO
- INDICE ATE4 DEZEMBRO 2005
- Blog Noblat
- e-agora
- CLIPPING DE NOTICIAS
- truthout
- BLOG JOSIAS DE SOUZA