FOLHA
A esta altura, cada um deve ter suas previsões para o ano que se inicia. Cada um construiu seus sonhos.
Sonhar no Brasil não é devaneio. Vivemos em um país abençoado em termos de recursos naturais, localização geográfica e disciplina de trabalho. Poucas nações desfrutam dessas benesses. O que nos falta é utilizá-las bem.
Nos últimos anos, o mundo cresceu de forma expressiva. Mas a rigidez do nosso ambiente interno impediu que aproveitássemos as oportunidades do ambiente externo. A permanente ameaça de inflação levou as autoridades a impor juros inviáveis e o excesso de gastos correntes fez o governo aumentar ainda mais os impostos.
Resultado: crescemos menos do que precisávamos e ficamos atrás de várias nações grandes que souberam tirar vantagem da economia internacional. Em 2005, nosso crescimento ficou em torno de 2,5%; a Rússia cresceu mais de 6%; a Índia, 7%; e a China repetiu seu costumeiro 9,5%.
Tudo indica que em 2006 o mundo continuará comprador, impulsionado principalmente pela economia dos Estados Unidos e dos países citados. Infelizmente, o Brasil vai continuar aquém das suas possibilidades pelo que deixamos de fazer em 2005.
Mas os desequilíbrios não podem mais ser compensados com juros e tributos escorchantes. Chegamos ao limite. Não podemos continuar com a precariedade de nossa infra-estrutura e com o deteriorado quadro social.
O novo ano será de eleições. É a época em que se usa e abusa da propaganda e da crítica. Acredito estar aí uma oportunidade para o povo conhecer melhor os problemas do país. Oxalá os especuladores entendam que a sua safra de grandes ganhos já passou.
Mas nada disso acontecerá automaticamente. Para tanto, os eleitores terão de exigir dos candidatos um compromisso realmente sério de fazer as reformas estruturais. Penso que o maior desafio é inaugurarmos um sistema de cobrança efetiva dos novos governantes. Será um grande avanço se fizermos os candidatos se comprometerem publicamente com as reformas, assinando em cartório se necessário e condicionando sua permanência no cargo ao atingimento de metas antecipadamente fixadas.
Os novos governantes terão de reduzir a carga tributária para 25% do PIB (média de 1969-93); terão de reduzir drasticamente o custo do dinheiro para estimular investimentos e empregos; terão de melhorar a qualidade do ensino para ficarmos em pé de igualdade com nossos competidores. Sobretudo, teremos de exigir do governo menos e melhores gastos correntes.
Ainda tenho esperança de que isso aconteça, pois as grandes decisões costumam ser tomadas no meio das grandes crises. Desejo que o ano de 2006 seja de muita prosperidade pessoal e, sobretudo, prosperidade social para todos os brasileiros. Do meu lado, continuo confiando no Brasil, para que possamos chegar num futuro próximo ao chamado Primeiro Mundo.
Entrevista:O Estado inteligente
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