MELCHIADES FILHO
BRASÍLIA - Muitos se assustam com a temperatura e a duração do debate. Estivesse nossa democracia madura, dizem, o país já teria virado a página da re-reeleição. No entanto é bastante compreensível que não se fale de outra coisa.
O governo é percebido como bom. Os botecos da política precisavam de amendoim novo depois de terem dissecado a vida e as obras de Renan. (Queriam o quê? Discussões apaixonadas sobre a CPMF?) E, finalmente, o assunto serve a vários interesses circunstanciais.
Para Lula, é conveniente que a agenda se dobre a algo que esfrie e esquente conforme suas declarações. Do contrário, teria ele mesmo desautorizado os assanhados -ao menos os do PT (Devanir Ribeiro é amigão do tempo de sindicato).
Petistas decadentes ou com cargos na máquina pegam a onda não só porque desejam um tico de protagonismo midiático ou conservar a boquinha, mas também porque, ao tensionar o ambiente, induzem o Planalto a manter as alianças pulverizadas e a ratificar os acordos "à mensalão" do primeiro mandato.
Para a oposição em campanha contra a CPMF, trata-se de uma muleta. Além de desonerar a economia (e contentar grandes doadores eleitorais), ela agora tenta impedir que Lula tenha (mais) dinheiro para fazer uma administração (mais) vistosa e, com isso, torne (mais) atraente o projeto continuísta.
A todo tucano que não governe São Paulo ou Minas -estes estão obcecados com a possibilidade de seu primeiro mandato, e não com a ameaça do terceiro de Lula-, o tema ajuda a preencher o palanque.
O que intriga é a atuação engajada de estranhos ao lulismo. Por que na vanguarda do debate está Carlos Willian, deputado do PTC? Por que coube a Eduardo Cunha, do PMDB de Garotinho, a manobra mais incisiva na Câmara? Por que o PR não se juntou à defesa das atuais regras eleitorais para 2010, ato que reuniu dez partidos, inclusive o PT? Vai saber. Mas dá para imaginar.
Entrevista:O Estado inteligente
- Índice atual:www.indicedeartigosetc.blogspot.com.br/
- INDICE ANTERIOR a Setembro 28, 2008
Arquivo do blog
-
▼
2007
(5161)
-
▼
dezembro
(467)
- Clipping de 31 de dezembro
- Nunca antes nestepaiz pagamos tanto em impostos
- O Estado de S. Paulo ENTREVISTA Fernando Gabeira
- Comendo no prato em que cuspiram
- Desenvolvimento econômico sustentável
- Otimismo Carlos Alberto Di Franco
- Um ano excepcional
- Síndrome de Policarpo Antonio Sepulveda
- UMA MENSAGEM FÚNEBRE DE ANO NOVO
- DANUZA LEÃO
- FERREIRA GULLAR
- CLÓVIS ROSSI Ano Novo e quarta marcha
- ELIANE CANTANHÊDE "De olho no imposto"
- Miriam Leitão O balanço das horas
- João Ubaldo Ribeiro Lá vem ou lá foi, eis a questão
- DANIEL PISA
- Mailson da Nóbrega O que pode dar errado em 2008
- Bolsas fecham o ano sem crise
- Suely Caldas Bom na economia, ruim na política
- Celso Ming Festa na Bolsa
- Olhando as estrelas Gaudêncio Torquato
- Convivência e conflito Sergio Fausto
- Um canteiro de ineficiência
- RUY CASTRO Bom era antes
- O amigo do terror 2 – Oliver Stone, o palhacinho d...
- Chaves é criticado por negligenciar onda de seqües...
- Oposição reage com irritação e críticas
- 2007 | Carta do Editor: Roberto Civita
- MILLÔR
- Veja.com
- Paquistão O assassinato de Benazir Bhutto
- Juíza italiana manda prender brasileiros ligados à...
- Inflação em 2008 é ameaça séria
- Retrospectiva 2007 | Brasil
- Retrospectiva 2007 | Internacional
- Retrospectiva 2007 | Economia
- Retrospectiva 2007 | Gente
- Retrospectiva 2007 | Veja essa
- Retrospectiva 2007 | Humor
- Retrospectiva 2007 | Saúde
- Retrospectiva 2007 | Tecnologia
- Retrospectiva 2007 | Memória
- Retrospectiva 2007 | Ideologia
- Retrospectiva 2007 | Brasil
- Retrospectiva 2007 | Livros
- VEJA Especial Teste
- Clipping 28 de dezembro
- Celso Ming - Mais breque que acelerador
- Eliane Cantanhede - Natal sangrento
- Comendo no prato em que cuspiram
- Lula na TV: o elogio às conquistas do governo FHC...
- E os outros reféns das Farc? Eis a questão
- Clóvis Rossi - Chamar as coisas pelo nome
- Investimentos da Petrobrás
- Villas-Bôas Corrêa : Segundo mandato espremido em...
- Clipping 27 de dezembro
- Clovis Rossi-Lições cubanas
- Demétrio Magnoli A guerra camba
- ALI KAMEL Favelas
- Perspectivas do setor externo
- Colômbia, Venezuela, Brasil: o delírio coletivo
- YEDA E O DIREITO DE PROPRIEDADE
- Clipping 26 de dezembro
- RUY CASTRO Notícias do dia 24
- VALDO CRUZ Bons sinais
- CLÓVIS ROSSI
- Governo estuda recriar a Previc
- Celso Ming Lições para 2008 (2)
- Quem usa fantasia depois do carnaval?
- O médico Palocci se consolida como a referência ec...
- Governo e Congresso driblam a ética
- Vem aí a Sessão Saudade de 1968
- Entre presentes
- Diante do presépio
- GEORGE VIDOR - Cobertor curto
- Os Luízes
- Miriam Leitão Do Nobel ao rodapé
- Merval Pereira Um bom ano
- FERREIRA GULLAR
- DANUZA LEÃO
- ELIANE CANTANHÊDE O Brasil e os brasileiros
- Clovis Rossi- O errado que funcionou
- João Ubaldo Ribeiro
- DANIEL PISA
- Americanos consomem mais
- Salvando duas estatais e o rádio digital Iboc
- Mailson da Nóbrega
- O futuro dos bancos públicos
- Celso Ming Bush tapa o nariz
- DORA KRAMER Limite ultrapassado
- As faltas do funcionalismo
- Urgente, uma agenda positiva
- Incertezas
- Aquele abraço
- Tortura e morte em SP: Serra responde com um ato e...
- Miriam Leitão Lógica invertida
- Merval Pereira Conflito ético
- CLÓVIS ROSSI Olha ela aí outra vez
- RUY CASTRO Nelson como Crusoé
- Celso Ming
-
▼
dezembro
(467)
- Blog do Lampreia
- Caio Blinder
- Adriano Pires
- Democracia Politica e novo reformismo
- Blog do VILLA
- Augusto Nunes
- Reinaldo Azevedo
- Conteudo Livre
- Indice anterior a 4 dezembro de 2005
- Google News
- INDICE ATUALIZADO
- INDICE ATE4 DEZEMBRO 2005
- Blog Noblat
- e-agora
- CLIPPING DE NOTICIAS
- truthout
- BLOG JOSIAS DE SOUZA