Entrevista:O Estado inteligente

sábado, dezembro 08, 2007

MELCHIADES FILHO Questão de Tatto

BRASÍLIA - O PT teima em desmentir quem prevê sua derrocada. A mobilização de 325 mil militantes nas eleições internas, no domingo passado, mostra que seus candidatos em 2008 terão respaldo além das canetadas do Planalto.
Ainda assim, as perspectivas do próximo round eleitoral estão bem longe de róseas para os petistas.
O prefeito João Paulo tem tudo para fazer o sucessor em Recife: o apoio do governador Eduardo Campos (PSB) e a popularidade recorde de Lula no Estado. O problema é que no páreo há nomes bem conhecidos, inclusive um ex-governador -Mendonça Filho (DEM).
Em Belo Horizonte, tudo aguarda a definição dos planos do tucano Aécio Neves... quer dizer, do prefeito petista Fernando Pimentel.
Gleise Hoffmann poderá vingar em Curitiba. Mas será uma zebra, pois Beto Richa (PSDB) tem o amparo da máquina que já comanda.
Em Salvador, o PT, se lançar chapa, comprometerá a base do governador Jaques Wagner. Ademais, o partido participa da administração de João Henrique (PMDB), que buscará a reeleição. Complicado.
Como complicado será retomar Porto Alegre. José Fogaça (PMDB) tentará outro mandato. E, ao contrário dos petistas, que nem definiram seu nome, o resto da oposição já faz estardalhaço com Manuela D'Ávila (PC do B), Ônix Lorenzoni (DEM) e Luciana Genro (PSOL).
No Rio, o PT está tão frágil que não vale um parágrafo mais longo. Por isso todas as atenções se voltam para São Paulo. O PT precisa de um resultado de impacto no ano que vem -ou ao menos de alguém que gere expectativas na largada da campanha para as prefeituras. Na capital paulista, isso é possível, desde que Marta Suplicy desista da idéia de "aguardar" 2010.
A votação expressiva de Jilmar Tatto à presidência do partido é um ingrediente a mais. As pressões que a ministra já sofria de suas bases serão amplificadas com a emergência nacional do granadeiro martista.

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