18.02, 18h16 |
por Adriana Vandoni Nestes últimos anos a América Latina está tentando dar uma guinada para a esquerda com um discurso meio atrasado e fora do contexto histórico. Falam dos males da globalização e debatem isso. Os “Zesquerdistas” de várias partes do mundo se organizam em Fóruns onde debatem meios de impedir a integração social, cultural e econômica entre os países. Parece brincadeira! Produzem até relatórios! Alguns até trocam idéias através de e-mail (provavelmente chamado por eles de “carta eletrônica”), sem se tocarem que isso se deve à “maldita” internet, uma invenção imperialista! A máxima é o “socialismo ou muerte”, como disse o Chapolin Colorado da Venezuela, que na ânsia de implementar sua “revolucion bolivariana” impediu até a imagem de Papai Noel por acreditar ser um símbolo da cultura norte-americana. Quanta besteira! Enquanto o Chapolin vai tomando essas atitudes pitorescas e caricatas, o povo distraído parece nem perceber que está sendo subtraído em tenebrosas transações, como diria o “zesquerdista“ Chico Buarque. Esse sentimento de nacionalismo só não existe nas “zesquerdas” brasileiras quando o assunto é defender os interesses internos. Eles acreditam na tal dívida histórica do Brasil com os vizinhos. São românticos, não tenho dúvida, porém, se fôssemos levar essa idéia ao pé da letra ainda falaríamos em tupi-guarani. Português é língua do imperialismo Português, sabiam? A deturpação mental de alguns “revolucionários” tupiniquins chega a tal ponto que encontrei na rede mundial de relacionamentos, Orkut, o seguinte comentário para a classe média: “...está indignado com a "barbárie" do assassinato do João Hélio? Você quer pena de morte, redução da maioridade penal, quer alerta nacional, polícia na rua, exército, força tarefa e o escambal? ha ha ha classe média! Estão colhendo o fruto que a burguesia plantou, que o capitalismo gerou...”. A declaração deste imbecil não merece comentário. Como diria um amigo: “só não relincha porque tem beiço curto”! Voltemos ao “zesquerdismo” das “Zaméricas”. Estava a pensar nos horizontes culturais para esses jovens que rejeitam essa “prosperidade burguesa”. Não os que optam por intercâmbios em países desenvolvidos, que vão a busca da evolução do conhecimento e dos muitos avanços conquistados através desse conhecimento. Os países asiáticos são símbolos da importância e da necessidade desse intercâmbio na formação de empresários, intelectuais e líderes. São os países que mais enviaram estudantes para os EUA e Europa nas últimas décadas. Agora já estão se transformando em produtores e exportadores de conhecimento, a maior riqueza da sociedade contemporânea. Mas e os nossos jovens “zesquerdistas”? Aonde podem fazer intercâmbio cultural? Faltam países socialistas! Mas eles têm que ir! Por isso, para cuidar desses pobres e infelizes sem-intercâmbio, resolvi preparar um roteiro de viagens para o segmento, para esse nicho de mercado. Mercado sim!, porque mesmo sendo companheiros, vão ter que pagar. A Venezuela não vale, é muito próxima e não acrescentaria nada, além do mais, o Chapolin Colorado não sai daqui intrometendo onde não deve. A Bolívia é um bom destino, principalmente para a especialização em ataque biológico. O primeiro módulo será: como disseminar a febre aftosa. A turma que dizimou o cacau na Bahia tem desconto. A Albânia... esquece!, a ex-socialista Rússia é um destino legal, eu diria até letal, já que a especialidade é em métodos de contaminar e matar adversários com venenos radioativos. Alô turma que queima pneus e prejudica a camada de ozônio! Usar plutônio contra o prefeito é mais eficiente e não colabora com o aquecimento global. Agora a França. Ah, Paris!, paraíso e berço da revolução e sonho dos “zesquerdistas” chiques. Destino certo de intelectuais socialistas, que adoram tomar um cafezinho em suas cafeterias charmosas enquanto falam bem de Cuba. Tem Cuba também, e lá teremos várias opções de cursos. Tem o de formação de professores de bóias-frias, onde o “zesquerdista” faz um aperfeiçoamento em corte de cana sem o uso de máquinas. Outra opção é o curso de medicina. Trariam pra cá todos os avanços conquistados lá. Só queria ver o mesmo sistema de saúde pública de uma ilha daquele tamanho, sendo implantada em um país do tamanho do Brasil. Mas esse é o desafio! Para se adequar à cartilha da boa prostituta do Ministério brasileiro do Trabalho (ele existe mesmo), Cuba, que ano após ano vem se despontando como paraíso do turismo sexual, oferece o curso de boas maneiras para a prostituta. O legal para as “zerquerdas” é que lá a figura do cafetão foi estatizada, e diante do sucesso no combate à desigualdade social depois da estatização do cafetão, Cuba disponibiliza seus conhecimentos para os “zesquerdistas” que sonham com uma estatização ampla, geral e irrestrita. Tem o Irã, também. Lá também não é socialista, mas como é contra o imperialismo americano, também vale. Mas já aviso: as mulheres vão ter que seguir as regras e usar o xador, o que é fantástico para quem condena essa “mostração” ocidental. Esse destino é indicado para as “zesquerdistas” desprovida do “padrão ocidental de beleza”. O último destino é a Coréia do Norte, onde a principal atração é o cabelinho estranho do ditador Kim Jong II. Mas lá o forte mesmo é a bem sucedida implantação de um programa de combate à fome. Em algumas regiões o programa está tão avançado que existem relatos de canibalismo. Lindo, todos comendo todos. Para os “zesquerditas” gordinhos lá é bem interessante. É um Spa na marra! É isso aí. “Socialismo ou muerte”! E viva a integração das Zaméricas! E viva a comunhão das Zesquerdas! |
Entrevista:O Estado inteligente
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terça-feira, fevereiro 20, 2007
“AS ZELITES E AS ZESQUERDAS NAS ZAMÉRICAS”
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