Entrevista:O Estado inteligente

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Abaixo Mantega! Viva a Dona Maricota! Ou: "Troque Franklin Martins por um hospital"

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Por Lu Aiko Otta, no Estadão On Line. Volto depois:
Os cortes que serão feitos no Orçamento de 2008 para compensar a ausência dos R$ 40 bilhões da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) atingirão todas as áreas, disse nesta quarta-feira, 19, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), após participar de reunião no Planalto. As reduções serão negociadas com os três Poderes. Serão preservados, porém, os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O orçamento da Saúde será corrigido conforme a variação do PIB nominal, conforme determina a Constituição. "Significa que outras áreas terão de sofrer cortes maiores", disse. Ele negou que a falta de urgência do governo em decidir medidas compensatórias ao fim da CPMF demonstram que o tributo era desnecessário. "Não era gordura, vamos ter de cortar", afirmou.

O líder do governo no Senado disse também que não haverá aumento de alíquotas dos impostos e contribuições, mas o governo espera aumentar sua arrecadação com uma reforma no sistema tributário. Por orientação do presidente Lula, a proposta de reforma tributária será enviada ao Congresso e proporá uma simplificação do sistema tributário.

"Assim, a arrecadação poderá até subir", disse o líder. Nesse novo desenho, não constará a proposta de uma contribuição específica para financiar a saúde, como vem sendo estudado há meses no governo. "O governo não vai propor", afirmou. "Nada impede, porém, que a proposta surja durante os debates", completou.

Proposta global
Durante jantar do Conselho Político na última terça-feira, Lula não mostrou angústia com a perda da CPMF e disse preferir fazer uma avaliação do quadro com calma para encaminhar uma proposta tributária global ao Congresso no início do próximo ano, segundo informaram aliados.

Lula se reuniu na manhã desta quarta-feira, 19, com cinco ministros para discutir as medidas destinadas a compensar a perda de R$ 40 bilhões na arrecadação de 2008 com o fim do tributo. Segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), Lula descartou qualquer alternativa de aumento tributário.

Voltei
Isso. É assim que se faz. Como Lula não se preocupa com receita em seu orçamento doméstico desde os 35 anos, quando passou a ser sustentado pela companheirada, havia se esquecido de como faz a Dona Maricota, não é? Gasta o que pode gastar. Só falta agora que se aprove a Lei de Responsabilidade Fiscal também para a União, e as coisas começam a entrar nos eixos. Sim, no Brasil, governadores e prefeitos são obrigados a ser fiscalmente responsáveis; o presidente da Republica não é.

Vejam só quantos desastres com o fim da CPMF, não? Os tocadores de tuba, os anões e os jornalistas dualéticos estão inconsoláveis. Pô!!! Ninguém vai dizer que o Brasil se tornou ingovernável; que o DEM, a direita e os tucanos de FHC inviabilizaram o país? Que a tragédia nos aguarda na próxima esquina?

Estou errado ou noto um certo princípio de realidade no Congresso? A cada dia fica mas evidente o benefício do fim da CPMF. Quanto a corte de gastos, há questão de moralidade política: feche-se a TV Pública e se transfiram os recursos para a Saúde. É um dinheirão a mais. Em vez de Franklin Martins e Gilberto Gil dando traço de audiência, hospitais!

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