O Estado de S. Paulo |
21/12/2007 |
Em novembro, apenas 82 em cada mil trabalhadores não encontraram emprego. É o número mais baixo desde março de 2002, quando o IBGE passou a fazer as medições sob nova metodologia. É um fato a comemorar. Nenhuma política econômica faria sentido se não tivesse como objetivo maior proporcionar emprego e renda para a população. Se agora há menos gente desempregada é porque a política econômica está no caminho certo, apesar das críticas que persistem em certos segmentos da sociedade. É também boa evidência de que a atividade informal, uma chaga da economia, vai dando lugar à contratação com carteira de trabalho assinada. E isso tem impacto positivo sobre a arrecadação da Previdência Social e dos demais impostos. Os números do IBGE são de que, em novembro, havia 8,2% mais trabalhadores com carteira assinada do que um ano antes. A pesquisa de emprego (ou desemprego) é feita pelo IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre), onde há 40,8 milhões de pessoas em idade ativa e a força de trabalho alcança 23,4 milhões de pessoas. O IBGE observou que, em novembro, foi a primeira vez que a desocupação ficou abaixo dos 2 milhões. Pode-se dizer que o Brasil é bem mais do que essas seis regiões e que não se pode ignorar a atividade econômica em outras capitais e no interior. Mas não há dados mais abrangentes do que esses. De todo modo, mostram uma foto muito próxima do que ocorre no País inteiro. Apesar do avanço do emprego, não dá para ignorar efeitos colaterais, os novos desafios a enfrentar. São bons problemas, digamos assim, mas são problemas. Um deles é o de que o setor produtivo ficará cada vez mais carente de mão-de-obra qualificada, o que atinge vários setores da economia, até a construção civil, que, nos estratos mais baixos, não exige muita qualificação. Desdobramento inevitável é o de que as empresas terão custos maiores com treinamento. Isso já ocorre em quase todos os níveis de ocupação. Há dias, o diretor de uma grande empreiteira reclamava de dificuldades para achar 63 engenheiros civis com experiência em obras públicas para tocar projetos no Brasil e no exterior. A Embraer desenvolveu programa para transformar engenheiros de quaisquer ramos em engenheiros aeronáuticos. O presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, contou ao jornal Valor que admite 8 mil funcionários por ano e que precisa de mais gerentes. A Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação (Brasscom) estima que, até 2010, serão criadas 100 mil vagas em Tecnologia de Informação. Ontem, o presidente da associação do setor de máquinas (Abimaq), Luiz Aubert Neto, queixou-se de falta de torneiros e caldeireiros. Outro efeito colateral é o risco de que o aumento da renda venha mais rapidamente do que a capacidade da economia de suprir a demanda. Isso está longe de ficar caracterizado, mas pode acontecer, o que ajudaria a puxar a inflação. No entanto, este é um assunto prematuro e, não dá para negar, o Brasil é um país carregado de problemas. Mas a hora é de comemorar a melhora do emprego no País. Confira Ele é vermelho - É fato já conhecido que, interpelado por dirigentes do MST, o presidente Lula chegou a dizer que seu homem de esquerda dentro do governo é o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A afirmação foi feita em tom de blague, mas não deixa de ter certa dose de verdade. Se o objetivo de uma política de esquerda é melhorar a vida do povão, então pode-se afirmar que, apesar de tudo, a política econômica está proporcionando um grau de arrumação na economia que vem de fato melhorando as condições de vida do trabalhador. |
Entrevista:O Estado inteligente
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sexta-feira, dezembro 21, 2007
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