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quarta-feira, agosto 31, 2005
LUÍS NASSIF Um banco latino-americano
FOLHA DE S PAULO
Nos últimos anos, ganhou força a idéia de constituição de um banco latino-americano, que juntasse vários países, pudesse ser "investment grade" (grau de investimento) e promover financiamento barato e confiável para a região.
Pelo menos para financiamento das exportações, esse banco existe desde 1979, cumpriu papel relevante nas várias crises externas dos últimos anos e goza de um anonimato absolutamente incompreensível. Trata-se do Bladex, banco criado em 1979, no Panamá, e que tem acionistas de 23 países latino-americanos -do lado brasileiro, o sócio é o Banco do Brasil-, possui todas as suas ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York e em 1992 tornou-se o primeiro banco latino-americano a ganhar o status de "investment grade".
Seu início no Panamá explica-se pelo fato de, na época, ser um o único centro bancário internacional do continente e ter o dólar como moeda. Também pesou a posição geográfica do país. À medida que o comércio exterior latino-americano começou a crescer, nos anos 80, o Bladex passou a ganhar musculatura, ao atuar basicamente como fornecedor de linhas de financiamento para bancos e como o maior financiador das vendas inter-regionais de petróleo. Com um capital de US$ 600 milhões, já forneceu mais de US$ 130 bilhões em financiamento para a região.
Essa vocação latino-americana foi responsável por glórias, mas também por quase tragédias. O Bladex forneceu linhas de financiamento para a região nas crises Tequila, da Ásia, da Rússia e do Brasil. Na grande crise brasileira de 2002, garantiu US$ 3 bilhões em linhas de financiamento ao país. Ficou na Argentina até o fim, e essa lealdade quase lhe custou a solidez. Na crise da Argentina, as instituições multilaterais decidiram tirar o colchão de segurança, que garantia saída tranqüila para os credores.
As perdas com a Argentina reduziram o capital contábil do banco pela metade em menos de um ano. Seu valor de mercado caiu para irrisórios US$ 37 milhões. A operação de salvamento contou com o apoio de vários governos -inclusive do brasileiro- e do IFC (International Finance Corporation), braço do Banco Mundial. Foi montado um pacote de garantias que permitiu ao Bladex ir a mercado. Fez uma oferta de US$ 100 milhões. Houve uma superprocura e o banco acabou colocando US$ 147 milhões, principalmente devido ao apoio do Brasil e de instituições como o IFC.
Quando a Argentina retomou os pagamentos, o Bladex foi tratado como credor prioritário. O pagamento inflou os resultados do banco, e o valor de mercado saltou para US$ 700 milhões.
O recado de seu presidente, Jaime Rivera, é sério: desde a independência, nunca a região enfrentou uma ameaça comercial como a que se apresenta agora no mundo. Em períodos altamente favoráveis, as exportações da região caíram de 5,4% do comércio mundial para 5% nos últimos quatro anos.
Sua sugestão é a integração rápida do continente e a aproximação rápida com o mercado americano.
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