O Estado de S. Paulo - 31/07/2009 |
(A ata, que desta vez tem oito páginas, é mais do que um documento burocrático. É um dos instrumentos pelos quais o Banco Central - BC - conduz as expectativas dos "fazedores de preços", para que não forcem a mão nas remarcações e depois se sujeitem a encalhes de mercadoria.) A maioria dos analistas do mercado financeiro que se manifestaram após a divulgação da ata entendeu que a pausa será longa. O Copom relembra que o efeito dos juros sobre a atividade econômica leva de seis a nove meses para acontecer. Como os cortes começaram em janeiro, alguns resultados já estão à mostra e o conjunto deles provavelmente não se esgotará antes do primeiro trimestre de 2010. Assim, parece mais provável que o BC considere encerrado o atual ciclo de distensão e mantenha inalterado ao longo deste ano o nível da Selic, de 8,25%. A ata enfatizou que "alguns membros do Comitê entenderam que haveria respaldo para a possibilidade de manter inalterada a taxa básica de juros (de 9,25% ao ano) já nesta reunião (realizada em 22 de junho)". Mas eles acabaram votando com a maioria pelo corte de 0,5 ponto. E esse pormenor foi entendido como indicação de parada à vista. Mas não foi explicado por que, diante das ponderações dos mais cautelosos, não prevaleceu a hipótese de um corte de 0,25 ponto porcentual. Embora a manifestação da autoridade monetária seja de parar por aí, não se pode afirmar com certeza que a porta para mais um corte nos juros esteja definitivamente fechada neste ano. Se, por exemplo, a inflação apontasse para algum ponto muito abaixo do centro da meta, o Banco Central poderia rever essa disposição. O IGP-M, por exemplo, está negativo em 12 meses (-0,67%). No entanto, talvez o Banco Central já esteja preocupado com que ocorra o contrário, ou seja, que haja nova estocada da inflação. Como de hábito, o Copom não se pronunciou sobre o eventual impacto que poderia ser exercido pela forte expansão dos gastos públicos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não convence quando garante que o governo conseguirá observar o compromisso de um superávit primário (sobra de arrecadação para pagamento da dívida) de 2,5% do PIB neste ano. Se esse estouro fiscal acontecer, sobrará uma rebarba e tanto para ser aparada pela política de juros. Há mais um ponto a conferir. Em nenhum momento o Copom mencionou preocupações de que as tensões eleitorais começam a se misturar com as de natureza econômico-financeira. Tampouco acolheu reiteradas observações públicas do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, de que a curva futura dos juros já sofre desvios (para cima) por causa das incertezas sobre o que será a política econômica do governo que sucederá ao atual. Se o Copom não julgou relevante esse fator, ficam para serem explicadas as razões de Meirelles, ele que também se insinua como candidato ao governo de Goiás, por um partido a que ainda terá de se filiar. Confira Por que a pressa? - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, quer que o novo marco regulatório do petróleo seja aprovado pelo Congresso Nacional em regime de urgência constitucional. A Comissão de ministros vem trabalhando no projeto das novas regras do pré-sal há mais de um ano. Pelo que apontam seus balões de ensaio, mudou seus pontos de vista mais de uma vez e não parece segura do que pretende. E, no entanto, deseja que o Congresso engula o bolo preparado sabe-se lá com que pressupostos e tome decisões dessa envergadura em 90 dias. |
Entrevista:O Estado inteligente
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