O Globo |
27/2/2007 |
O processo de negociação entre o presidente Lula e os partidos aliados sobre a composição do Ministério do segundo mandato foi criticado ontem pelo presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). O tucano afirmou que, enquanto o presidente discute cargos e ministérios com seus aliados, a violência passa dos limites sem que o governo apresente uma proposta concreta para enfrentar o problema. - É o maior festival de clientelismo e fisiologismo. Não se debatem programas. Só se vê discussão na base do governo sobre cargos, carguinhos e cargões. Enquanto isso, a violência passa dos limites, e o presidente fala do assunto como se fosse espectador - criticou Tasso. Para o presidente do PSDB, o presidente da República tem uma visão equivocada sobre a questão da segurança pública no país. O senador apresentou um projeto que pretende antecipar a maioridade penal para determinados crimes, permitindo que sejam aplicadas penas a menores como se fossem adultos em casos de crimes bárbaros. O tucano disse considerar que o presidente é muito condescendente com os criminosos violentos: - Todo o discurso do presidente é contra a punição do criminoso. Toda vez que há um crime, o presidente fica do lado dos infratores. Ele não faz nada, não propõe nada. O tucano se reuniu ontem com o cientista político Antonio Lavareda para encomendar uma pesquisa com o objetivo de mudar a imagem do PSDB junto ao eleitorado. |